domingo, 2 de agosto de 2015



A Necessária Teologia Cristocêntrica das citações e eventos do Antigo Testamento e do Evangelho é além de um Estudo sério; também um grito lancinante contra a mesmice da dependência de postulados equivocados passados, quanto à exatidão de sua verdadeira leitura e o atual da avalanche de novidades usadas para alienação da fé comercial pelas igrejas caça-níqueis. Que se tem tornado possível justamente pelo uso indevido de textos específicos do judaísmo, em clara manipulação herética (não pertencem ao cristianismo) visando enredar incautos, e deles tirar proveito financeiro; como se vê no fácil crescimento desse abjeto negócio que ousam chamar de evangelho e por meio disto estão enriquecendo para a sua condenação futura, conforme Jesus os advertiu de maneira profética em Mateus 7. 21-23.
                                                           

a
 A NECESSÁRIA TEOLOGIA CRISTOCÊNTRICA DAS CITAÇÕES E EVENTOS DO ANTIGO TESTAMENTO E DO EVANGELHO

Esse é o meu décimo quinto Blog, de uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Embora tenha dito que o seguinte a ser postado (o décimo quinto, este), cujo Tema ainda não teria definido; se sobre a TRINDADE ─ entendida e estudada no decorrer da história como tri-unidade ─, o ESPIRITISMO ou que poderia até se fazer necessário abordar outro Tema antes desses, como é o caso deste décimo quinto. 


b
AGRADECIMENTO

Aproveito de igual modo, para agradecer de todo meu coração à forma receptiva e carinhosa como os meus atuais, trinta (30) Blogs de Estudos contando com este, estão sendo visitados por milhares de pessoas no Brasil, e em mais quarenta (40) países ─ alguns dos Temas, mais visitados no exterior do que no Brasil  ─; e agora este, para o qual peço a mesma atenção.  Isto enseja o meu muito obrigado, e ouso ainda lhes pedir mais, que divulguem esses meus Estudos sobre Temas (assuntos) específicos, porquanto, como pode ser constatado nos mesmos, eles foram e são produzidos com a máxima seriedade na direção de ser útil a todos nós seres humanos... Também lhes informo que estou aberto às contestações sérias que visem ajudar esse intercâmbio de idéias e conseqüentemente a todos nós como indivíduos... Também informo, que em função da saudável controvérsia suscitada por mim para a questão estudo bíblico, que está tendo conseqüências; acresci o Estudo nesse pormenor no final deste Blog e no Blog, endereço    www.odizimoabibliaegraca.blogspot.com . Para acessar os demais, dos atuais quinze Blogs, clique no link perfil geral do autor (abaixo da minha foto) e a lista aparecerá, bastando clicar no título de cada um para acessá-lo... Informação atualizada. 


c
Ainda, vale à pena informar de forma antecipada aos estudiosos de filosofia  que possivelmente discordarão da leitura que faço das obras de Platão nos comentários feitos neste e outros Trabalhos  ; que antes de estribarem-se naquilo que têm aprendido sobre elas no decorrer da história quanto à autoria atribuída a Platão, por exemplo: da “Alegoria (não mito) da Caverna”, e outras coisas atribuídas a ele; que leiam antes, depois ou concomitantemente o meu primeiro Blog SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO (clicar link do perfil do autor e depois o nome do Blog na lista que aparecerá); no qual identifico o genialíssimo Platão como MODERADOR CONTEMPLATIVO    aquele que não emite opinião, nem  modera de forma incisiva os debates nos fóruns criados por ele em cada uma de suas obras sobre vários assuntos e os legou a nós, toda humanidade... Ainda, se você não consegue entender o que um brasileiro simples morador no Rio de Janeiro, na criticada Baixada Fluminense: diz aqui sobre as obras de Platão. Pense primeiro no que disse Maquiavel sobre a opinião da Maioria e Nelson Rodrigues  parafraseou. Caminhe até próximo de Platão em seu aluno Aristóteles, que escreveu a obra A Política: uma exata antítese da obra A República de seu mestre Platão, também fez sérias críticas a Sócrates em outra obra: Ética a Nicômaco. Do que, quanto à leitura da Maioria, diferentemente, Aristóteles leu e entendeu: como eu, exatamente aquilo que cada filósofo disse nessa e naquela obra, e na A República. Quando nesta Sócrates em debates maiêuticos com Glauco e Adimanto, irmãos de Platão: produziu a pérola socrática, conhecida mundialmente como A Alegoria da Caverna ─ que não pode, nem deve ser chamada de Mito. E quanto aos reparos que fez: contestou nominalmente a Sócrates em alguns de seus postulados; porquanto foi assim que Aristóteles entendeu o que Platão escrevera em seus, não diálogos e sim debates, de igual modo eu assim entendo e todos deveriam racionalmente ler e entender os escritos de Platão, pois não há opinião objetiva dele em suas obras. 
       
1
Tenho constado com muita tristeza a leitura totalmente errada que é sistematicamente feita por teólogos, pastores e simples membros das diversas igrejas  ─ estou falando até agora de pessoas sérias e interessadas na verdade  ─, há também, lamentavelmente, muitos líderes, cujo interesse único é o de se locupletar por meio da manipulação da interpretação, principalmente, de textos do Antigo Testamento... Com a agravante maior: de ser essa a base de formação dos pastores, e ter, basicamente o seu cerne de assimilação em uma Teologia Sistemática Estática-catalogal ─ lista de doutrinas (dogmas); numa espécie de catalogo, rol, lista, que não contempla como centro (base) a pessoa de Jesus como salvador (justificador) e aquele em quem se herdará a vida eterna numa fé racional (Romanos 12. 1-2) genuína e viva... O Antigo Testamento só tem importância para nós cristãos naquilo que é cristocêntrico; quando contemplou (passado) a sua plena importância para o povo judeu, e no Novo Testamento (novo pacto, Hebreus 8. 6-13) a consolidação da redenção de toda humanidade, que começou e transitou por meio da nação Sacerdotal Israel. Até porque, a leitura e sistematização judaica teológica conservadora dos teólogos e pastores, embora sinceros e com boas intenções (sendo repetitivo); a dos fraudadores caça-níqueis não há nem como qualificar. Da parte de nós gentios é uma espécie de atestado de ingenuidade: filosófica, lógica e teológica, porquanto, não somos judeus, e obviamente o que a eles é específico não nos pertence... Sendo impertinente e repetitivo: entendo ser até difícil ter boa vontade para com aqueles que por dita ingenuidade valoram indevidamente informações já passadas e sem o mínimo valor para construção de doutrinas cristãs, conforme nos é informado (Hebreus 7. 18-19 e 8.13), e os demais que usam essas informações com fins escusos para manipulação dos muitos e muitos crentes ingênuos. Quando se conclui com a máxima segurança: só ter valor teológico cristão aquilo que Jesus e/ou apóstolos efetivamente validaram do Antigo Testamento, ou o que de fato é cristocêntrico... Senão, também considere que já a algum tempo o judaísmo valora dos escritos do Antigo Testamento somente a Torá ou Pentateuco ─ os cinco primeiros livros à juízo deles: a Lei de Deus, ou aquilo que hoje de fato tem pertinência e valor.                  


2
Esse conjunto de senão-s tem trazido para a prática do Evangelho (considerado o citado acima) num todo no âmbito das igrejas todas as dificuldades em identificar plenamente a linha ou evolução essencial cristocêntrica; aquilo que tem de fato valor cristão em todo Antigo Testamento, e não o entendimento e prática de homilia (discurso, pregação) que se tem; inclusive, sido praticado ostensivamente nos Seminários de Teologia, quando se procura uma espécie de contemporização (o piegas trazer para os dias de hoje) e não a de fato evolução histórica que contempla os fatos na sua plenitude política, cultural, sociológica e religiosa no seu exato momento contemporâneo (o do passado); para tê-los intacto hoje e poder interpretá-los com mais assertiva... Sem mais me estender. Vou explicar de maneira didática essa evolução presente no Antigo Testamento e estranhamente preterida pelos que não deviam fazê-lo... Um exemplo claro quanto à improcedência de tudo que já comecei a denunciar e vou continuar fazendo até o final do Estudo, é o uso (dentre outros eventos) do socorro do profeta Elias dado à viúva de Serepta (I Reis 17. 8-23), quando esses vendilhões da fé, que diuturnamente na Mídia estendem (transferem) como promessa este socorro a todas as pessoas e se arvorando como profetas e representantes de Deus; pedem que essas pessoas abram as mãos e recebam socorro para qualquer problema que tenham, porquanto eles, os iluminados fraudadores do texto sagrado assim entendem e manipulam os ingênuos crentes interesseiros ditos fiéis mãos abertas. Não sabendo ─ se assim é haveria misericórdia para os tais ─, que o Senhor Jesus disse enfaticamente, conforme Lucas 4. 25-27 ─ Em verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel nos dias de Elias, quando o céu se fechou por três anos se seis meses, de sorte que houve grande fome por toda a terra; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva em Serepta de Sidom. Também o versículo vinte e sete (27) quanto à cura do general sírio Naamã, que seria o referencial para a cura das enfermidades de todos os que entregam polpudas ofertas a eles ─ Também muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão Naamã, o sírio.  O que torna lamentável a ignominiosa ação desses mentirosos de plantão, porquanto, segundo Jesus, nem mesmo naquela época houve a garantia geral desse socorro, inclusive, naquela região específica; quanto mais esta mentirosa dita promessa universal, que eles (os vendilhões da Mídia e pastores das igrejas caça-níqueis) vendem aos bobos crentes interesseiros. Quanto ao referencial bibliográfico. Basicamente ele já está listado no meu primeiro Blog: SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO VERSUS O AMOR, endereço    www.socratesplataomachado.blogspot.com , na sua parte inicial intitulada: Considerações  Iniciais... Ainda: sendo repetitivo e chamando a atenção para a necessária (sine qua non) hermenêutica na avaliação criteriosa de todas as suas nuances, para as quais é preciso total e sério estudo de tudo para se chegar à verdade. Senão, considere ainda mais essa advertência com relação à hermenêutica que tenho citado sistematicamente conhecer plenamente, isto, justamente pelo fato de que ninguém que tenha dificuldade quanto a ela poderá caminhar com a mínima segurança em nada quer for escrito; sendo, inclusive, ao meu juízo, não exatamente uma ciência que de possa chegar ao nível ótimo pela acurado estudo, e sim a Hermenêutica (do grego, Еρμηνευτική: interpretar), não é essa dita ciência de caixinha catalogal fechada e sim uma espécie de feeling (sensibilidade) ou dom em perceber e identificar a inteireza e verdadeira intenção do Legislador ou do Escritor. Quando no caso de demais obras; para essas e outras, essa hermenêutica é composta de uma espécie de arsenal que abrange inúmeras importantes questões a serem consideradas, para somente ao final ser produzida a exegese (explicação); que, lamentavelmente tem acontecido em detrimento daquilo que lhe permite existir, a hermenêutica... Digo isto, por vivenciar essa lamentável deformação ─ em níveis de exacerbação ─, aqui em Teologia, na qual, não estando sujeita a questionamentos em Tribunais e/ou em efetivos debates jurídicos, a coisa tem chegado a proporções de absurdos. Que, considerando o Direito e Teologia: Me causa repulsa lembrar o filósofo sofista Trasímaco (período de Sócrates), de fato pessoa e não personagem de Platão; quanto a Aristóteles não; porquanto lhe tenho grande apreço ─ só me queixo por ele não ter seguido Leucipo, Demócrito e Epicuro, quanto ao átomo tendo ele preferido os quatro elementos  ─; mas, me entristeço com o (grande, assim entendido) filósofo-teólogo Tomás de Aquino (1225-1274) mais filósofo do que teólogo ─ embora sendo ele seguidor dos postulados de Aristóteles ─, ao meu juízo, maior ainda que Aristóteles em retórica (leu Aquino, foi convencido!), cuja ampla dialética seduz e nos prende ao ler seus escritos, todavia ambíguo em muitas das suas conclusões... Comento sobre isto em estudo sobre a Doutrina da Trindade e em outros Blogs... Discorro sobre hermenêutica em obras de ficção (Literatura), no Blog REAL EVOLUÇÃO DA FEITURA DA OBRA DOM CASMURRO, endereço ─  www.verdadedomcasmurro.blogspot.com , no qual, também refuto o conceito de obra aberta, também no meu livro Ceia, sim! Cruz, não! Quando me contrapondo a informações ditas históricas usando a própria história construí um aforismo; que espero venha ser usado por historiadores e estudiosos de história, no qual digo ─ A história é coisa muito séria, porquanto, a hermenêutica a torna viva e ágil em sua própria defesa, pois, todos os que com ela brincam ou a tentam fraudar; são severamente punidos por ela...


3
Este Estudo tem como objetivo como desde o início informei; o de resgatar o que de fato é importante no texto bíblico; principalmente no Antigo Testamento, no qual, basicamente quase tudo tem somente a ver com o povo judeu, excetuando aquilo que é cristocêntrico, no que, é importante que teólogos, autores de livros e de lições de revistas da E. B. D. ─ cuja responsabilidade é muitíssimo maior do que se têm avaliado ─, pastores e membros das diversas igrejas, que tendo o texto bíblico nas mãos e inúmeras fontes de pesquisa, como livros e Blogs, como os meus, por exemplo. Subestime toda conclusão, quando você observar falta de compromisso daquele que lhe está explicando aquilo que defende; como, o exemplo negativo, quando o articulista de algum trabalho enumera diversas conclusões de diversos Medalhões da teologia, e ele mesmo não assume interpretar o texto em apreço. Quando digo isto aqui, entenda que esta observação deve ser universalizada ─ aplicada à interpretação de qualquer texto, inclusive, literatura, como tenho feito em vários Blogs. De igual modo, considere que a observação acima cabe exatamente a este Estudo, principalmente contra a leitura totalmente errada que se tem feito dos livros de Esdras e Neemias, como procurei demonstrar... Não sou pretensioso nem irresponsável, entretanto lhe peço ─ e isto vale também para mim  ─, que tenhamos toda aplicação e seriedade com aquilo que lemos e interpretamos. No que, estude mais e melhor tudo relacionado com a Bíblia... Estou sendo repetitivo e também incisivo, porquanto pessoas de denominações ditas estudiosas usam o texto de II Timóteo 3.16 e o de II Pedro 1. 20-21, procurando legitimar ─ sem pleno conhecimento do que defendem ─, o Canon judaico de trinta e nove (39) livros defendendo-os liminarmente com extrema veemência como sendo todos eles inspirados por Deus, usando os dois textos acima enfatizando o substantivo “toda”, não sabendo e/ou ignorando que toda Escritura inspirada é aquela cujo centro é o Senhor Jesus (João 5. 39).     

                     
4
Tendo eu começado a me posicionar de forma efetiva quando a questão canonicidade; quando já sinalizei de maneira veemente a plena existência de objetivas citações do livro de Enoch no Antigo e Novo Testamento e a contestação clara da improcedente valoração que se tem dado aos livros de Esdras, Ester e Neemias, que, decididamente, não deveriam ser considerados canônicos, a partir disto, citarei pontos que são parte do meu livro sobre Escatologia, ainda por editar: que abordo sobre o inferno criado nos relatos do livro de Enoch, sendo neste livro que de fato foi criado o verdadeiro inferno bíblico ─ sem o livro de Enoch e as conseqüentes citações dele que aparecem no texto canônico, não existiria o inferno que defendemos estar presente na Bíblia. Tanto que, se observarmos com atenção, carinho, racionalidade e pleno interesse na verdade constatar-se-á facilmente o que digo, senão comecemos por uma fala de Jesus, conforme João 5. 39 ─ Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que de mim testificam... Notem que Jesus fala de forma objetiva das Escrituras (Antigo Testamento) como base de informação sobre a sua pessoa, e se: se conhece as demais falas do Senhor nos quatro evangelhos, também se sabe que Jesus em momento algum citou os livros de Esdras, Ester e Neemias, pelo contrário, ele citou o livro de Enoch, no qual se lê, conforme Enoch 21. 6-8Interroguei, então, a Rafael, o anjo que me acompanhava e lhe disse: De quem é essa voz acusadora que sobe até o céu? É a voz do espírito (alma) de Abel que foi morto por seu irmão Caim e que o acusará até que a sua raça seja exterminada da face da terra. Até que esta raça seja apagada do meio dos homens. Texto este citado em Mateus 23. 35 e Lucas 11. 51, correspondendo a uma fala de Jesus. De igual modo os apóstolos também não citaram esses três livros. Mas, eles (os apóstolos), reiteradas vezes fizeram afirmações semelhantes a esta de Jesus quanto ao valor e a inspiração das Escrituras ─ entenda que todas as referências às Escrituras referem-se àquilo que todos eles entendiam como inspirados no Antigo Testamento, justamente por este motivo eles não citaram os livros de Esdras, Ester e Neemias, os quais, decididamente se eles não fizeram menção; assim foi, obviamente: por entenderem não haver neles (nos três livros) informação de valor como Escritura inspirada por Deus ao juízo deles.

            
5
Vejamos os textos citados pelos apóstolos quanto ao que entendiam como Escritura inspirada, conforme Paulo em II Timóteo 3. 16 ─ Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça. Pedro, em II Pedro 1. 20-21 ─ Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo... Sem me alongar muito. Há aqui nestes dois textos a afirmação categórica da parte de Paulo e de Pedro. Que tudo aquilo que eles nominaram como Escritura; foi pelo fato ─ ao juízo deles ─, ao citar textos do Antigo Testamento faziam com toda naturalidade, justa e/ou principalmente por serem cristocêntricos, como o próprio Jesus dissera sobre si em João 5. 39 ─ Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que de mim testificam, Jesus como centro da informação...


6
Essa linha cristocêntrica começa em:
1Gênesis 3. 15 (40 séculos a. C., a serpente): Profecia sobre a redenção em Jesus, com referencial no Salmo 41. 9-11, Salmo 91. 13 e João 13. 18.
 2  Gênesis 9. 8-19 (pacto de Deus com Noé), Gênesis 12. 1-3 (chamada e pacto de Deus com Abraão) e Gênesis 14. 18-23 ─ o encontro com Melquisedeque, a alegoria de Jesus, como explica com detalhes o escritor aos hebreus.     
 3Deuteronômio 18. 18-19 (15 séculos a. C., Moisés): Jesus, o líder Redentor. Com referencial em Hebreus 3. 1-19.
 4Jó 19. 25-27 (15 séculos a. C., promessa de redenção): o meu Redentor vive. Com referencial em João 1. 1-2 e João 8. 56-58.
  5 ─ Livro dos Salmos: 74 de autoria de Davi, 12 de Asafe, 1 de Moisés (Salmo 90), 2 de Salomão (Salmo 72 e 127), 11 dos filhos de Corá, 1 de Etã, o ezeaíta (Salmo 89), os 49 restantes de outros autores não identificados ─ que devem ter sido compostos na trajetória do reino de Davi ao cativeiro babilônico. A idade dos Salmos ─ se não for considerado o de Moisés (15 séculos a. C.) ter-se-ia os de Davi como referencia (10 séculos a. C.), mais o de número 137 (início do cativeiro babilônico, 606 a. C.) e o número 126 (fim do cativeiro, 536 a. C.). Quanto aos Salmos e sua função profética sobre Jesus e seu ministério, o escritor aos hebreus após fazer no início do seu livro uma espécie de sinopse de todo o plano de Deus para a humanidade (Hebreus 1. 14), no seguimento até o final do capítulo dois cita ostensivamente Salmos, na fundamentação da divindade de Jesus.
 

7
O que tenho dito com relação à epístola aos Hebreus, e quanto a sua feitura em forma de Midrash (exegese rabínica), se constitui em algo importantíssimo para a questão divindade e a plena humanidade eventual do Senhor Jesus, pois como disse; o escritor aos Hebreus a fundamenta, nos dois primeiros capítulos usando dez (10) textos do livro dos Salmos e dois do profeta Isaías que irei reproduzir abaixo... Primeiramente, antes de identificar os Salmos, quero lembrar quanto ao assentar-se do Senhor Jesus à direita do Pai, que é feito também de maneira objetiva através do escritor aos Hebreus 1. 3, Heb. 10. 12-13, transcrito acima; e Heb. 12.2... Os textos usados pelo escritor aos Hebreus para fundamentar a divindade do Senhor Jesus, são: Heb. 1. 5 (Salmo 2. 7), Heb. 1. 7 (Salmo 104. 4), Heb. 1. 8 (Salmo 45. 6-7), Heb. 1. 9 (Isaías 61.1), Heb. 1. 10 (Salmo 102. 26), Heb. 1. 13 (Salmo 110. 1), Heb. 1. 14 (paráfrase do Salmo 103. 20), Heb. 2. 6 (Salmo 8. 4), Heb. 2. 7 (Salmo 8. 5), Heb. 2. 12 (Salmo 22. 22-23), Heb. 2. 13 (Salmo 18. 2 e Isaías 8. 18).


8
Antes já estava informada essa trajetória, conforme Gênesis 3. 15 ─ citado por Paulo em Romanos 16. 20 ─, Deuteronômio 18. 15-19 ─ citado por Pedro em Atos 3. 22 ─, Jó 19. 25, Miquéias 5. 2-4 ─ citado em Mateus 2. 6 ─, Isaías 7. 14 citado em Mateus 1. 22-23, Isaías 9. 1-7    citado em Mateus 4. 12-16 ─, Isaías 42. 1-8  citado em Mateus 12. 18-21 ─, Isaías 53. 1-12    citado em Atos 8. 28-36 ─, Isaías 61. 1-14 ─ citado em Lucas 4. 16-21 ─, Zacarias 9. 9-10    citado em João 12. 14-15 ─, Zacarias 13. 7  ─ citado em Mateus 26. 3-32 e Marcos 14. 27-28 ─, também Malaquias 3. 1-2  ─ citado em Lucas 1. 76-79  ─; e mais dez (10) Salmos, que são citados pelo escritor aos hebreus que reproduzi os seus endereços com detalhes no parágrafo anterior. Todo esse elenco de textos e muitos outros, convivendo plenamente sem confronto com o texto, também de Deuteronômio 6. 4, reproduzido acima... Sendo que essa informação é reiterada em vários textos do livro do profeta Isaías, o profeta messiânico, dos quais destaco: Isaías 9. 1-7 e 42. 1-8, nos quais, inclusive, não se viu ou se vê politeísmo entre as duas pessoas; de Deus o Pai e do seu Filho o Senhor Jesus.


9
         Reiterando, ou repetindo a trajetória já mostrada nos parágrafos anteriores. Começarei pelo livro do profeta Isaías que é considerado basicamente por todos os estudiosos de Teologia como sendo o profeta messiânico e realmente o é ─ aquele em cujos escritos está claramente presente informações sobre Jesus e o seu ministério ─, e nisto consiste o que chamo de linha ou trajetória cristocêntrica... Que é a seguinte, a partir de Isaías: Isaías 7. 10; 8. 1-11; Isaías 9. 1-7; 11. 1-12; 42. 1-8; 52. 1315; 53. 1-12; 61. 1-10; 65. 17-25; Isaías 31. 31-34; Jeremias 31. 31-36; Ezequiel 37.24-28, no seguimento... Se você está acompanhando com atenção este Estudo está também lembrando que identifiquei na fundamentação da divindade de Jesus o uso por parte do escritor aos Hebreus fragmentos de dez (10) Salmos, e aqui neste parágrafo identifiquei; de igual modo, dez (10) textos de Isaías que apontam para o Senhor Jesus: cristocêntricos, portanto, todavia, são os Salmos em suas partes proféticas que em maior número fundamentam as verdades do Novo Testamento. Quando em uma rápida análise das citações no Novo Testamento do livro de Isaías versus os Salmos (Jesus como centro), constata-se que, embora, de fato seja o livro do profeta Isaías seja uma sólida base cristocêntrica: são os Salmos a principal referência de fundamentação da divindade de Jesus e doutrinas na Era da Graça, quando vê-se nesta análise o uso de oitenta e sete (87) fragmentos de Salmos e para o livro de Isaías tem-se setenta e dois (72) fragmentos citados no N. T... Dito isto, não conclua terem sido Davi e os demais salmistas os super servos de Deus, por meio dos quais, Deus fez revelações; quando o motivo é simples: o Espírito Santo de Deus encontra plena facilidade de agir e motivar aquele que profere versos e poesias ansiando alguma inspiração para fazê-lo e quando assim faz se torna exatamente receptivo a ação de Deus para comunicar eventos futuros; diferentemente, quando eu ou qualquer um de nós pretende informar algo que é nossa opinião, o Espírito Santo encontra dificuldade para nos usar nesse pormenor. É esta a diferença ou o que faz a diferença: eu estar aberto ou desejar que Deus me use: ou não, quando eu quero fazer tão-somente aquilo que é o meu exato desejo.                  


10
    Considerando o que tenho explicado em vários Trabalhos sobre teologia já postados na Internet. Na sua objetiva maioria aquilo que está documentado no Antigo Testamento, reiterando, refere-se à história do povo judeu; todavia, há uma parte considerável desse acervo histórico-documental referente ao espiritual: o povo como nação Sacerdotal; que consiste em profecias, regras (princípios) doutrinárias, alegorias cristocêntricas (como estou desenvolvendo neste Blog) e plenos referenciais do plano de Deus para a humanidade: em seu princípio, meio e fim, entretanto, dependendo de estudo sério nessa e naquela vertente, para que aconteça a coerente identificação de cada informação em seu exato valor teológico ou simplesmente histórico.


11
     A reiteração do parágrafo acima foi para identificar ou chamar a atenção para o grande e importante evento, o dia do Juízo Final; também ou primeiramente no Antigo Testamento. Que para tanto começarei por um Salmo de Davi, até pelo fato importante do apóstolo Pedro o ter identificado como profeta, quando primeiro mostrou isto de maneira objetiva sobre este por acontecer dez séculos depois: a ressurreição do Senhor Jesus ao citar parte do Salmo 16. 8-11 para provar ser o rei Davi também profeta sem sabê-lo, conforme Atos 2. 25-28    Porque dele (Jesus) fala Davi: Sempre via diante de mim o Senhor, porque esta sempre à minha direita, para que eu não seja abalado; por isso se alegrou meu coração, e a minha língua exultou; e, além disso, a minha carne há de repousar em esperança; pois não deixarás a minha alma no hades (sheol ou sepultura: hades é contaminação lingüística da cultura grega à época), nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção; fizeste-me conhecer os caminhos da vida; encher-me-ás de alegria na tua presença. E a partir dessa citação do Salmo de número dezesseis (16), Pedro concluiu ser Davi profeta, conforme Atos 2. 29-30 ─ Irmãos; seja-me permitido dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura. Sendo, pois, ele profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que faria sentar sobre o seu trono um dos seus descendentes... Daí, eu começar a seqüência (elenco) do uso do de textos do Antigo Testamento a partir de uma profecia de Davi, o Salmo 1. 1 e 4-6 ─ Bem-aventurado, o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores. Não são assim os ímpios, mas são semelhantes à moinha que o vento espalha. Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos; porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à ruína... Com toda certeza um profetizar de Davi sobre o juízo final ─ embora não tenha ele à época a exata consciência de que estaria profetizando ─, sobre pessoas que estarão no futuro diante do então Deus Juiz a aguardar a justa sentença ou absolvição para herdar a vida eterna...


12
     Outra prova evidente de Davi ter profetizado sem a exata consciência de estar assim fazendo; se identifica isto em vários outros Salmos, inclusive o de número 101 transcrito abaixo; no qual, ao se ler os quatro primeiros versículos têm-se a impressão de que Davi estivesse falando de si mesmo, todavia, como pode ser visto o texto é profético, senão leia os quatro versículos dessa parte profética sobre o juízo final, conforme o Salmo 101. 5-8 ─ Aquele que difama seu próximo às escondidas eu o destruirei; aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o tolerarei. Os meus olhos estão sobre os fiéis da terra, para habitarem comigo; o que anda no caminho perfeito, esse me servirá. O que usa de fraude não habitará em minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos. De manhã em manhã destruirei todos os ímpios da terra, para desarraigar da cidade do Senhor todos os que praticam a iniqüidade... Com relação ao Salmo 23; farei pequeno comentário no parágrafo 16 mais à frente, aproveite também e leia os parágrafos vinte e quatro (24) ao de número trinta e dois (32) do Blog sobre Cânticos de Louvor e Adoração, endereço ─ www.canticosdelouvoreadoração.blogspot.com , quando também detalho e comprovo ser o Salmo 91, não um amuleto de proteção para quem o recita e mantêm a Bíblia na página correspondente constantemente aberta; mas sim uma profecia sobre o ministério de Jesus... Leia o Blog citado acima.         


13
      Prosseguindo, se tem no livro de Daniel, além das diversas profecias sobre os vários eventos profetizados por ele, os quais são estudados em todo o livro, principalmente no elenco que compõem este Estudo, agora, especificamente transcrevo o texto (profecia) que mostra como evoluiria em crescimento a impiedade, conforme       Daniel 12. 10 ─ Muitos se purificarão, e se embranquecerão, e serão acrisolados, mas os ímpios procederão impiamente e nenhum entenderá; mas os sábios entenderão...


14
    No seguimento da citação de textos do Antigo Testamento, nos quais se tem profecias que informam o evento do juízo final, conforme mais este de Ezequiel 7. 12-13  Vem o tempo, é chegado o dia; não se alegre o vendedor, e não se entristeça o comprador; pois a ira está sobre toda multidão deles. Na verdade o vendedor não tornará a possuir o que vendeu, ainda que esteja por longo tempo entre os viventes; pois a visão, no tocante a toda multidão deles, não voltará atrás; e ninguém prosperará na vida, pela sua iniqüidade... É esta a expectativa que aguardarão todos aqueles que estarão diante do trono de Deus, naquele dia como Juiz justo, e que até então fora misericordioso, entretanto, aquele dia será o da prestação de contas de todos nós seres humanos...


15
    E para concluir as citações do Antigo Testamento, o texto de livro do profeta Malaquias; no qual, que corresponde ao último livro do Canon judaico, e nele é reiterado em uma metáfora de ser aquele dia como a fornalha que consome totalmente tudo aquilo que nela é lançado, conforme Malaquias  4. 1-3 ─ Pois eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como restolho; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo. Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas; e vós saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.


16
Outra associação: é esta descabida ilação, em direção da Doutrina da Trindade quando feita também a partir do substantivo pastor, usando principalmente associar o Salmo 23 (o Senhor é o meu pastor), a todo o Novo Testamento e como base primeira para isso, o texto de João 10. 11 ─ Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Essa associação acaba sendo inconseqüente e até infantil; porquanto: não considera a possibilidade do Salmo 23 ser um texto sobre Deus e Pai e não uma referência ao Senhor Jesus; como vários outros de fato são ─ em que dez deles (dos Salmos) e dois de Isaías, foram usados para sistematizar a divindade de Jesus pelo escritor aos Hebreus no início da sua carta, como também detalhei acima quanto a Jesus estar ao lado do Pai (Salmo 110. 1). De igual modo, usando este texto novamente; agora objetivamente nessa outra avaliação, considere o texto do Salmo 110. 1 ─ que é uma das bases de estudo do Trabalho sobre a trindade, que diz: ─ Disse o Senhor (Deus, o Pai) ao meu Senhor (Jesus, o Filho de Deus); assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. Também esse texto é citado em Atos 2. 34-35, Mateus 22. 41-44, Marcos 12. 35-37, Lucas 20. 41-44 e Hebreus 1. 13. Se você observou esse texto do Salmo 110. 1, e a maneira como o Senhor Jesus o usa para fundamentar sua divindade; constatará também que o substantivo Senhor aparece duas vezes nessa informação profética, e assim concluiu o tradutor para a presença clara de duas divindades, de maneira específica e literal é atribuído a Deus, o Pai ─ e também de maneira concomitante, com atos distintos, ao seu Filho, o Senhor Jesus. Do que se conclui, que é improcedente especular, ser o Senhor nosso Deus, o mesmo que o Senhor Jesus ou “o Senhor é meu pastor” ser o “eu sou o bom pastor”, ou o Senhor é meu pastor corresponde à visão utilitarista de Davi à época ─ exatamente como todos nós somos, alguns exacerbando como caçador de bênçãos ─, em sentir-se protegido em tudo, inclusive, contra os seus inimigos, sendo ajudado por Deus para zombar deles (versículo 5), também pelo fato do Salmo 23 não ter sido usado por escritores do Novo Testamento como base profética... Para fazer você lembrar o perigo dessas associações, quando indevidas; compare os textos de Isaías 40. 3, de Malaquias 3. 1 e o de João 1. 23 ─  Respondeu ele (João): Eu sou a voz do que clama no deserto. Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. Por João estar em profecias do Antigo Testamento e dizer eu sou; isso não legitima ou faz com que João seja Deus ─ o Eu Sou, que é também infantilidade teológica, primeiramente judaica; porquanto no texto sagrado Deus é Θεός  ─, o Pai... Quanto ao Salmo 119 ele é uma construção literária (poética) em forma de Acróstico com base no alfabeto hebraico: enaltecendo a Lei e preceitos; o que, conforme ponderei no parágrafo nove (9) acima tornou o seu autor ou autores mais respectivos à atuação do Espírito Santo de Deus... Se você quer entender melhor e definitivamente a questão eu sou o bom pastor leia o Blog SE POSSÍVEL ENGANARIA ATÉ OS ESCOLHIDOS, endereço www.riquezasatodocusto.blogspot.com em atenção aos parágrafos 64 ao de número 79.      


17
Ainda, quanto a este simplista identificar ou alinhar coisas com nomes parecidos sem o devido estudo, agora dentro da questão alegoria, ligados à semântica de cada texto; vou citar alguns exemplos: No livro do profeta Isaías 14. 12 têm-se uma referência alegórica ao rei de Babilônia como sendo aestrela da manhã”; sendo que essa mesma alegoria (figura) é atribuída ao Senhor Jesus em Apocalipse 22. 16; ou melhor, o Senhor Jesus diz que Ele é de fato a resplandecente estrela da manhã. Em Daniel  7. 4 e 7. 17 teve-se o reino de Babilônia com a alegoria zoológica do animal “leão”; também em I Pedro 5. 8 ele usa a ferocidade do leão para representar a Satanás, e de igual modo, temos em Apocalipse 5. 5 e outros textos, quando é atribuída ao Senhor Jesus a alegoria de “leão de Judá”. Também em Daniel 8. 1-27 tem-se a alegoria do carneiro (cordeiro) vinculada ao reino Medo-Persa, que foi vencido pelo reino Grego-Macedônio, que recebeu a alegoria do bode (cabrito); a instituição da páscoa, também requeria para o sacrifício de sangue o uso do cordeiro ou do cabrito, Êxodo 12. 5, e todos nós sabemos que o cordeiro ou o cabrito dos sacrifícios eram alegorias do sacrifício do Senhor Jesus na cruz, tanto que de maneira literal e específica, em João 1. 29, João, o Batista diz que “Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, ou você tem ou terá alguma dúvida sobre essas questões? 


18
         O livro de Daniel é o roteiro ─ nele há um intencional encadeamento profético dos fatos importantes no mundo até a chamada Reforma Protestante, exatamente como um roteiro, obviamente ─, de todo plano cristocêntrico de Deus para a humanidade, que é completado no livro do Apocalipse... No seguimento dessa linha cristocêntrica: Joel 2. 28-30; Amós 8. 11-12; Zacarias 9. 9 e 13. 7.9; Habacuque 2. 1-3; Malaquias 3. 1-6, e me permita no seguimento voltar ao importantíssimo livro (pequeno, pouco volume de escrita) do profeta Habacuque 2. 4 ─ o termo (palavra, vocábulo) fé isolado e/ou como que perdido dentro de todo Antigo Testamento, entretanto, sendo este substantivo a base e elemento essencial teológico do Novo Testamento; tanto que, foi esse pequeno texto (sobre a fé) de Habacuque a referência principal usada por Paulo em toda fundamentação teológica sua: Romanos 5. 1-11 e 10. 8-13; e em suas demais epístolas, e de forma anônima intencional  em Hebreus, porquanto o falar aos judeus fora dado preferencialmente a Pedro, conforme Gálatas 2. 6-9; ele escreveu aos hebreus amplamente usando o importante elemento fé, e em Hebreus 10. 37-38 identificou aquele que virá da profecia, e transcreveu em paráfrase o texto de Habacuque 2. 3-4    Pois a visão é ainda para o tempo determinado, e se apressa para o fim. Ainda que demore, espera-o; porque certamente virá, não tardará. Eis o soberbo! A sua alma não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá. A transcrição feita por Paulo em Hebreus 10. 37-39 ─  Pois ainda em pouco tempo aquele que há de vir virá, e não tardará. Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que crêem para conservação da alma.


19
         Habacuque (626 a. C. - ?), profeta daquele momento grave do povo judeu; os vinte anos imediatamente anteriores ao início do cativeiro babilônico, tanto que, as profecias de Habacuque são uma espécie de grito lancinante de alguém que espera o que de pior possa vir, e nisto, muito me sensibilizou  sua oração em forma poética de cântico, cujo enfoque básico é: Ainda que aconteça o pior! Isto me move a reproduzir (transcrever) o texto integral da mesma, embora o texto tenha relativa extensão, conforme Habacuque 3. 2-19 ─ Eu ouvi, Senhor, a tua fama, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos; faze com que ela seja conhecida no meio dos anos; na ira lembra-te da misericórdia.          
Deus veio de Temã, e do monte Parã o Santo. A sua glória cobriu os céus, e a terra encheu-se do seu louvor.
E o seu resplendor é como a luz, de sua mão saem raios brilhantes, e ali está o esconderijo da sua força.
         Adiante dele vai a peste, e por detrás a praga ardente.
         Pára, e mede a terra, olha, e sacode as nações; e os montes perpétuos se espalham, os outeiros eternos se abatem, assim é o seu andar desde a eternidade.
         Vejo as tendas de Cusã em aflição, tremem as cortinas da terra de Midiã.
         Acaso é contra os rios que o Senhor está irado? É contra os ribeiros a tua ira, ou contra o mar o teu furor, visto que andas montado nos teus cavalos, nos teus carros de vitoria?
         Descoberto de todos está o teu arco; a tua aljava está cheia de flechas. Tu fendes a terra com rios.
         Os montes te vêem, e se contorcem; a inundação das águas passa; 0 abismo faz ouvir a sua voz, e levanta bem alto as suas mãos.
         O sol e a lua pararam nas suas moradas, ante o lampejo das tuas flechas volantes, e ao brilho intenso da tua lança fulgurante.
         Com indignação marchas pela terra, com ira brilhas as nações.
         Tu sais para o socorro do teu povo, para salvamento dos teus ungidos. Tu despedaças a cabeça da casa do ímpio, descobrindo-lhe de todos os fundamentos.
         Transpassas as cabeças dos seus guerreiros com as suas próprias lanças; eles me acometem como turbilhão para me espalharem; alegram-se, como se estivessem para devorar o pobre em segredo.
         Tu com os teus cavalos marchas pelo mar, pelo montão de grandes águas.
         Ouvindo-o eu, o meu ventre se comove, ao seu ruído tremem os meus lábios; entra a podridão nos meus ossos, vacilam os meus passos; em silencio, pois, aguardarei o dia de angustia que há de vir sobre o povo que nos oprime.
         Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na nas vides; ainda que falte produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado.
         Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.
         O Senhor é a minha força, ele fará os meus pés como os da corsa, e me fará andar sobre os meus lugares altos... Normalmente não reproduzo textos bíblicos em itálico, todavia, aqui o faço para dar destaque a esta oração que marcou e marca a minha sincera relação com Deus, o Pai e seu Filho, o Senhor Jesus... Considere também que no texto profético de Habacuque 2. 2 fora naquela época, inventado o eficiente mecanismo de propaganda, o famoso Altdoor.   


20
         O entendimento e sentimento contido nesta oração do profeta Habacuque é exatamente aquilo que o Senhor Jesus ensinou aos seus apóstolos, e eles transmitiram a todos nós por meio dos seus escritos ─ conforme o explicado no parágrafo sete sobre as cartas de Paulo  ─; senão comece essa trajetória neotestamentária pelo Sermão do Monte no início do evangelho de Mateus; que tendo Habacuque profetizado antes do cativeiro babilônico, se torna muito difícil entender líderes como Zorobabel, Esdras e Neemias nos seus radicalismos e falta de sensibilidade espiritual; a qual Deus buscou dar àqueles que estiveram no exílio babilônico para por intermédio de seus exemplos pudéssemos tirar de maneira direta ─ seguir os seus exemplos, quando na realidade, nesse período específico ─ a lição a seguir é a de não agir como eles agiram. 
      

21
Essa pequena trajetória mostrada aqui nesta sinopse tem um objetivo ainda maior; que é a de refutar veementemente a leitura, interpretação, valoração e o tratamento de homilia viciosa que se tem dado aos livros de Esdras e de Neemias; quando, diferentemente o importante desse período foi o agir de Ciro em fazer cumprir o profetizado por Jeremias (o início por analogia) e fim do cativeiro babilônico, Isaías 45. 13 e Jeremias 29. 9-10, que findou com o decreto de Ciro em 536 a. C. pondo fim ao cativeiro e permitindo a volta dos judeus; depois, no então Governo de Artaxerxes I, o Longimano em 458 a. C., que marcou o início da contagem das setenta semanas do Messias (Daniel 9. 20-27).


AS SETENTA SEMANAS DO MESSIAS


22
        A profecia quanto a esse assunto é As Setenta Semanas do Ungido (o Messias), Daniel 9. 20-27. Essa profecia no seu texto, diz de forma objetivamente clara, que esse período corresponde a setenta semanas (versículo 24) e no seu desdobramento cita sete semanas, no versículo 25, que depois das sessenta e duas semanas ─ a soma agora é sessenta e nove semanas  ─, e na setuagésima semana o ungido será cortado (versículo 26).  E no versículo 27 se esclarece plenamente o cômputo das setenta semanas, porquanto na última está contido no ministério do Senhor Jesus (três anos e seis meses), conforme o versículo 26: após as sete semanas + sessenta e duas semanas e + metade de uma semana começou o ministério de Jesus; ou seja, decorridos 486 anos e seis meses da ordem de Artaxerxes I, o Longimano (458 a. C.) ─ não confundir com a anterior de Ciro (536 a. C.) começou o ministério do Senhor Jesus, que findou ao completarem-se os 490 anos da profecia das Setenta Semanas do Ungido ou como está dito: as setenta semanas.
     

23
     Estou fazendo essas ponderações, porque a Palavra do nosso Deus procura complicar; não no sentido pernicioso, mas fazer colocações que possa de qualquer maneira ser entendido pelos que têm sabedoria, e ao mesmo tempo impede aos que não amam a Deus de entender a sua mensagem, conforme Daniel 12. 10    Muitos se purificarão, e se embranquecerão, e serão acrisolados, mas os ímpios procederão impiamente; e nenhum deles entenderá; mas os sábios entenderão; e ao mesmo tempo tornar pouco compreensível aos ímpios (aqueles que se obstinam em praticar o mal, sejam de que nacionalidades forem), como o Senhor declara objetivamente em Mateus 13. 13-15 ─ Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem, e ouvindo, não ouvem nem entendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, e de maneira alguma entendereis; e, vendo, vereis, e de maneira nenhuma percebereis. Porque o coração deste povo se endureceu, e com os ouvidos ouviram tardiamente, e fecharam os olhos para que não vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, nem entendam com o coração, nem se convertam e eu os cure.       


24
     A profecia de Daniel, que como foi visto: correspondeu aos 490 anos até a crucificação do Senhor Jesus, teve como pano de fundo; desde o início do Império Medo-persa, passou pelo Império Greco-macedônio e teve o seu fim no Império Romano, precisamente no reinado de Tibério, sob o qual se deu a sua crucificação e anteriormente sob Otávio, o Augusto o seu nascimento... Para você que se interessa por Escatologia séria e cronologia bíblica coerente e conseqüente: veja as informações adicionais sobre o tamanho do ministério terreno do Senhor Jesus, conforme I Reis 17. 1, Lucas 4. 25 e Tiago 5. 17. Isto é regra profética bíblica a ser levada em consideração.    


25
     A cronologia que está dentro do livro de Daniel, que é uma das bases para esse Estudo, coloca em evidencia esses fatos que são pós-cativeiro babilônico.  Em 536 a.C. saiu o decreto de Ciro para a volta dos judeus; e no ano seguinte os alicerces do templo foram lançados. Em 529 a.C. morreu Ciro e assumiu Cambises, o Assuero de Esdras 4. 6 (que não foi  Assuero de Ester). Em 522 a.C. assumiu o usurpador Semerdis, o mago ─ este é o Artaxerxes que a pedido dos samaritanos mandou parar a reconstrução do templo, conforme Esdras 4. 11-13. Em 521 a. C. Semerdis foi assassinado e assumiu Dario, e em 520 a.C.; apelo dos profetas Ageu e Zacarias para a retomada da reedificação do templo, que foi autorizada por Dario, conforme Ageu 1. 3-8 e Esdras 6. 12    O Deus, pois, que fez habitar  ali seu nome derribe todos os reis e povos que estenderem a mão para alterar o decreto e para destruir esta casa de Deus, que está em Jerusalém. Eu, Dario, baixei o decreto. Que com diligencia se execute.


26
     Em 515 a.C. a reconstrução do templo foi concluída no mês de Adar (fevereiro, marco). Em 485 a.C. assumiu Xerxes chamado Assuero (o Assuero de Ester). Em 478 a.C. Ester foi escolhida como rainha por Assuero. Em 473 a.C. Mardoqueu foi promovido, e aconteceu a conspiração e enforcamento de Hamã, conforme Ester 7. 7-10. Em 465 a.C. assume Longimano ou Artaxerxes I (o Artaxerxes de quem Neemias foi copeiro), conforme Esdras 7 e Neemias 2. 1-8. Em 458 a.C. saiu o decreto de Artaxerxes I, o Longimano a favor de Esdras e da restauração do Estado judaico ─ sendo essa a data do início da contagem das setenta semanas do Messias. Em 444 a.C. a reedificação dos muros foi concluída, e em 434 a.C. Neemias voltou à Pérsia.


27
     O que quero concluir de maneira definitiva e bem clara é ter sido de pouca importância todas as medidas tomadas por Esdras, inclusive, foram até negativas. Como continuar na pouco razoável e injusta atitude anterior de Zorobabel quando impediu que os samaritanos participassem da reedificação do templo, no que, se perpetuou a inimizade entre irmãos e se ganhou nessa atitude racista, ferrenhos inimigos; como se viu na denúncia dos samaritanos feita a Artaxerxes ─ sendo as acusações feitas por eles verdadeiras, porquanto, Israel, como qualquer outro povo conquistado não se submetia pacificamente ao opressor. Daí, ao investigar o passado de Israel, se constatou serem as acusações pertinentes... Naquela época e mais de cinco séculos passados aquela inimizade plantada por Zorobabel e alimentada por Esdras e Neemias no continuar os tendo como inimigos, e também por extensão os acusaram de casamento com mulheres gentias; ainda era latente durante o ministério de Jesus e foi como que o estopim da revolta contra os romanos, na desorganização total do poder entre os judeus, pois foi a ação dos Sicários (de Sicar, região da Samaria) contra a fortaleza de Massada, quando massacraram a guarda romana, e dois meses depois ─ segundo Flávio Josefo ─, o governador romano da Síria na época, Céstio Galo marchou contra Jerusalém para vingar o ultraje sofrido pelo Império e tendo também sofrido derrota frente aos judeus... Não seria preciso mais nada para motivar Nero ordenar guerra contra a Judéia.


28
         Você que gosta e pratica o vício bobo chamado: “trazer para os dias de hoje”, bobo sim, porque ser correto é obrigação de todos os seres humanos sem ser preciso aqueles exemplozinhos piegas de consumo alienante; mas, vá lá! É ou não assim como Esdras fez: que muitos de nós agimos no nosso racismo de hoje, quando nos julgamos senhores de todas as coisas e não precisamos da ajuda dos outros    porquanto quem tem que aparecer somos nós. Some-se a isto a atitude hostil dele contra àqueles que casaram com mulheres gentias, que embora a Lei Mosaica proibisse tal casamento (Deuteronômio 7. 3-4), entretanto, não obrigava o abandono da mulher e seus filhos (com sangue judeu) depois do fato acontecido, e ainda este outro texto conflita com o anterior, do mesmo Deuteronômio 21. 10-13    Quando saíres à peleja contra os teus inimigos, e o Senhor teu Deus os entregar nas tuas mãos, e o levares cativo, e se vires entre os cativos uma mulher formosa à vista e, afeiçoando-te a ela, quiseres tomá-la por mulher, então a trarás para tua casa; e ela, tendo rapado a cabeça, cortado as unhas, e despido as vestes do seu cativeiro, ficará na tua casa, e chorará a seu pai e a sua mãe um mês inteiro; depois disso estarás com ela, e serás seu marido e ela será tua mulher. Parece que Esdras e Neemias ─ pelos seus radicalismos, ainda que sincero no amor a Deus ─, não tinham o exato entendimento da proibição dos casamentos com gentias, que era pela possível influência religiosa dessas; que no caso dos casamentos com filhos já existentes, não tiveram sensibilidade para analisar aquele fato novo e diferente (nos quais casos) deveria ele procurar saber em que casamentos ditos ilegais as mulheres perverteram seus maridos; não fez assim, e de forma impensada determinou aos maridos mandar suas mulheres e filhos embora; acontecendo com isto, sério erro por parte deles, também; inclusive, eles não consideraram o texto acima, no que, seria possível haver dentre os casamentos desfeitos por esta ação deles, existir algum como o caso acima, e até dentre aqueles que se entendiam como judeus puros poderiam possivelmente existir judeus miscigenados descendentes Salomão e de judeus posteriores a ele; no longo período em que não houve a séria preocupação com esse tipo de união; e quem teria condições e coragem ─ naquele momento grave para o povo de Israel ─, de se insurgir contra os grandes líderes Esdras e Neemias, concitando-os ao bom senso? 


29
     Posteriormente, em ações militares desde (num curto espaço de tempo) 334 a.C. a 326 a.C. se consolidou a hegemonia Greco-macedônia (fim do Império Medo-persa), conforme a profecia de Daniel 8. 7-8, e logo em seguida, no ano 323 a.C. Alexandre o Grande (aos 33 anos de idade) morreu, conforme as profecias de Daniel 8. 8 e Daniel 11.  4, que não tendo ele herdeiro, o seu reino foi dividido em quatro reinos; com a proeminência dos Ptolomeus em Alexandria e os Seleucidas em Antioquia, conforme Daniel 8. 9-27 e Daniel 11. 5-45... Enfoquei o período Greco-macedônio, não por ser imprescindível a esse Estudo, mas para chamar a atenção sobre algo que se pratica nos Seminários e é usado por muitos que ensinam e escrevem sobre o Antigo Testamento; que é identificar os reinos de Judá e o de Israel, como reino do Sul e reino do Norte (usando as posições geográficas). Isso se constitui num erro didático muito sério, pois reino do Sul na Bíblia é chamado de Judá ou Jerusalém e reino do Norte de Israel ou Samaria. Do outro modo, na mesma Bíblia, o reino Ptolomeu é chamado do Sul e o Selêucida do Norte, ver os profetas, livros dos reis e os das crônicas ─ sendo essa a terceira vez que falo sobre isso de maneira intencional... O bom senso a favor da pedagogia correta determina esse procedimento ser revisto. Ainda sobre esse período, há que se ressaltar o que está em Daniel 8. 11-14 e Daniel 11. 31-34, que se refere ao período da revolta dos Macabeus em 168 a. C. a 165 a. C.


30
     Todos os eventos, desde a ordem para a restauração do Estado Judaico em 458 a.C. estão dentro semanas do Messias (o ungido) Daniel 9. 20-27, como já foi mostrado com detalhes essa dependência cristocêntrica, não só deste, mas de todos os eventos do Antigo Testamento; que sem esse apontar para a redenção da humanidade em Jesus é e será tão-somente mais um relato histórico de um determinado povo, os judeus.


31
     Usei As Setenta Semanas do Ungido    que já é do domínio de todos o ter se cumprido, para provar que a metodologia de cálculo no livro de Daniel e no Apocalipse é a de um dia igual a um ano... Porque essa profecia na sua redação informa ser o período de setenta semanas ou 490 dias, que se cumpriram em 490 anos ─  ressalvando o que defendem os do Pré e Pós-milenistas, que dizem terem se cumprido somente 483 anos  ─; sendo essa idéia de menos sete anos sem nenhuma construção bíblica e histórica racional, e do ponto de vista da Hermenêutica é absurdo, pois as duas datas documentais (ordem, decreto) são: A de Ciro; ordem para a volta dos judeus e reedificação do templo em 536 a.C., que somados aos 30 anos até a crucificação seriam 566 anos, não tendo nada a ver com 483 anos ou até 490 anos. A outra data ou ordem de Artaxerxes I, o Longimano, para a restauração do Estado Judaico em 458 a.C.; sendo essa data a que realmente marca o início da contagem das setenta semanas do ungido, cuja soma com os trinta anos até a crucificação do Senhor Jesus, seria de 488 anos, que num pequeno erro de um ano no a.C. levaria essa soma para exatamente 490 anos. Entretanto, seria preciso um erro muito grande para levar essa soma para 483 anos, com o problema que já expliquei de maneira detalhada no Preâmbulo... Há que se considerar ainda, que no versículo 27 do capitulo 9 (última das setenta semanas) não se fez menção alguma sobre o fim ou o juízo final  enfim, nada, absolutamente nada, que relacione esse texto ao período do chamado anticristo e a Grade Tribulação, desse mirabolante entendimento escatológico ; diferentemente os versículos 26 e 27 do capítulo sete informam com clareza a implantação definitiva do reino do Senhor Jesus    a sua vinda.


32
     A síntese que fiz na trajetória desses acontecimentos bíblicos históricos tem como objetivo mostrar a improcedência e infantilidade da Idéia de considerar a profecia das setenta semanas do ungido como parcialmente cumprida (somente 483 anos e não 490 anos); a qual conclusão remeteria sete anos para o pós-arrebatamento de não sei quando, numa aritmética mirabolante ─ o chamado período da tribulação do anticristo grandão.  

AS DUAS MIL E TREZENTAS TARDES E MANHÃS

33
Fala-se muito sobre a Grande Tribulação, que segundo esses, virá após o arrebatamento da Igreja, fundamentando-a nos registros de Mateus 24. 15, Marcos 13. 14 e Lucas 21. 20-24, erradamente titulada nas Bíblias de a Grande Tribulação, que diferentemente, é a Abominação da Desolação, que definitivamente fez cessar o holocausto contínuo; dessa fala do Senhor Jesus, conforme a profecia de Daniel 11.31-33, que tem seu seguimento nos 1290 dias da profecia de Daniel 12. 11. E que teve a mesma característica da profecia de Daniel 8. 11-14(...) Depois ouvi um santo que falava; e disse a outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão relativamente ao holocausto contínuo e à transgressão assoladora, e à entrega do santuário e do exército, para serem pisados? Ele me respondeu: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado.  Quanto ao Holocausto Contínuo que fora retirado em 15 de dezembro de 168 a.C. (quando o altar do templo foi profanado com o sacrifício de um porco) e posteriormente restabelecido em 25 de dezembro de 165 a.C. (quando foi purificado pelos Macabeus), que detalho de maneira pormenorizada no seguimento. A Retirada do Holocausto Contínuo e a Abominação da Desolação, como os outros eventos que estou citando como parte da regra de Simetria de Sistematização são de fato duas, cuja segunda expliquei no livro Ceia, sim! Cruz, não! ter acontecido; não quando o exército romano conseguiu entrar em Jerusalém, invadir e destruir o templo, e sim anteriormente quando da insurreição dos Zelotes e Sicários, que foram os que profanaram o templo, quando promoveram mortes em suas dependências e o usaram como quartel, na luta contra os romanos, sendo que isto se deu a partir do ano 66, quando as advertências contidas no Evangelho de Lucas, quanto ao fugir de Jerusalém ainda era plenamente possível, pois o cerco efetivo começou em 67, com a posterior tomada e destruição no ano 70... Sendo esse evento a literal Abominação Desoladora de Daniel 11. 31-33, que foi o segundo acontecimento que fez cessar o holocausto contínuo (o sacrifício de animais no templo) como o primeiro das 2300 tardes e manhãs de Daniel 8. 11-14.


34
Essa verdade sobre a duplicidade de eventos ou reiteração de informações, como estou demonstrando ser regra de autenticação e o demonstrar de Deus de como Ele comanda a história; já fora usada de outra forma, segundo nos explica Harald Schaly no seu pequeno “grande livro”, Breve História da Escatologia cristã; que trata como especulação o dito por Hal Lindsey no seu livro A Agonia do Grande Planeta Terra e na Bíblia de estudos de Scofield; que se alinham com a visão Dispensacionalista, quando trazem para ou mesclam com o Pré-milenismo, a Abominação Desoladora com o nome de Grande Tribulação e dizem que ela se iniciará imediatamente ao arrebatamento. E será aquela; que estaria ainda hoje por acontecer, a segunda profanação do templo, segundo eles; e que também precisa que sejam demolidas as mesquitas islâmicas, O Domo da Rocha e a de El-Aqsa; para que seja construído o novo templo que o anticristo profanará; que se fosse verdade essa especulação; seriam três as profanações. Porquanto duas (e foram somente essas) já aconteceram ou cumpriram-se. Quando concordo com Schaly sobre a improcedência dessa especulação é porque, de fato e decididamente a destruição de Jerusalém está identificada no texto bíblico como a Abominação da Desolação da profecia de Daniel, cuja conexão é claramente comprovada com a profanação que gerou a revolta dos Macabeus (a primeira), como vou detalhar a seguir, todavia, a especulação de duas grandes tribulações, é no caso de Lindsey e Scofield especulação e erro por estarem a partir de eventos e fatos errados, entretanto de fato já aconteceram duas Abominações da Desolação e duas grades tribulações, conseqüentemente a visão escatológica Pré-milenismo Dispensacionalista Tribulacionista é fantasiosa, anacrônica e sem a mínima comprovação bíblica e também sem base na evolução histórica do cumprimento das profecias.


35
A primeira abominação se deu antes da Revolta dos Macabeus, no dia 15 de dezembro, o nono mês, o quisleu (conforme I Macabeus 1.54) de 168 a.C., cujo motivo principal fora a profanação do templo a mando de Antíoco Epifanes (em sacrificar um porco no altar). Em 25 de dezembro, também nono mês, o quisleu, conforme I Macabeus 4. 52-54 de 165 a.C. (quando o altar foi purificado), quando se consolidou o cumprimento da profecia de Daniel 8. 11-14    as 2300 tardes e manhãs, ou os três anos e dez dias de tempo de duração, da profanação até purificação do templo, que foi usada pelos Adventistas, para determinarem que a volta do Senhor Jesus se daria em 1844...


36
Quanto às 2300 tardes e manhãs usada pelos Adventistas com o pressuposto de corresponderem a 2300 anos; decididamente não há base bíblica para que conclua assim, tanto que não se mostrou certa essa especulação... Como já detalhei no meu livro Ceia, sim! Cruz, não!,que tenho citado ostensivamente. Os números grafados como dias, nos livros de Daniel e Apocalipse, de fato referem-se há anos; porquanto a profecia dos 490 dias do Ungido (as setenta semanas) se cumpriu em 490 anos para a maioria dos estudiosos bíblicos ─  exceto os tribulacionalistas,  pós e pré, que penduraram uma semana das setenta no tempo, a partir do inconseqüente e para “não sabem quando”; diferentemente do que os Adventistas disseram; tardes e manhãs têm a ver com parte ou fração do dia e não do inteiro “dia”; e ainda se eles tivessem procurado elucidar a questão fração do dia, que de fato tem que ser feito para se interpretar esse texto, restaria que não há compatibilidade entre terdes e manhãs e dias como sendo anos, como o são em outros textos de Daniel e também de Apocalipse; e de igual modo, todo o contexto das informações proféticas do capítulo 8 e 11 do livro de Daniel, está efetivamente ligado a queda Império Medo-Persa e a ascensão do Império Grego Macedônio com Alexandre, o Grande como imperador; que após a sua morte, o seu império foi dividido em quatro, conforme Daniel 11. 3-4, que caminhou na proeminência de dois deles por intermédio dos descendentes do general Ptolomeu, o reino do Sul e do general Seleuco, o reino do Norte, de quem o profanador Antíoco Epifanes descendeu.


37
O que se sabe sobre as duas mil e trezentas tardes e manhãs, é que no período do Antigo Testamento para o dia    parte da claridade do sol ou efetivo dia, se considerava: das seis horas às dez horas, como manhã; das dez horas às catorze horas, como calor do dia; das catorze horas às dezoito horas ou a efetiva tarde como o frescor do dia (das seis às 18 horas ou um total de 12 horas)... De forma mais precisa e detalhada: Manhã, de 6 às 10 horas; calor do dia, de 10 às 14 horas;  frescor do dia, de 14 às 18 horas; primeira vigília da noite, de 18 às até meia noite (24 ou zero hora); segunda vigília da noite, de meia noite às três horas e a terceira vigília, de 3 às seis horas. Do que se constata ser tardes e manhãs um período do dia e não o seu todo. Daí, duas mil e trezentas tardes e manhãs corresponderem exatamente a tardes e manhãs vezes 2300, ou de fato 12 horas vezes 2300 ou 27.600 horas ou ainda 1150 dias ou finalmente três anos e dez dias, ou o período que correspondeu a 15 de dezembro de 168 a. C. a 25 de dezembro de 165 a. C...


38
Voltando às principais informações anteriores: No dia 15 de dezembro (quisleu) de 168 a.C. foi construído um altar pagão sobre o lugar do altar do Deus de Israel; já tendo antes havido violência e perseguição contra o povo judeu, a mando de Antíoco; depois da profanação, essa perseguição tendo aumentado, motiva a revolta que ficou conhecida na história como a Revolta dos Macabeus, que começa na liderança de Mathias (o primeiro dos Macabeus), que morre no ano seguinte, assumindo o seu filho Judas Macabeu, que através de vitórias sobre o invasor...  No dia 25 de dezembro (o quisleu) de 165 a.C., o templo e o altar são purificados. Se estivemos  acompanhando a avaliação dos números e datas registradas até agora, fatalmente percebemos que da data da profanação até a data da purificação do santuário, como é dito na profecia de Daniel 8. 14 se passaram três anos e dez dias ou as 2300 tardes e manhãs dessa profecia de Daniel.


39
         O que tenho ponderado prova de maneira contundente, com base histórica e não especulação, que na profecia de Daniel 8. 11-14 das 2300 tardes e manhãs se cumpriu integralmente no período da Revolta dos Macabeus; tanto que, novamente em todo o capítulo onze é descrita toda a evolução dos reinos do Norte  ─ Sírio, Seleucidas e do Sul ─ Egípcio, dos Ptolomeus, cuja dinastia egípcia voltou naquele período, e terminou em Cleópatra, sendo novamente feita a referencia quanto à profanação do templo, que esta em Daniel 11. 31, com a característica de fazer cessar o holocausto contínuo, como a do texto de Daniel 11. 31-33, quando o Senhor Jesus advertiu quanto a essa Abominação Desoladora citando o livro de Daniel, e identifica esse evento da profanação como sendo o da destruição de Jerusalém que aconteceu no ano setenta. A regra dos dois eventos ou citações, aqui mais uma vez se prova no texto sagrado... Objetivamente a denominação correta para os reinos dos Ptolomeus e dos Seleucidas é a grafada acima, porquanto, não cabe decididamente chamar os reinos de Judá e o de Israel, de do Sul e do Norte; que embora do ponto de vista geográfico seja correto, e sim de Judá ou Jerusalém e Israel ou Samaria, porque é assim que a bíblia os chama e é o que convêm à didática... Ainda com relação à Abominação Desoladora, que erradamente está titulada pelo tradutor, como a Grande Tribulação, conforme Mateus 24. 15-22, Marcos 13. 14-20 e Lucas 21. 20-24, não sendo parte efetiva do texto bíblico, cujo relato identifica plenamente esse evento com a destruição de Jerusalém, que como vou explicar mais à frente. Os relatos de Lucas são mais claros e objetivos em função da sua fonte de informação ser de várias testemunhas oculares.


40
Os três endereços acima sobre a Abominação Desoladora de Daniel 11. 31-33 ─ reiterando, que estão erradamente titulados nas Bíblias como a Grande Tribulação; têm nos seus relatos a objetiva identificação com a Abominação Desoladora profetizada por Daniel, que estão nos primeiros versículos dos relatos; em Mateus 24. 15 e Marcos 13. 14 e no de Lucas 21. 20  ─ como já ponderei, em sua maneira de relatar identifica essa fala do Senhor Jesus como sendo a Abominação, algo que aconteceria na sua segunda vez, e para nós já acontecido exatamente dentro do evento da destruição de Jerusalém. Esse erro da identificação e intitulação dado a esses textos que os editores têm erradamente identificado como a chamada Grande Tribulação, que na realidade são duas como vou demonstrar e também de não terem relação direta com esses textos; começou com a Escatologia Pós-nicena (que em Agostinho se tornou Pós-milenista) se perpetuando ─  com expectativas para 1000, 1030 e 1034, até o ano 1034, quando posteriormente deu lugar à chamada Escatologia da Reforma, que previu a volta de Jesus em 3 de julho de 1525.


41
Aproveito para informar novamente que todo estudo ou avaliação sobre Escatologia não pode ser feito a partir dos Evangelhos, embora o Senhor Jesus no final do seu ministério responda sobre isto, porquanto os livros específicos sobre esse assunto são os livros de Daniel e o de Apocalipse, que traçam roteiro, dão datas, estabelecem parâmetros e identificam, de alguma forma, os eventos, atores, tempo de duração e ordenação cronológica... Também considere que o livro de Daniel é o que mostra toda a evolução paulatina dos eventos escatológicos (roteiro) até o fim, que são completados no Apocalipse; sendo que as informações sobre o fim, contidas nos Evangelhos; para serem usadas, devem ser harmonizadas com as seqüências dos fatos descritos em Daniel e Apocalipse, que são a base cronológica da escatologia ─ inclusive com períodos parametrizados numericamente com nossas unidades de contagem de tempo para a formatação de todas as informações bíblicas sobre esses assuntos.
 

42
     Quanto ao que vários ditos eruditos e historiadores dizem sobre o livro de Daniel, em relação a sua historicidade, data e profecias. Considere primeiramente a associação que tenho feito dos textos desse livro com fatos históricos ou efetivamente a interpretação dessas profecias, considere também que as ditas restrições que são feitas ao livro de Daniel estão a partir de interpretações daqueles que apresentam essas objeções, porquanto, eu não conheço nenhuma interpretação que veja no livro de Daniel o efetivo roteiro de todo o plano de Deus para a humanidade, ou, pelo contrário, vemos nos eruditos uma leitura da história versus profecias, semelhante ao lema Fisiocrata do século XVIII  “Laissez faire, laissez passer”, quando diferentemente é fato, que Deus tem total controle da história e das profecias, e as informou em uma espécie de roteiro através de Daniel... Daí sugerir que quanto às restrições feitas pelos eruditos historiadores ao livro de Daniel, seja lido o livro de Josh McDowell, Profecia: Fato ou Ficção e quanto à interpretação de profecias, o meu livro Ceia, sim! Cruz, não!. Também considerem as sucessivas depredações e destruição da biblioteca de Alexandria no Egito, em 47-48 a.C. (período de Júlio César), 284-305 (período de Diocleciano) e 646 (hegemonia dos árabes) quando se perdeu pelo fogo grande parte do maior acervo da história antiga; que certamente melhor explicaria muitas questões que discutimos hoje de maneira não bem aprofundada, sem considerar que embora essa perda irreparável tenha acontecido; a Hermenêutica pode em muito nos ajudar quanto ao melhor resgate dessa história.


PEQUENO RETROSPECTO

43
         O livro de Daniel, que é o roteiro de todo o plano de Deus para a redenção da humanidade. Estabelece como base de roteirizarão (evolução) histórica, somente quatro hegemonias políticas (quatro macro-poderes, impérios), interpretação esta que já existia no início da era cristã: a chamada quarta filosofia, que foi o principal referencial da insurreição contra Roma que resultou na destruição de Jerusalém no ano 70, as quais proeminências políticas foram: O segundo Império Babilônico (612 ─ 539 a. C.), o Império Medo-persa (539 ─ 331 a. C.), o Império Greco-macedônio (331 ─ 27 a.C.) e o Império Romano, cuja influência política e militar preponderante começou em 127 a. C. e se consolidou como Império em 27 a. C., com Otávio Augusto como imperador, coisas essas que estão didaticamente informadas em Daniel 2.  1-49 (a estátua) e Daniel 7. 1-8 e 15-28 (os quatro animais simbólicos)... Todo esse período contempla a profecia, As Setenta Semanas do Ungido (Messias), Daniel 9. 20-27 (603 ─ 534 a. C.); que tem dentro de si o Império Medo-persa (539 ─ 331 a. C.) em cujo período estão os relatos de Esdras, Ester, Neemias, e os profetas Zacarias e Ageu, nos quais se tem a informação do fim do cativeiro babilônico (decreto de Ciro, 536 a. C.), que somado aos 70 anos, se conclui a data do início do cativeiro (606 a. C.); depois o início da contagem das setenta semanas do Messias (no decreto de Artaxerxes I, o Longimano em 458 a. C). E no período Greco-macedônio (331 ─ 27 a. C.) se cumpriu a profecia das 2300 tardes e manhãs, que foi a profanação e purificação do templo por Antíoco Epifanes... Por mais esse motivo o templo tinha que ser reconstruído... Tudo que é relevante no Antigo Testamento tem a sua principal função cristocêntrica; o que se fizer e entender diferente disso são infantilidade teológica, ou então má fé contra o Evangelho para ganhar dinheiro.


                                                                         44
          Duas coisas muitíssimo importantes analisarei agora, as quais são: assim como afirmo a improcedência da canonização dos livros de Esdras, Ester e Neemias condenando isto de maneira veemente ─ e aqui vou, como que inaugurar de maneira comprobatória ─, a defesa da canonicidade do livro de Enoch: com endereços abaixo em vermelho e textos do livro em azul; também mostrar aqui a importância cristocêntrica da Festa das Primícias, cuja importância alegórica não está sendo identificada pelos Teólogos e Seminários, justamente pela força do idioma grego que a nominou no Novo Testamento pelo seu período de cinqüenta dias em seu término qüinquagésimo, que em grego corresponde a Pentecoste (grego, Пεντηκοστή), conforme vou explicar mais à frente.   


45
É do conhecimento de todos que estudam a Bíblia com profundidade a fácil identificação dos textos mais evidentes da citação do livro de Enoch no Antigo Testamento: Gênesis 6. 1-22 e outros textos listados abaixo; também no Novo Testamento: Mateus 23. 35, Lucas 11. 51, Hebreus 12. 22 e 24, II Pedro 2. 4 Judas 1. 6 e 14 - 15... Sendo, ao meu juízo, a informação mais importante, a da profecia do ministério do Senhor Jesus e sua preexistência junto ao Pai, conforme Enoch que tem profecias claras sobre o Senhor Jesus, que nos faz entender, inclusive, o porquê Jesus é chamado de Filho do homem 54 vezes; em registros nos evangelhos, nos quais o Senhor Jesus afirmou de maneira sistemática, que também Ele era o Filho do homem, na sua condição eventual humana; que Mateus registrou dezessete (17) vezes, Marcos citou onze (11) vezes, Lucas transcreveu dezessete (17) vezes, e João colocou nos seus relatos que o Senhor Jesus o fizera nove (9) vezes ─ que são repetições, tornando-as com as mesma equivalência das de Enoch ─, que em Enoch aconteceu quinze vezes: a partir de Enoch 44. 1-4Lá, vi o Ancião de dias cuja cabeça estava como que coberta de lã branca e com ele, outro, que tinha a figura de um homem. Esta figura era de plena graça, como a de um dos santos anjos. Então interroguei a um dos anjos que estava comigo e que me explicou todos os mistérios relativos ao Filho do homem. Perguntei-lhe quem era ele, de onde vinha e porque acompanhava o Ancião de dias. Respondeu-me nessas palavras: Este é o Filho do homem a quem toda justiça se refere, com quem ele habita, e que tem a chave de todos os tesouros ocultos; pois o Senhor dos espíritos (Senhor da vida) o escolheu preferencialmente e deu-lhe glória acima de todas as criaturas. Expulsará os reis de seus tronos e de seus reinos, porque recusaram honrá-lo, de tornarem públicos seus louvores e de se humilharem diante daquele a quem todo reino foi dado. Colocará tormentos na raça dos poderosos; forçá-los-á a se curvarem diante dele. As trevas tornar-se-ão sua morada e os vermes serão os companheiros de sua cama; nenhuma esperança para eles de sair desse leito imundo, pois não consultaram o nome do Senhor dos espíritos (Senhor da vida). Também: Enoch 46. 2: de igual modo o texto que relata a preexistência de Jesus, conforme Enoch 46. 3-4  E antes que o sol e os astros fossem criados, antes que as estrelas fossem formadas  no firmamento, invoca-se o nome do Filho do homem diante do Senhor dos espíritos (Senhor da vida). Ele será o bastão dos justos e dos santos, arrimar-se-ão nele e não serão abalados, ele será a luz das nações. Ele será a esperança daqueles cujo coração estão angustiados. Todos aqueles que habitam na terra prostar-se-ão diante dele e o adorarão eles o celebrarão, louvá-lo-ão e cantarão os louvores do Senhor dos espíritos (Senhor da vida). Assim o Misterioso foi engendrado, antes da criação do mundo e sua existência não terá fim. Enoch 44. 1-3; 46. 2, 57. 11; 60. 6, 60. 7; 60. 13; 60. 17, 61. 10; 61. 15; 67. 38; 67. 40; 67. 41; 68. 1 e 69. 17... Agora textos menos evidentes ou os que não têm sido identificados pelos ditos teólogos: Enoch 13. 22-24: Tem conexão com Isaías 6. 1 - 8; Enoch 45. 1-4: corresponde ao texto de Apocalipse 4. 1 - 11; Enoch 49. 4-5 Isaías 55. 12; Enoch 53. 1-3: citado em Gênesis 9. 8-17; Enoch 104. 13-15: Motivo ou causa do dilúvio, conforme o descrito no capítulo seis (6) do livro de Gênesis; Enoch 100. 6 e 101. 4: Conexão direta com o Salmo 73 de Asafe. Enoch 92. 7 e 94. 4: Conexão clara com os ensinamentos do Senhor Jesus em Mateus 19. 23-4, Marcos 10. 23-25, Lucas 6. 24-26 e I Timóteo 6. 9-10... Além do livro de Enoch ser o texto teológico que informa a origem e início do inferno (Enoch 20. 4-6), também nele constar as primeiras informações sobre o Senhor Jesus e seu ministério (Enoch 46. 2-4), há nele (o livro de Enoch) o pleno seqüenciamento de todo plano de Deus para a humanidade, isto fartamente contextualizado em sistemáticas citações por escritores do Antigo e Novo Testamento; o que torna estranho e lamentável ele não constar do Canon do Antigo Testamento; em contraposição ─ ao meu juízo ─, os livros de Ester, Esdras e Neemias, cujo valor teológico é nulo e até prejudicial ou efetivamente não recebeu atenção e valoração por parte do Senhor Jesus e de seus discípulos; que em sua falta de relevância histórica (os fatos como nele estão relatados) identifica e valida plenamente esse meu mal estar quanto ao seu dito valor teológico. No qual mostro de maneira objetiva o desastre teológico feito; principalmente, por Esdras e Neemias no encaminhamento político às suas épocas que contaminou o relacionamento humano entre os judeus até o início da era cristã; e continua fazendo hoje a toda raça humana na valoração e interpretação que lhes é dada pelos ditos teólogos no decorrer da história da Igreja, conforme o seguimento do Estudo.
 

OS DOIS JUBILEUS

                                                                     46
           A palavra de Deus, fala de dois Jubileus (os Pentecostes), que no idioma grego significa qüinquagésimo... No texto sagrado, têm-se o registro, no livro Levítico 25. 8-55, da lei sobre o Jubileu dos cinqüenta anos ou das sete semanas de anos (quarenta e nove anos) e mais um ano, quando neste ano, o qüinquagésimo, se completaria os cinqüenta anos do Jubileu; fora determinada por Deus uma série de benefícios a quem comprou ou vendeu uma propriedade, a oportunidade de tornar livres aqueles que eram escravos, e também a ordem de dar descanso a terra neste ano, o que completava o Jubileu: quando todos comeriam no ano seguinte, daquilo que a terra produzisse espontaneamente, sendo esse direito também dado aos estrangeiros, pobres e escravos que estivessem junto com os judeus...


47
           O texto que informa tudo sobre essa lei é o de Levítico 25. 8-55 (quase todo o capítulo), entretanto, por ser o texto muito extenso, reproduzirei tão-somente os versículos de vinte (20) a vinte e dois (22), que achamos muito interessantes, Levítico 25. 20-22 ─ Se disserdes: Que comeremos no sétimo ano, visto que não havemos de semear nem fazer a nossa colheita? então mandarei minha bênção sob vos no sexto ano, e a terra produzirá fruto bastante para os três anos.  No oitavo ano semeareis, e comereis da colheita velha; até o ano nono, até que venha a colheita nova, comereis da velha. Nesse texto, como no caso de parágrafos de qualquer uma lei é também de uma lei, todavia espiritual, porquanto o Senhor chama a atenção para pontos importantes a serem observados; e é aqui, de forma específica, com relação aos sete períodos dos sete anos sabáticos; esse texto também mostra de maneira objetiva o que tenho insistido veementemente, que é a interligação de fatos e profecias e vários ensinamentos que se complementam entre os escritores de toda a Bíblia, quando poderíamos ligar literalmente esse texto ao profeta Habacuque 2. 4, e ao Novo Testamento, numa citação a Habacuque feita em Hebreus 10. 37-38 ─ Pois ainda em bem pouco tempo aquele que há de vir virá, e não tardará. Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. De igual modo podemos associar literalmente ao que o Senhor Jesus fala sobre a solicitude pela vida, conforme o Evangelho de Mateus 6. 25-33    Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à sua vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?  Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta.  Não valeis vos muito mais do que elas?  Ora, qual de vos, por mais ansioso quem esteja, pode acrescentar um côvado a sua estatura?  E pelo que haveis de vestir, porque andais ansiosos?  Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham e não fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançado no forno, quanto mais vós, homens de pouca fé?  Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? Ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir?  (Pois a todas essas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso.  Mas buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisa vos serão acrescentadas.


48
            Reiterando, o que acontece com relação a essa lei do Jubileu ou os cinqüenta anos, que poderia ser também chamada de Pentecostes, pois pentecostes no grego significa qüinquagésimo; porquanto, de fato essa lei são os sete períodos de seis anos e mais o ano de descanso da terra (ano sabático), Levítico 25. 1-7 Disse mais o Senhor a Moisés no monte Sinai: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando tiveres entrado na terra que eu vos dou, a terra guardará um sábado ao Senhor. Seis anos semearas a tua terra, e seis anos podaras a tua vinha, e colheras os seus frutos; mas no sétimo ano haverá sábado de descanso solene da terra, um sábado ao Senhor; não semearás o teu campo, nem podarás a tua vinha. O que nascer de si mesmo da tua sega não segarás, e as uvas da tua vide não tratada não vindimarás; ano de descanso solene será para a terra. Mas os frutos do sábado da terra vos serão por alimento, a ti, e ao teu servo, e a tua serva, e ao teu jornaleiro, e ao estrangeiro que peregrina contigo.  E ao teu gado, e aos animais que estão na tua terra; todo seu produto será por vosso mantimento... Depois de ler esses textos do livro de Levítico, sobre o sábado da terra, creio que a minha afirmação anterior de inferir isso com a fé e a certa provisão de Deus para os que colocam o reino Dele em primeiro lugar é uma coisa automática e perfeita; inclusive como uma alegoria da dependência e da fé que devemos ter em relação ao Pai. Agora multiplicando por sete, esses sete anos sabáticos, teremos quarenta e nove anos, e o ano seguinte, o do Jubileu ou o qüinquagésimo, são relacionados uma série de benefícios conforme o texto dessa lei em Levítico 25. 8-55: quase todo o capítulo vinte e cinco, reiterando mais uma vez... Isto, a objetiva não tradução do substantivo sábado (que é literalmente: cessar, descansar) ensejou a nada inteligente sacralização do dia indevidamente chamado sábado, que, reiterando, corresponde exatamente a descanso, inclusive aqui, o descanso da terra pelo espaço de tempo de um ano e não um dia... Falta aos que não traduzem esse substantivo (o sábado) e o sacralizam: inteligência e maturidade teológica.  


49
            Quanto a este jubileu (o de cinqüenta anos) não se tem, com relação a essa lei informações da sua prática por parte do povo judeu, senão algumas referências quanto à questão em Ezequiel 7. 12-13, Ezequiel 46. 16-18 e Neemias 5. 1-9; quando, no texto de Neemias, fica de certa forma evidente que essa lei fora colocada de lado ou praticamente não levada em conta pelos judeus ─ basicamente a única coisa útil que se pode tirar desse período (Zorobabel, Esdras, Ester e Neemias), conforme vou citar no seguimento ─; em função dos benefícios que os ricos teriam que dar aos mais pobres ou pelo menos não espoliá-los como sistematicamente faziam.


50
           A outra lei ─ a Festa das Primícias, que é o Pentecostes do Novo Testamento, está em Levítico 23. 9-22, que por o texto ser também extenso, vou reproduzir somente os versículos 15, 16, e 22 ─ (...) Contareis para vos, desde o dia depois do sábado, isto é, desde o dia em que houverdes trazido o molho da oferta de movimento, sete semanas inteiras; até o dia seguinte ao sétimo Sábado (o dia hoje, chamado domingo), contareis cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de cereais ao Senhor. (...) Quando fizerdes a sega da tua terra, não segarás totalmente os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu sou o Senhor vosso Deus. Esse texto é o da Festa das Primícias, ou a festa dos cinqüenta dias, ou qüinquagésimo, que no grego é Pentecostes ou exatamente o qüinquagésimo dia quando se cumpre a profecia de Joel 2. 28 nos relatos de Atos 2. 1-13, alegoria perfeitamente cristocêntrica e sine qua non com componente neotestamentário.  


51
            Assim como a Páscoa representa a saída do povo judeu da terra do Egito, na sua parte quanto aos pães ázimos e as ervas amargas; o cordeiro ou o cabrito (alusão a Redenção em Jesus), cujos ossos não deveriam ser quebrados, representaram a crucificação do Senhor Jesus... De igual modo a Festa das Primícias ou das sete semanas de dias, mais um dia, chamada de Pentecostes no Novo Testamento, foi a mostra alegórica do efetivo início do ministério do Espírito Santo.
                  

52
            Há algo muito interessante a considerar sobre essa festa; que tendo sido instituída no caminho de vinda do Egito na peregrinação para a Judéia, a terra prometida, ela tem a característica básica de estar relacionada com a colheita (estações do ano), e em conseqüência o clima da região. Reiterando, teve-se na saída do Egito a instituição da Páscoa, Êxodo 12. 1-28 ─ (...) ─ (versículo 3) Falai a toda congregação de Israel, dizendo: Ao décimo dia desse mês (Abibe, Abril) tomará cada um para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família. (...) ─ (versículo 6) e o guardareis até o décimo quarto dia (14) deste mês; e toda a assembléia da congregação de Israel o matará à tardinha. Tomarão o sangue, e pô-lo-ão em ambos os umbrais e na verga da porta, nas casas em que o comerem. (...) ─ (versículo 25) Quando, pois, tiverdes entrado na terra que o Senhor vos dará, como tem prometido, guardareis este culto.  Em seguida, algum tempo depois no Sinai, no meio do caminho entre o Egito e a terra prometida, foi dada a lei da Festa das Primícias (o Pentecostes), que teria a plena e imediata interligação com o dia catorze do mês de Abibe (Abril, mês da Páscoa) ou mais precisamente: muito tempo depois após o plantar e a conseqüente colheita, quando a primeira festa foi celebrada ─ como aconteceu posteriormente (muito tempo depois) aos três dias imediatamente após a crucificação de Jesus, o domingo da ressurreição.  


53
            O que estou querendo mostrar, é que a comemoração da Festa das Primícias, que fora estabelecida como lei a ser observada muito depois da Páscoa, já na terra que foi conquistada, que tinha como referencia a primeira colheita de cereais, haveria de ser praticada após o povo de Israel entrar na terra prometida plantar e colher cereais, Levítico 23. 9-10    Disse mais o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra que eu vos dou, e segardes a sua sega, então trareis ao sacerdote um molho das primícias da vossa sega; como costumamos chamar os frutos temporãos ou “safrinha”, para o início da contagem dos cinqüenta dias; sendo os seus referenciais: Os primeiros cereais amadurecidos, e que a contagem começaria à partir  do dia imediatamente posterior ao sábado ou no primeiro dia da semana, hoje chamado domingo.


54 
            Não vou dizer ─ misteriosamente, porque, na realidade fora cronologicamente planejada por nosso Deus que assim acontecesse; que foi a Festa das Primícias vir se interligar de maneira surpreendente à comemoração da páscoa; embora no passado parecesse não haver essa de fato interligação ─ até pelo fato elementar de não terem ainda conquistado a terra onde plantariam e  colheriam ─, e a sua plena necessidade. A páscoa fora estabelecida no Egito com a saída do povo de Israel, e posteriormente no Sinai foram estabelecidas várias leis, e dentre elas, a da Festa das Primícias. Essas duas leis, como várias outras, que por todo o tempo foram entendidas com específicas daqueles momentos da vida de povo judeu e sem nenhum vínculo uma com a outra, no caso específico da Páscoa e a da Festa das Primícias e a sua alegoria referente à profecia de Joel 2. 28, e também várias outras que são, da mesma forma alegoria de outros eventos bíblicos. O lamentável com relação a essa constatação é que não se vê isto ser trabalhado de maneira intensa e popular; senão acadêmica, embora o texto do Novo Testamento tenha essa preocupação didática, principalmente na epístola aos Hebreus, que defendo ser o plano de estudo da Bíblia que Deus ali colocou para que todos nós usássemos.


55
             O Senhor Jesus ao ressuscitar, não só no primeiro dia da semana, mas também de fato no primeiro dia do início da contagem das sete semanas vezes sete e mais o qüinquagésimo dia o no grego Pentecostes, que são os cinqüenta dias da Festa das Primícias. Quando o primeiro dia, o dia imediatamente posterior ao sábado, ou o primeiro dia da semana, hoje para nós com o nome de domingo, após assim ter sido estabelecido por Constantino no concílio de Nicéia em 325 d.C.; mover-se-ia através do sacerdote, perante o altar do Senhor os molhos de cereais desse início de sega (safra); havendo também o ritual com os holocaustos e por fim no qüinquagésimo dia, que também era o primeiro dia da semana, hoje domingo, se fazia novamente o ritual com cereais e holocaustos. Reproduzirei o texto para melhor compreensão, Levítico 23. 10-16 ─ Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra que eu vos dou, e segardes a sua sega, então trareis ao sacerdote um molho das primícias da vossa sega; e ele moverá o molho perante o Senhor, para que sejais aceito. No dia seguinte ao sábado o sacerdote o moverá.  E no dia em que moverdes o molho, oferecereis um cordeiro sem defeito, de um ano, em holocausto ao Senhor. Sua oferta de cereais será dois décimos de flor de farinha, amassada com azeite, para oferta queimada em cheiro suave ao Senhor, e a sua oferta de libação será de vinho, um quarto de him. E não comereis pão, nem trigo torrado, nem espigas verdes, até aquele mesmo dia, em que trouxerdes a oferta do vosso Deus; é estatuto perpétuo pelas vossas gerações, em todas as vossas habitações.  Contareis para vos, desde o dia depois do sábado, isto é, desde o dia em que houverdes trazido o molho da oferta de movimento, sete semanas inteiras; até o dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de cereais ao Senhor.


56
           O que se constata efetivamente, é que a Festa das Primícias, no período do Antigo Testamento, agora no Novo Testamento conhecida (chamada) como Pentecostes; foi a alegoria no passado e naquele momento do início da Igreja, a materialização dessa fase final do ministério: na ressurreição do Senhor Jesus e o início do ministério do Espírito Santo, que deveriam acontecer exatamente num primeiro dia da semana (o dia da sua ressurreição), que a partir do concílio de Nicéia em 325 ganhou o nome de domingo, todavia, não deixou de ser o primeiro dia do início da contagem dos cinqüenta dias; que terminariam exatamente em um primeiro dia da semana (domingo), que foi o dia da descida do Espírito Santo ou o início do seu efetivo ministério.


57
O interessante com relação a esta lei da Festa das Primícias; é que por força da proeminência do idioma grego naquela época sobre o hebraico (já basicamente abandonado) e o aramaico,  também  outros idiomas; o Novo Testamento ter sido escrito em grego koiné, com exceção do Evangelho de Mateus, que foi escrito no aramaico, mas que também depois foi vertido para esse idioma; o jubileu de dias da Festa das Primícias foi grafado no Novo Testamento no idioma grego a partir da idéia dos cinqüenta dias nominado em seu qüinquagésimo que significa “Pentecostes” (grego, Пεντηκοστή); com isto, para nós que não vivíamos naquela época e pouco estudamos sobre as Escrituras ─ também porque os nossos estudiosos bíblicos não atentaram para tornar isto popular, essa informação só é conseguida havendo estudo sério desses assuntos ─ coisa que sei, porque resolvi estudar a Palavra de Deus com mais profundidade e fazer pesquisas paralelas...


58
Como já fiz no preâmbulo e no primeiro capítulo me posicionando contra a valorização exacerbada do grego na interpretação do texto bíblico ─ não contra a busca da exata interpretação; como no caso aqui colocado por mim, mas sim, radicalmente contra o doentio etimologismo inconseqüente ─, aproveitarei mais essa oportunidade ensejada aqui nessa questão qüinquagésimo. O Pentecostes, dentro da visão de etimologia; de fato não teria nada a ver com a Festa das Primícias ou tão-somente quanto ao número de dias, porque buscando entender, ou efetivamente analisando essa festa pelo nome que recebeu no Novo Testamento. Torna-se até irônico isto aqui ─ dentro dessa improcedente idéia da valorização língua original na busca do efetivo etimológico ─; porquanto dentro do entender essa identificação qüinquagésimo, o fato da festa iniciar no primeiro dia da semana e também da ressurreição e se completar no qüinquagésimo dia, o do início do ministério do Espírito Santo, não é de fato exatamente isso. E sim o importantíssimo primeiro dia da ressurreição do Senhor Jesus e ser a soma das sete semanas (49 dias), a qual tem no dia imediatamente posterior, também o primeiro da semana, ou o início do ministério do Espírito Santo.


59
         Entendendo você, o que estou dizendo quanto à improcedência da exacerbada valorização do original grego, deve ter percebido que entendermos o Pentecostes como cinqüenta dias (o etimológico), também perceber-se-á que o cerne, o que realmente é importante para o nosso entendimento do período dos cinqüenta dias da Festa das Primícias é diferente e exatamente a seqüência das sete semanas, como de igual modo foi o jubileu da também sete semanas de anos, e o ano de descanso da terra, cujo referencial foi uma semana vezes sete e o fim no dia posterior a Festa das Primícias, os sete anos vezes sete e o fim no ano posterior (o do jubileu), que não teve nada a ver ou toda a grandeza do entendimento dessa importante alegoria, não se identificou com a etimologia do simples nome, a palavra pentecostes.            


60
           A partir desse melhor entendimento, nos é permitido visualizar a causa de chamar a Festa das Primícias de Pentecostes... Como estudamos anteriormente, existem duas festas jubileu no Antigo Testamento: o jubileu de cinqüenta anos e o de cinqüenta dias; no que o jubileu de cinqüenta anos fora desprezado pelos judeus, pois decididamente não lhes interessava as obrigações advindas dessa lei, não ficando de fato ligado às suas tradições e cultura, o que possibilitou efetivamente chamar a Festa das Primícias de qüinquagésimo (grego, Pentecostes), sem que houvesse a pergunta: Qual qüinquagésimo; o de cinqüenta anos ou o de cinqüenta dias? Avaliar questões dessa maneira, se chama praticar de fato a hermenêutica; que também possibilita poder entender que quando Paulo diz que Jesus é “as Primícias dos que dormem”, não se trata exercício de habilidade lingüística e sim, uma afirmação literal, e a intrínseca ligação entre a ressurreição de Jesus e a Festa das Primícias...
    

61
            No que, se conclui que a questão relacionar a ressurreição do Senhor ao início da Festa das Primícias ─ sendo acima de tudo um fato ─, está em uma alegoria basicamente literal ou a efetiva sistematização de que nada é aleatório nas alegorias do Antigo Testamento, pois, reiterando, Paulo ao se referir à ressurreição do Senhor Jesus, diz que ele é as “Primícias” dos que dormem, I Coríntios 15. 20 ─  Mas na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.


62
            O que se pode objetivar de maneira cristalina com relação à Festa das Primícias, é que ela é a alegoria da ressurreição do Senhor Jesus; quanto ao primeiro dia da semana que é também o início da contagem dos cinqüenta dias, a partir do domingo quando também foi também a alegoria do cumprimento da promessa da vinda do Espírito Santo, registrada em Joel 2. 28; que aconteceu exatamente no qüinquagésimo dia, também o primeiro dia da semana ─ o último dos cinqüenta dias da Festa das Primícias, primeiro dia da semana, hoje chamado domingo...


63
            O Senhor Jesus ressuscitou num domingo, a descida do Espírito Santo se deu num domingo; sendo isto uma base de inferência; e notem com atenção o texto que fala da Festa das Primícias conforme o registrado em Levítico 23. 21 ─ E fareis proclamação nesse mesmo dia (domingo), pois tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; é estatuto perpétuo em todas as vossas habitações pelas vossas gerações. Há aqui uma clara alusão à mudança que aconteceria no dia de guarda, pois como pode ser visto nesse texto; há a objetiva equivalência entre esses dias ─ o primeiro dia da semana com o sábado quanto a tudo o que lhe era preceituado; sinalizando claramente a transição para a era da graça  ─, quando o que marcou o início das igrejas foi o Pentecostes: final da contagem dos cinqüenta dias e início do ministério do Espírito Santo, que muda o dia chamado sábado, que no nosso idioma deveria se chamado descanso, para o primeiro dia da semana chamado de domingo no concílio de Nicéia em 325. Quando disse acima que o Pentecostes marca o início das igrejas; notem o plural e o minúsculo, é porque a Igreja que é transcendente e espiritual começou no ministério de João Batista, conforme Mateus 3. 1-3. Vale à pena ler os meus dois livros׃ Ceia, sim! Cruz, não! e A Noiva Aprovada por Ele, no qual é detalhado essa questão Igreja ─  a espiritual e transcendente, e as igrejas, que são instituições existente e visíveis no mundo, como foi explicado nesses meus livros anteriores que falam sobre esse assunto.   


64
         Oportunamente, quero deixar claro que não sou defensor de heresias católicas romanas ─ nem as muitas ditas evangélicas ─; tanto que em meus Estudos refuto a Doutrina da Trindade, que é católica romana como também extrabíblica; por esse motivo vou ponderar um pouco mais nessa direção para que não fique nenhuma dúvida.


65
            Como já tenho trabalhado toda essa questão relativa à Festa das Primícias, que é o Pentecostes; quero crer que chegamos à conclusão óbvia de que o Senhor Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana ou domingo, exatamente no dia do início da contagem dos cinqüenta dias da Festa das Primícias; e no qüinquagésimo (grego), Pentecostes ou o dia que aconteceu a vinda (começo do seu ministério) do Espírito Santo; sendo esse dia, o domingo de guarda obrigatória, segundo o texto de Levítico 23. 21...


66
           Objetivamente temos que: O Senhor Jesus ressuscitou num domingo; o Espírito Santo também começou o seu ministério num domingo... O fato do primeiro dia da semana ter o nome de domingo, e a sua guarda se tornada obrigatória a partir do concílio de Nicéia em 325 d.C., que foi presidido pelo imperador Constantino, não invalida o texto bíblico que o sanciona como esse referencial, e de maneira nenhuma o torna heresia; quando eu seria o último a ser considerado suspeito em seguir nessa direção e afirmação.


67
            Estou dizendo isto, porque existem denominações que defendem de maneira intransigente a guarda do sábado, usando o argumento da legislação romana do concílio de Nicéia, quanto ao domingo, quando dizem ser a guarda desse dia oriunda de uma lei pagã; a esses irmãos sugiro a leitura do meu livro Ceia sim! Cruz não! Ainda, consideremos que a profecia referente à Festa das Primícias tem ou carrega dentro de si a alegoria de dois eventos da era da graça  ─ a ressurreição e o início do ministério do Espírito Santo. Que objetivamente se ajustam à regra que enunciei desde o preâmbulo sobre duas referencias, que na Festa das Primícias a partir do ministério de Jesus, são duas, dentro da visão de simetria de sistematização: A ressurreição e a vinda do Espírito Santo


OBJETIVA AVALIAÇÃO DO LIVRO DE ESDRAS

68
         Como foi visto até agora, ou o que afirmei de forma veemente, fato é que os livros de Esdras e Neemias não têm decididamente o valor teológico que lhes são atribuídos pelos teólogos e pastores aos membros de suas igrejas... E é exatamente isto que procurarei mostrar a partir de agora neste pequeno Estudo, também porque autores de revistas para E. B. D. assim os valorizam e, inclusive, lamentavelmente conseguem ver exemplos de valores espirituais a serem seguidos nos atos dos líderes daquele período que de forma lamentável foi pessimamente administrado por eles... Para se ter a idéia de como a Hermenêutica ─ do grego Еρμηνευτική: interpretar, explicar ─, na sua necessidade, eficiência e praticidade, ajuda e produz efeitos conclusivos, vejamos: O dito príncipe Sesbazar era judeu, porquanto no texto se afirma ser ele de Judá (da tribo), entretanto, o nome Sesbazar não é nome judeu; também ─ isto é claro no texto  ─, quem escreveu toda a parte onde aparece o nome Sesbazar não foi Esdras e, tendo sido outra pessoa, este (o escriba) também não era judeu, isto, pelo simples fato, de que se fosse judeu, ainda que registrasse o nome o nome babilônico de Zorobabel; o faria exatamente assim: Sesbazar ou Zorobabel, filho de Salatiel (a forma judaica de apresentar um nome). Viu? Hermenêutica é algo simples, didático, e não a dificuldade que criam para que você não se aproxime em conhecimento do Pastorzão ou Teologozão.
              

69
         O chamado livro de Esdras começa tremendamente confuso quando pretende resgatar todo um período desde o fim do cativeiro babilônico (536 a. C., decreto de Ciro) estando ele distante desta data e desses eventos iniciais ─ inclusive da reedificação do templo conduzida por Zorobabel, a qual foi concluída em 515 a. C.  ─; porquanto ele e Neemias só começam a fazer parte efetiva do de todo esse processo a partir do ano 458 a. C. com o decreto do governante persa, o rei Artaxerxes I, que começou a reinar em 465 a. C.; quando a partir de então, ele e Neemias, a partir de 445 a. C. tiveram de fato participação nos eventos acontecidos na Judéia naquela época ─ (78 anos após, considerando Esdras) e (91 anos após, considerando Neemias) longos anos, que os tirou do real conhecimento dos fatos anteriores. Sendo repetitivo quanto ao longo tempo que separou Esdras e Neemias dos de fato importantes eventos acontecidos naquela época. Quando; tendo acontecido a libertação dos judeus em 536 a.C e logo em seguida a vinda de Zorobabel com a leva dos primeiro judeus, sem contar o tempo de paralisação das obras, em 515 a. C. a construção do templo foi concluída... Todo o trabalho árduo foi feito pelos dessa primeira leva de judeus, entretanto de forma inusitada, 78 anos após o fim do cativeiro (em 458 a. C) foi que o elogiado dito grande homem Esdras, que pelo seu vigor físico teria muito menos que 78 anos de idade, ou seja, nasceu muito depois do fim do cativeiro e vivia bem longe no de Jerusalém no “bem bom” e só após esse longo tempo veio como salvador pátria ditar normas para aqueles que a muito tempo lá estavam com todas as dificuldades e trabalhos que envolveu todo aquele início nada fácil.


70
         Só que, o oportunista Esdras não sabia e muitos e muitos teólogos e ditos estudiosos bíblicos inda não sabem que a investidura de Esdras por Artaxerxes I, o Longimano em 458 a. C foi o decreto que marcou o início da contagem dos setenta (70) anos da profecia de Daniel 9. 20-27, até pelos fatos elementares da importância desse período que foi de 536 a. C (fim do cativeiro) até 434 (volta de Neemias à Pérsia). O também racista Zorobabel; os profetas Zacarias e Ageu, o decreto de Ciro 536 a. C. e o decreto de Artexerxes I, o Longimano comissionando Esdras para o início de Israel novamente como nação; que ele olhando para o seu umbigo, nem de leve teve conhecimento e a mínima noção, como a quase totalidade dos teólogos e estudiosos não tiveram e não têm a visão da importância desta data. Quanto ao não valor que eles (Esdras e Neemias) tiveram soma-se ─ além de suas trapalhadas racistas ─, a alienação ou conivência de relativização quanto ao casamento de Ester com Assuero em 478 a. C.


71
         Ainda, voltando a Zorobabel, é evidente que o príncipe de Judá chamado Sesbazar (nome babilônico), no capítulo 1. 8 é Zorobabel; nome este, que aparece novamente no capítulo 5. 7- 16, que é uma carta do governador da parte dos persas chamado Tatenai, o qual relatou ao então rei Dario (520 a. C.) sobre o decreto de Ciro autorizando a reconstrução do templo (segundo ele) começada “por um dito Sesbazar” (que é Zorobabel); relatos esses que dificilmente correspondem à autoria de Esdras. Não há nenhuma ocorrência bíblica do nome Sesbazar usado por judeus    a não ser este dado a Zorobabel pelos babilônios    não estou fazendo confusão, não, porquanto este nome ele recebeu durante o cativeiro, como o recebera Daniel, Ananias, Misael e Azarias, que já o tinha naquele momento do cativeiro naquela data  findando  ─; e quanto a Zorobabel, este nome ocorre em I Crônicas 3. 19, Mateus 1. 12-13 e Lucas 3. 27; ainda, o nome de judeus importantes era marcado (identificado) pelo prenome do pai: no caso em apreço: Zorobabel, filho de Salatiel... Quanto a nomes diferentes dados a escravos (cidadãos dos países conquistados); tem-se uma evidência disto (citado acima) em Daniel 1. 7, quando Daniel recebeu o nome de Beltessazar, Ananias de Sadraque, Misael de Misaque e Azarias de Abednego. Os reis da pérsia tinham vários nomes: Cambises, que sucedeu a Ciro (536 a. C.) era também chamado Assuero; o usurpador Semerdes  (529 a. C.), apelidado o mago é o Artaxerxes de Esdras 4. 11-13; aquele que fez parar a construção do templo a pedido dos samaritanos, e em seguida foi assassinado; Dario (522 a. C.), aquele que autorizou o reinício da obra do templo era também chamado Assuero (não o de Ester); Xerxes (485 a. C.), o Assuero de Ester, e o Longimano (458 a. C.), também chamado de Artaxerxes I, aquele de quem Neemias era copeiro... Ainda, se caminharmos com cuidado paulatinamente na leitura do livro de Esdras, quando se chega ao relato do chamado quarto capítulo; primeiro depara-se logo de início com o radicalismo racista de Zorobabel, no considerar os samaritanos como inimigos, aqueles que queriam ajudar na reconstrução do templo.  Inimigo é aquele que quer ajudar ou de fato inimigo é o que se fecha ao convívio harmonioso e adota atitude racista?.. Não deixando de prosseguir na questão nome: observe também que este relato está relacionado ou fala do início das obras do templo; e aqui é identificado plenamente quem foi o líder que começou a reconstrução do templo (livro de fato confuso): exatamente Zorobabel, filho de Salatiel ─ chamado pelos babilônios Sesbazar no período do cativeiro, entretanto, Sesbazar ou Zorobabel, foi radical racista e insensível com toda certeza...       
      

72
Ainda, quanto a nomes: numa olhada rápida ─ não vou registrar concretamente ─, nas sucessões dos dois principais reinos oriundos do Império seguinte, o Greco-macêdonio com a morte de Alexandre o grande: o reino do norte (Síria, os selêucidas) e o reino do sul (Egito, os Ptolomeus), cujos governantes eram conhecidos por dois nomes, como os Papas no decorrer da história... O ditador Julio Cesar (durante o seu governo Roma ainda era República), ensejou por decorrência a aculturação o seu sobrenome representar o poder supremo do Império, cedendo-o (conseqüência) para “Cesar” significar imperador. Ainda, o grande historiador judeu (da tribo de Levi) Josefo, filho de Matias ficou conhecido na história como Flávio Josefo, em função da sua tria nomina por lhe ter sido dada a cidadania romana pelo imperador Vespasiano, o nome: Titus Flavios Josephus, ou simplesmente Flávio Josefo, como ficou conhecido na história...  Muito se pode resgatar do período em apreço na obra de Josefo, Antiguidades Judaicas. 


73
  Se você ler com atenção o chamado livro de Esdras, constatará ser o seu relato muito confuso (reiterando); demandando bastante sensibilidade hermenêutica para entendê-lo, refutar sua autoria (não os fatos ali narrados) e buscar lhe dar a devida e real interpretação. Também, se for considerado que o início da reconstrução do templo (assim está relatado) foi por parte de um, tal Sesbazar, fica praticamente impossível encadear narrativas que contemplem a existência de dois príncipes judeus com exatamente a mesma função sem que se faça essa observação; que na possibilidade de ser verdade (pouquíssimo provável), se faria necessário sinalizar isto de maneira objetiva. Que assim não tendo acontecido a confusão da juntada de fragmentos históricos para formar o chamado livro de Esdras não contribui absolutamente para o estudo tranqüilo da história sobre o assunto e da Teologia.


74
Como comentei no seguimento anterior (sendo repetitivo) o livro de Esdras ─ se entendido assim ─, se torna extremamente confuso... Ao ler o capítulo primeiro, que, inclusive, começa pelos versículos finais de II Crônicas; considere também, não somente no caso do dito livro de Esdras quanto à sua fragilidade de coesão e coerência, mas também todo o Antigo Testamento deve ser lido com todo cuidado hermenêutico, inclusive, levando em conta que a sua divisão em capítulos só aconteceu em 1250 e em versículos em 1445.


75
Veja agora como pode ficar mais fácil de entender o início do relato deste livro; substituindo o nome Sesbazar no versículo oito por Zorobabel: leia o seguimento até o capítulo cinco, versículo cinco  ─ quando no capítulo 2 esse problema do versículo oito perde o sentido  ─, e será exatamente entendido como aconteceu o início da reconstrução do templo e os seus de fato agentes participantes, inclusive, os samaritanos indo até Zorobabel querendo ajudar nas obras (Esdras 4. 2)... Pense em diversos pergaminhos que foram juntados para compor essa narrativa histórica e como se tentou dar notoriedade a determinado líder (Esdras). Porque toda essa narrativa: 536 a. C. até Esdras (458 a. C.) e Neemias 445 a. C.  (91 longos anos, se considerado Neemias como relatei acima), e até 444 a. C., no dia 25 do mês de Elul (agosto, setembro) quando foram concluídas as obras dos muros... Esqueçamos ou decididamente não relacionemos a reconstrução do templo (concluída em 515 a. C.) com Esdras (458 a. C.) e Neemias (445 a. C.) ─ embora esteja relatado no livro chamado de Esdras  ─, que só vieram para Jerusalém nessas datas, e sim com Zorobabel, os profetas: Zacarias e Ageu, conforme Ageu 2. 1-4, Zacarias 4. 6-10 e o relato em Esdras ─ Ora, os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido, profetizaram aos judeus que estavam e em Judá e Jerusalém; em nome de Deus de Israel lhes profetizaram. Então se levantaram Zorobabel, filho de Salatiel, e Jesuá, filho de Josadaque, e começaram a edificar a casa de Deus, que está em Jerusalém; e com eles estavam os profetas de Deus, que os ajudavam... Não houve nenhuma relação de Esdras e Neemias com os profetas Ageu e Zacarias, os profetizaram antes da vinda deles para Jerusalém, ao tendo havido nenhum tipo de validação dos atos deles dois por esses profetas, como também posteriormente por Jesus e seus apóstolos.   


76    
O que é evidente no livro atribuído a Esdras ─ que nos escritos originais antigos ele era parte do livro das crônicas  ─, serem os relatos a partir de Esdras 7. 27, bem distante da reedificação do templo e dos fatos a esta obra ligados; para o qual se lembre sempre que naquela época não havia a divisão em capítulos de versículos nos textos bíblicos; e numa avaliação exata dos relatos, só a partir de então Esdras (458 a. C.) e Neemias (445 a. C.) ─ que vou comentar depois de maneira objetiva  ─, passaram a ter presença nos eventos posteriores da volta do cativeiro babilônico e a reedificação do templo... A partir dos relatos de Esdras 7. 27 (agregando-o ao início do capítulo oito) se tem a evidência desses fatos terem sido relatados por Esdras e possivelmente escritos por ele. Até porque foi no seguimento que se pode ver sua atitude radical e extremamente racista  ─ embora sincera ─, no trato com a questão miscigenação, quando foi radicalmente injusto em criar as mulheres e filhos abandonados...


77
Quando me insurjo de maneira veemente contra essa atitude de Esdras, isto esta balizado em dois fatos importantíssimos: Primeiro, pelo fato de embora Esdras ter sido elogiado pelo seu “grande conhecimento da Lei”; entretanto foi evidente ele não conhecer plenamente o texto de Deuteronômio  21. 10-13 e muitos outros textos sobre alguns outros assuntos. Para tanto me permito repetir literalmente o parágrafo de número 14 deste mesmo estudo.

           
78
Você que gosta e pratica o vício bobo chamado: “trazer para os dias de hoje”, bobo sim, porque ser correto é obrigação de todos os seres humanos sem ser preciso aqueles exemplozinhos piegas de consumo alienante; mas, vá lá! É ou não assim como Esdras fez, que muitos de nós agimos no nosso racismo de hoje, quando nos julgamos senhores de todas as coisas e não precisamos da ajuda dos outros?    porquanto quem tem que aparecer somos nós. Some-se a isto a atitude hostil dele contra àqueles que casaram com mulheres gentias, embora a Lei Mosaica proibisse tal casamento (Deuteronômio 7. 3-4), entretanto, não obrigava o abandono da mulher e seus filhos (com sangue judeu), e ainda este outro texto conflita com o anterior,  do mesmo Deuteronômio 21. 10-13Quando saíres à peleja contra os teus inimigos, e o Senhor teu Deus os entregar nas tuas mãos, e o levares cativo, e se vires entre os cativos uma mulher formosa à vista e, afeiçoando-te a ela, quiseres tomá-la por mulher, então a trarás para tua casa; e ela, tendo rapado a cabeça, cortado as unhas, e despido as vestes do seu cativeiro, ficará na tua casa, e chorará a seu pai e a sua mãe um mês inteiro; depois disso estarás com ela, e serás seu marido e ela será tua mulher. Parece que Esdras    pelo seu radicalismo, ainda que sincero no amor a Deus  ─, não tinha o exato entendimento da proibição dos casamentos com gentias, que era pela possível influência religiosa dessas; que no caso dos casamentos com filhos já existentes, não teve sensibilidade para analisar aquele fato novo e diferente (nos quais casos) deveria ele procurar saber em que casamentos ditos ilegais as mulheres perverteram seus maridos; não fez assim, e de forma impensada determinou aos maridos mandar suas mulheres e filhos embora; acontecendo com isto, sério erro por parte dele, também; inclusive, ele não considerou o texto acima, no que, seria possível haver dentre os casamentos desfeitos por esta ação sua, existir algum como o caso acima, e até dentre  aqueles que se entendiam como judeus puros poderiam possivelmente existir judeus miscigenados descendentes Salomão e de judeus posteriores a ele; no longo período em que não houve a séria preocupação com esse tipo de união; e quem teria condições e coragem    naquele momento grave para o povo de Israel ─, de se insurgir contra o grande líder Esdras, concitando-o ao bom senso? 


79
         Ainda, aproveitando a repetição desse parágrafo (o anterior) sobre a necessidade de avaliar exatamente o que o texto informa, e não construir homilia em cima de pontos do mesmo. Quero mais uma vez afirmar com todas as letras que este negócio de “trazer para os dias de hoje”, quando usado nos Seminários e nas B. B. D-s., se constitui em fraude e expediente de alienação, quando enseja que o aluno nunca venha conhecer a exata origem da sua fé e, não tenha, por conseqüência a mínima condição de cumprir o que o apóstolo Pedro nos diz ser necessário fazer na nossa caminhada cristã, conforme I Pedro 3. 15... Não se pode admitir de forma alguma, como opção normal o uso de homilética (pregação) ─ “trazer para os dias de hoje” ─ o professor da E. B. D. agir como pregador  ─, porquanto, esse procedimento ou forma de assim fazer irá impedir o crente (aluno) de conhecer os fundamentos de sua fé e, em contrapartida, isto, se configura impedir o acesso ao conhecimento ou mais grave ainda, alienar para facilmente manipular. Tanto que, vemos hoje no universo humano secular; jovens (homens e mulheres) com alta formação acadêmica, quando, do outro lado (o nosso: os pretensos esclarecidos crentes); lamentavelmente, o que se vê é a maioria dos membros das igrejas (até aqueles com formação acadêmica) serem totalmente despreparados quanto ao conhecimento teológico ─ não conhecem a fé que professam: claramente ensinada por Jesus e seus apóstolos  ─, e não me venham com o sacralizar o termo teologia: Teo, Theos Θεὸς (Deus) + logia, λόγος (estudo e etc...), ou seja, estudar sobre Deus ou ainda por extensão, profundamente a Bíblia... Homilética (pregação) é para o púlpito ou praças em evangelismo. Seja sério e conhecedor da Palavra e não pregue para alunos da E. B. D., e se você não tem o dom de mestre (professor), conforme Efésios 4. 11, não prejudique com a sua pregação oca aqueles que Deus quer que sejam ensinados (preparados) para ensinar a outros... Não é gratuita nem agressiva essa minha afirmação, pelo simples fato de que, quem tem dom e conhecimento ensina e não prega quando se deve ensinar.


80
         Até pelo fato elementar de que quando alguém se preocupa em verdadeiramente ensinar; o que decorre normalmente dessa salutar atitude é justamente estudar com profundidade o assunto em questão e não tão-somente buscar frases (textos) de já desgastado uso a tornar mais receptivo ─ exatamente encher lingüiça, desculpe o coloquial ─; quando o que precisamos desesperadamente é de Estudos sérios e bem fundamentados sobre tudo aquilo que está contido na Bíblia. A necessidade disso se prova no total despreparo da maioria dos membros das diversas igrejas que estudam anos a fio em suas ditas E. B. Ds, inclusive muitos desses crentes com formação Superior secular, lamentável tudo isto!.. Sendo pior e repugnante quanto a isto a hostilidade desses e de suas lideranças contra qualquer pessoa que tenta motivá-los a estudar de maneira séria o Texto Sagrado, na direção de que faço aqui este desabafo:
     
       E CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ (João 8.32)
Possivelmente essa é a informação mais importante de todas as que o Senhor Jesus buscou nos dar em todo o seu ministério; isto, justamente pelo fato de que ─ conforme a própria informação conclui ─ é ou será conhecendo a verdade que seremos libertos... Procurando ser objetivo, lembro da preocupação de Deus, o Pai quando chamou o profeta Isaías (que aceitou o chamado), quando antes de enviá-lo o alertou dizendo que ele não seria ouvido e que resistiriam violentamente contra o verdadeiro conhecimento de suas informações. Ver Isaías 6. 8-13 sobre essa obstinação que o ser humano tem contra a verdade.


                                                         81
A importância do evento desse texto é muitíssimo séria, tanto que, o Senhor Jesus a faz constar nas suas falas nos evangelhos, quando se contrapondo aos inimigos do conhecimento por meio da Parábola do Semeador, conforme Mateus 13. 13-17 (toda a parábola de 1 a 23), Marcos 4. 1-20 (basicamente a parábola), Lucas 8. 4-15 (basicamente a parábola) e Paulo, quando da sua soltura no ano 62 após a sua absolvição no primeiro julgamento em Roma, falando aos judeus ali residentes usou esse evento de Isaías capítulo seis para contrapô-los, conforme Atos 28. 25-31.


                                                            82
Aproveito para elencar aqui nessas considerações a parte que considero mais importante do texto da Alegoria da Caverna de Sócrates em Platão que tem estreita relação com o assunto aqui tratado:           
Parte do texto da ALEGORIA DA CAVERNA de Sócrates da obra A República de Platão (conseqüência para quem saiu e voltou na intenção de ajudar quem lá ficou):
         E se fosse necessário julgar daquelas sombras em competição com os que tinham estado sempre prisioneiros, no período em que ainda estava ofuscado, antes de adaptar a vista     e o tempo de se habituar não seria pouco    acaso não causaria o riso, e não diriam dele que, por ter subido ao mundo superior, estragara a vista    e que não valeria a pena tentar a ascensão? E a quem tentasse soltá-los  e conduzi-los até cima, se pudessem agarrá-lo e matá-lo, não o matariam?    Matariam, sem dúvida    confirmou ele. ─ Meu caro Glauco (irmão de Platão), este quadro ─ continuei ─ deve agora aplicar-se a tudo quanto dissemos anteriormente, comparando o mundo visível através dos olhos à caverna da prisão, e a luz da fogueira que lá existia à força do Sol. Quando à subida ao mundo superior e à visão do que lá se encontra, se a tomares como ascensão da alma ao mundo inteligível, não iludirás a minha expectativa, já que é teu desejo conhecê-la.  O Deus sabe se ela é verdadeira. Pois, segundo entendo, no limite do cognoscível é que se avista, a custo, a idéia do Bem; e, uma vez avistada, compreende-se que é para todos nós a causa de quanto há de justo e belo; no mundo inteligível, é ela a senhora da verdade e da inteligência, e que é preciso vê-la para ser sensato na vida particular e pública. 


83
Infelizmente é verdade na vida de muitos de nós, inclusive, nos relacionamentos nas nossas igrejas o que dissera Isaías, o citado por Jesus, o dito por Paulo e o que Sócrates diz nessa sua Alegoria da Caverna ao final do primeiro parágrafo; se não tentam exatamente matar àquele que busca ensinar alguma coisa, pelo menos indevidamente lhe nutrem ódio, o desdenham e até hostilizam a esse que tem interesse de ajudar na busca de conhecimento...


                                                      84
Concordo, em parte, com a varinha desgraçada e diabólica dos amantes da ignorância, eternos moradores da caverna; que em determinado caso a usam de forma correta, nisto concordo em parte, para bater naqueles que se preocupam em conhecer mais e melhor as coisas de Deus, mas não as praticam, inclusive, usando Tiago 1. 22-23 para bater com mais violência. Nisto, não no bater com violência, concordo plenamente, que quem conhece a Palavra e não a pratica é o que Tiago diz e muitas outras coisas passíveis de serem agregadas a isto; entretanto, o que é digno de nota e exemplo a ser seguido ─ não cabendo decididamente a varinha desgraçada do Capeta desses adoradores da ignorância ─, é ser ou agir como também é dito em Tiago 1. 25; consultemos e sigamos também o que foi dito em Oseías 6.3... Aquele que conhece a Palavra e não se preocupa em praticá-la é um infeliz desgraçado; entretanto, aquele que não a conhece e nem a pratica ─ não estranhe, praticá-la é não fazer aquilo que sabemos (se de fato sabemos) ser em desacordo com os preceitos de Deus  , e ser contra estudá-la e falar mal daquele que a estuda, a este também desgraçado, somente a extrema misericórdia de Deus.    


85
         O exemplo da necessidade de estudo coerente, científico e o mais real possível de qualquer questão, está em, como que, montar um quebra-cabeça que se constitui em qualquer Idéia (sentido de uma questão concreta sobre algo) que se queira fundamentar e explicar... Ainda que, Neemias não estivesse se reportando à divisão do reino de Israel em dois reinos: o de Israel com dez tribos, exceto Judá e Benjamim ─ com o detalhe de ter a sua capital em Samaria  ─, e o reino de Judá com duas tribos, Judá e Benjamim, entretanto, de forma indireta o fez, quando se referiu a união de Salomão com mulheres estrangeiras, cujos casamentos não foram a exata causa do seu pecado    sem legitimar a poligamia dele e de outros em toda trajetória do povo judeu, que é algo repugnante e injusto contra o ser humano mulher em benefício  do homem ─, e sim, a idolatria praticada por ele, conforme I Reis 11. 9 e 11. 29-36. Do que, chamo a sua atenção para um fato importantíssimo relegado e não valorizado por Neemias e antes por Esdras; em seus indevidos preciosismos legalistas, quando o mais relevante para aquele momento grave do povo judeu era a unificação de toda uma raça, uma nação ─ ainda que, com todas as incoerências, impropriedades e desavenças acontecidas em todo seu evoluir como nação, seres humanos e povo de Deus ─; e no caso específico de Neemias (que era governador, função política), que tendo se saído bem no caso da injustiça contra os pobres (Neemias 5. 1-19). Não teve conhecimento, habilidade política, sensibilidade humana e espiritual ─ se não tinha devia ouvir ponderações de outros que não concordavam com os seus posicionamentos, lamentavelmente os considerando de forma linear como se fora inimigos. Será que dentre todos aqueles que voltaram não havia homens dignos, inteligentes e de bom senso, que deveriam ser ouvidos e de alguma forma seus conselhos serem seguidos, porque afinal de contas toda a tarefa a ser executada ─ inclui-se aqui, também Esdras e Zorobabel. Não era tão-somente reconstruir o templo e reparar os muros; mas o soerguimento de uma importante nação, e não somente o reino de Judá, e sim ─ Judá e Israel  ─, a Israel de Deus, que Ele incumbira aos anteriormente exilados em Babilônia (foram cativos por setenta anos para aprender isto, conforme Jeremias 30. 1-24) a fazê-lo de forma plena, inteligente, justa do ponto de vista humano e espiritual, senão leia todo o texto citado, do qual transcrevo os versículos 3 e 4, Jeremias 30. 3-4 ─ Pois eis que vem dias, diz o Senhor, em que farei voltar do cativeiro o meu povo Israel e Judá, diz o Senhor; e tornarei a trazê-los à terra que dei aos seus pais, e a possuirão. E estas são as palavras que disse o Senhor, acerca de Israel e Judá. Os planos de Deus pós-cativeiro babilônico não era a mesquinharia feita por Zorobabel, Esdras e Neemias ─ com frases de efeito, que os teólogos, pastores e crentes ingênuos sacralizam e divulgam indevidamente ─: A alegria do Senhor é a nossa força (de Esdras) e outra não menos boba e pretensiosa: Estou fazendo uma grande obra (de Neemias), e sim o de uma nação coesa, justa e humana, a Sua Israel, a Israel de Deus ou ainda; para contemporizar com os que gostam de trazer para os dias de hoje ─ agora de maneira correta, porquanto estou falando exatamente de nós ─, a universal assembléia e igreja dos primogênitos (os salvos) inscritos nos céus; a qual, como o trio pós-cativeiro, nós não temos sabido administrar, ensinar e fazê-la digna aqui nas suas diversas frações instituição humana; algumas (ou até muitas) das quais têm força política para objetivos inconfessáveis, entretanto, não alegram a Deus e, será que somarão na formação daquela de Hebreus 12. 23 (transcrito acima): só Deus o sabe!.. Sendo repetitivo e ao mesmo tempo didático: a “nossa força” ou a do dito sabichão Esdras: depende do estado de ânimo de Deus (estar alegre ou triste?) ou de fato é mais uma dessas construções retóricas bobas e sem sentido que aparecem aqui e ali no texto sagrado e são valorizadas e até sacralizadas pelos analfabetos funcionais ditos conhecedores e ótimos desses e daqueles textos, seja da Bíblia ou diversos outros.      


86
         Ainda, se constitui em algo extremamente inusitado o fato de haver um relato detalhado sobre um importante casamento misto entre Xerxes, também chamado Assuero com a judia Ester. Quando desesperadamente se buscou esse casamento de uma judia com um rei gentio na esperança da defesa do povo judeu, conforme aconteceu segundo os relatos do livro de Ester 8. 1-17 e capítulo 9. 1-32 ensejando, inclusive, a instituição da festa do PURIM (importante para os judeus de hoje)... Vejamos novamente a evolução dos fatos acontecidos no império Medo-persa desde o fim do cativeiro babilônico... Em 515 a.C. a reconstrução do templo foi concluída no mês de Adar (fevereiro, marco). Em 485 a.C. assumiu Xerxes chamado Assuero (o Assuero de Ester). Em 478 a.C. Ester foi escolhida como rainha por Assuero. Em 473 a.C. Mardoqueu foi promovido, e aconteceu a conspiração e enforcamento de Hamã, conforme Ester 7. 7-10. Em 465 a.C. assume Longimano ou Artaxerxes I (o Artaxerxes de quem Neemias foi copeiro), conforme Esdras 7 e Neemias 2. 1-8. Em 458 a.C. saiu o decreto de  Artaxerxes I, o Longimano a favor de Esdras e da restauração do Estado judaico    sendo essa a data do início da contagem das setenta semanas do Messias. Em 444 a.C. a reedificação dos muros foi concluída, e em 434 a.C. Neemias voltou à Pérsia... Foram tremendamente estranhas e lamentáveis todas as ações de Esdras e posteriormente também de Neemias contra os samaritanos e os casamentos mistos, que só serviu para criar ódio entre irmãos, promover injustiças e perpetuá-las até o ministério do Senhor Jesus... O que foi estranho e lamentável, hoje se constitui em absurdo e algo inaceitável: as conclusões teológicas fantasiosas que são tiradas do texto sagrado sem o mínimo cuidado e respeito à coerência e verdade, principalmente no caso desses três livros que não deviam ser levados a sério; quando se tem todo arcabouço histórico e científico de ampla pesquisa hermenêutica ─ falo aqui a sérios e bem intencionados ─ e quanto aos fraudadores: eles são coerentes, porquanto os seus objetivos são o engano e ganhar dinheiro com o Evangelho... A ordem cronológica coerente dos fatos (acontecimentos) desses três livros seria: Esdras, Ester e Neemias.


                                                                    87
                  Ainda, antes de entrar de forma objetiva em considerações sobre Neemias se faz necessário comentar a ilação despropositada de teólogos e ditos estudiosos em querer identificar e justificar as motivações racistas de Zorobabel, Esdras e Neemias, principalmente no específico caso dos samaritanos, quando se reportam para o fim do reino de Israel no reinado de Oséias, conforme II Reis 17. 24-26 (ler todo capítulo), época em que Samaria ainda era importante ─ por ser a capital do reino identificado na Bíblia como Israel e chamado de forma errada nos Seminários Teológicos de reino do Norte. Samaria nas hegemonias do 2º Império babilônico e depois na do Império Medo-persa não era mais uma metrópole de importância, justamente pelo longo espaço de tempo de quase três séculos e estar agora no período desses ditos três valorosos líderes (Zorobabel, embora também racista, mas, valoroso sim), todavia não se pode dar a Esdras e Neemias a mesma importância, reitero: por estarem a muitos anos depois desse pouco importante evento de II Reis capítulo 17. Que distava de Neemias e sua presença em Jerusalém 295 longos anos, de Esdras 282 anos da data que começou a fazer aquilo que não devia e Zorobabel 204 anos quando veio para Jerusalém para iniciar a reconstrução do templo, quando não mais aquele povo lá de dois a três séculos passados, todos já tinham morrido a bastante tempo; como no caso dos israelitas que não entraram na terra prometida, quando para os quais só bastaram  tão-somente 40 anos para impedi-los de entrar ─ argumento pueril e de pouquíssima verossimilhança para construir a falácia desse ódio racista gratuito.


          88
Zorobabel, a quem coube a liderança da reconstrução do templo foi aquele que de fato começou (plantou a semente da discórdia) a hostilidade racista contra os ditos samaritanos ─ chamados depois por Neemias: de inimigos ─, quando a inimizade fora plantada e alimentada por eles; que estudiosos de plantão identificam o justo motivo como sendo o longínquo passado evento de II Reis capítulo 17, entretanto: Zorobabel, Esdras e Neemias não alegaram nenhum motivo palpável ou não para aquela inimizade, quando em momento algum se alegou esse evento de II Reis 17, a não ser a denúncia feita por eles após terem sido rejeitados e impedidos por Zorobabel de ajudar na reconstrução...


89
Como foi visto no parágrafo setenta e oito (78) acima; fora praticamente impossível que quem estivesse na região do centro das decisões de governo do Império; pudesse não saber com detalhes tudo sobre o casamento da judia Ester com o gentio Assuero em 478 a. C.; acontecido exatamente 20 anos antes da vinda do dito bem informado escriba Esdras para Jerusalém, que se constituiu em algo muito sério em ter bem próximo um sério casamento misto, que inclusive fora defendido com todos os argumentos de ser, como que, de inspiração boa, conforme Ester 4. 14 ─ Pois, sede tudo te calares agora, de outra parte se levantarão socorro e livramento para os judeus, mas tu e a casa do teu pai perecereis; e quem sabe se não foi para tal tempo como este que chegaste ao reino? Quero ressaltar, sendo repetitivo e repetitivo: que a atitude, Tema e/ou modus operandi de Esdras e Neemias; na obstinada ação contra casamentos mistos foi algo que só pode ser creditado à inconseqüência e irresponsabilidade de obstinação de quem tem poder de mando ─ e você que está lendo este Estudo não se perca na mesma obstinação de acreditar que tudo aquilo que está na Bíblia é para ser aceito e praticado.


                                                                 90
Considere mais um pouco, inclusive, pesquise mapas das hegemonias desses quatro (4) importantes Impérios para a Teologia e Escatologia: o 2º Império babilônico, o Império Medo-persa, a Império Greco-macedônio e o Império romano, na comparação do Babilônio (do cativeiro) com o Medo-persa verse-a a perda de importância de Samaria naqueles dois a três séculos ao momento daqueles dois contumazes racistas (indevidamente valorizados hoje), quando gerou para os judeus miscigenados a alcunha de “samaritanos”; que você que tem seguido os ditos teólogos e estudiosos bíblicos ─ aqueles que lhe convenceram que a perseguição contra os judeus miscigenados no período do cativeiro babilônico tinha relação com o fim do reino de Israel (II Reis 17, no que, em uma leitura que beira a de Analfabeto Funcional ou seria Intencional, quando o assunto, Tema, o que se fez, o que se buscou, sobre o que se discutiu por todo o tempo ou seria o foco de fato: o templo e os muros, sem a massificação predatória de perseguir mulheres e crianças e ditos inimigos que eles mesmos criaram... Esquecendo ou não querendo ver que esses perseguidos por eles eram de Jerusalém (alcunhados samaritanos por serem miscigenados), ali presentes e querendo ajudar na reconstrução do templo ─ querer trabalhar só cabe como atitude ruim na cabeça de pessoas inteligência e racista inconseqüente.


91
Voltando agora à motivação de Esdras que desencadeou a perseguição contra os judeus miscigenados (denominados pejorativamente de samaritanos), suas mulheres e filhos, que eu disse e digo não ter tido relação nenhuma com II Reis 17, todavia a algo do período dos reis, parecidíssimo com o modus operandi de Esdras, só que com o inusitado e indevido foco no racismo... Após a queda do reino de Israel com este relato de II Reis 17, que é a base de justificação dos defensores dos oportunistas (estou sendo repetitivo intencionalmente) Esdras e Neemias. Esqueceram ou não tiveram a devida sensibilidade e conhecimento ─ senão leiam II Reis desde o capítulo 17 até o capítulo de número 25, o último, o final ─; para constatar: 1º como já expliquei no parágrafo de número 79 (acima) ser o tempo decorrido, um período muito longo: 2º a evolução social do período totalmente incompatível com essa conclusão deveras infantil; senão caminhemos na história: desde aquele evento até os nossos não merecedores de serem considerados líderes importantes: Esdras e Neemias.


92
A partir do capítulo 18 tem-se o registro da ascensão do importante rei Ezequias (reinou por 29 anos); depois ascendeu ao trono Manassés, seu filho, pior rei do povo judeu e governou por longo tempo (reinou por 55 anos); após ele reinou seu filho Amom (reinou por 2 anos) e foi morto por seus servos; depois dele reinou seu filho Josias, um ótimo e importante rei como Ezequias fora ─ falarei com detalhes sobre ambos mais à frente. Por fim os reinados de: Jeoacas (reinou três meses), Jeoiaquim (reinou 11 anos), Joaquim (reinou três meses), e para concluir essa trajetória de somente dois momentos bons dessa série de reinados: o último rei foi zedequias (reinou 11 anos), a partir de quem começou o cativeiro babilônico... O que quero concluir com essa trajetória que acrescida períodos de luta pelo poder durou 134 anos... Sendo o importante desse período: a reforma radical espiritual feita por Ezequias, cujo centro ou essência foi contra a idolatria ─ como todas outras anteriores registradas na Bíblia ─, quando, inclusive mandou derreter a serpente de bronze feita por Moisés, conforme II Reis 18. 4 ─ Tirou os altos, quebrou as colunas, e deitou abaixo a Asera; e despedaçou a serpente de bronze que Moisés fizera (porquanto até aqueles dias os filhos de Israel lhe queimavam incenso), e chamou-lhe Neustã. De igual modo, a ampla reforma espiritual realizada por Josias: em sua essência e tudo que se fez ─ como fora na de Ezequias ─, na condenação e eliminação da idolatria; até pelo fato bíblico elementar de que o maior pecado para Deus é o da idolatria, que se traduz ou é sintetizado no primeiro mandamento: Êxodo 20. 3 e Deut. 5. 7 ─ Não terás outros deuses diante de mim; inclusive, essa conclusão cristalina, que está presente em toda a Bíblia parece que não fazia nenhum sentido para o dito conhecedor da lei de Deus, o escriba Esdras...


93
Ainda, quando de maneira detalhada mostrei a improcedência do samaritano-ismo de Esdras e Neemias e citei a trajetória dos reinados acima é justamente para especular a possível síndrome de Hilquias (querer copiá-lo em alguma coisa) em Esdras. Se você leu o livro II Reis; no reinado de Josias no capítulo 22 foi informado das ações do escriba Hilquias. Que a partir do de fato ter encontrado o livro da Lei de Moises (de Deus); fez acontecer toda aquela reforma maravilhosa como a feita anteriormente no reinado de Ezequias, na qual ou nas quais (considerando a de Ezequias), a partir do livro da lei constatou-se a gravidade do agir idolatra de toda a população, e considere que desde o livro do Gênesis a principal transgressão que motivava ação punitiva imediata por parte de Deus: fora, foi, é e será sempre na prioritária direção do pecado de idolatria, senão leia Ezequiel 8. 1-18, também João 4. 23-24, cujo perfil do adorador não é ser dessa ou daquela raça, dito puro ou miscigenado; e neste texto nos é informado a origem daqueles que eram considerados de forma pejorativa samaritanos ─ És tu, maior que nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual ele também bebeu, e seus filhos e o seu gado?.. A mulher samaritana diz serem os samaritanos filhos de Jacó (Israel) como os judeus ditos puros.


94
Quando especulo a possibilidade da ação de Esdras centrar-se na atitude de se insurgir contra casamentos mistos, isto se prende ao fato se ter havido no reinado de Josias séria reforma religiosa a partir do livro da Lei: que foi o seu factóide de ação; porquanto de forma contraditória ele veio para Jerusalém após o casamento da judia Ester com o gentio rei Assuero; isto, para aqueles desavisados que não estudam com seriedade a Bíblia e a história diretamente ligada à ela e vendo no Canon do A. T. (este dos 39 livros) o livro de Ester estar depois do livro de Neemias. Irá entender e afirmar que o casamento misto de Ester aconteceu depois de Esdras e Neemias, entretanto, de fato, a vinda de Esdras para Jerusalém ter acontecido em 458 a. C. e a de Neemias em 445 a. C.; o casamento de Ester acontecera em 478 a. C., 20 anos antes da vinda de Esdras para Jerusalém... Também, o nebuloso de toda essa trajetória foi o fato de que tendo o fim do cativeiro babilônico acontecido em 536 a. C. e Esdras ter vindo para Jerusalém em 458 a. C.  ─ 78 longos anos após o fim do cativeiro. As ações truculentas de Esdras demonstram ser ele pessoa de no máximo 50 anos de idade (ainda com pleno vigor físico), muito claro não tratar-se de um ancião, até porque se assim fora ele seria assim identificado, que faz conclui que Esdras nasceu após o fim do cativeiro e lá estava na capital do reino persa numa condição de privilégios e conforto, muito deferente dos seus irmãos judeus que aqui ficaram e outros que nasceram depois, inclusive, fruto Ciro, Dario e depois o Artaxerxes de quem Neemias era copeiro e permitiu a ele vir de miscigenação... De igual modo: assim como para reparar os muros, e não a coisa odiosa de perseguir irmãos miscigenados. No caso específico de Esdras ─ que fora anteriormente comissionado a vir para Jerusalém em 458 a. C. pelo mesmo Artaxerxes de quem Neemias era copeiro... Sendo a trajetória desses três reis, principalmente Ciro que fora citado pelo profeta em Isaías 45. 1, Dario e Artaxerxes I (o de Neemias), em sua instrumentalidade ─ como a de Ciro e de Dario tiveram inegavelmente a ação do Espírito Santo de Deus, o que não podemos afirmar com relação e Esdras e Neemias  ─, foi a que findou o cativeiro, permitiu a reconstrução do templo, o reparo dos muros e estabeleceu a data do início da contagem das Setenta Semanas do Messias com o decreto de Artexerxes a favor de Esdras em 458 a. C...


95
Essa trajetória credencia de maneira inegável esses três reis, quando em contraposição desqualifica as ações de Esdras e Neemias, porquanto o que o Espírito Santo colocou no coração daqueles três reis: a visão de reconstrução, ordem, respeito, justiça e perdão, coisa exatamente diferente daquilo que Esdras e Neemias colocaram em prática: o perseguir de maneira implacável irmãos miscigenados, possivelmente por não terem uma agenda de ação coerente com a importância daquele momento de transição, que demandava sério equilíbrio religioso e humano daqueles irresponsáveis líderes... Reiterando, desde que o povo judeu passou a existir a exigência quanto à fidelidade de culto ao Deus único; não sendo tolerada de forma alguma a idolatria; que no reinado de Josias, o escriba Hilquias alertou o rei quanto ao pecado de idolatria do povo, quando encontrou no templo o livro da lei, conforme expliquei no parágrafo 85 acima. Esdras agora sem agenda daquilo que implantaria em Jerusalém; resolveu por em prática o factóide do desgraçado modus operandi de perseguir miscigenados, coisa essa, que não tinha precedentes na história do povo judeu... Ainda, a determinação do não casamento com mulheres gentias só teve necessidade premente pós dilúvio e nas quatro gerações depois da entrada na terra prometida (ver parte c do segundo mandamento); com a finalidade, não de racismo, mas sim, para impedir casamentos com descendentes diretos de anjos, conforme Gênesis 6. 1-7, Henoch 7. 1-7, Henoch 10. 15-17 e Deut. 7. 1-6; coisa essa que Esdras preferiu ignorar (ou não sabia) cometendo todos aqueles desmandos fora do tempo de fazê-lo: que já havia se findado... Zorobabel fora avalizado pelos profetas Ageu e Zacarias, entretanto: Esdras e Neemias não tiveram quem os avalizassem: no A. T. e no Novo Testamento, senão para eles mesmos; lamentável tudo isto.


96
Tendo ponderado desde o início do parágrafo 79 sobre a improcedente infantilidade do uso do evento da queda o reino de Israel versus samaritanos, conforme o capítulo 17 de II Reis, isto é um fato perfeitamente comprovado, senão: após ler todos os relatos subseqüentes do livro de II Reis até seu final; e em seguida ler também I Crônicas e II Crônicas; que são uma reavaliação ou uma espécie de Remake, quando nos livros das crônicas se tem sério reexame dos eventos narrados nos livros dos reis, quando se desprezou os eventos de pouca importância, como o caso do reinado de Oseías e o maximizado evento: assírios vindos para Samaria ─ que estou aqui refutando de maneira objetiva. Os dois livros das crônicas são uma linda síntese de Adão até o fim da monarquia de Judá em Matanias, que recebeu o nome de Zedequias (II Reis 24. 17). Como disse: sendo os livros das crônicas uma espécie de releitura de avaliação de tudo aquilo do qual já se informara em sua feitura, daí seu nome no grego: paraleipomena; quando tudo aquilo de pouca importância fora deixado de lado; o que merecia alguma sucinta reiteração, isto foi feito, todavia, dois momentos e duas importantes reformas religiosas foram novamente citadas de forma detalhada: a de Ezequias e a de Josias, sendo o importante quanto a isto, o fato de serem as duas contra a idolatria, como foram todas as outras reformas acontecidas com registro bíblico... Considerando Malaquias (397 a. C. - ?) que profetizou depois de todos esses desmandos é perfeitamente possível relacionar a condenação dele contra o divórcio (ação unilateral do homem em repudiar), conforme Malaquias 2. 16 ─ Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor de Israel, e aquele que cobre de violência o seu vestido; portanto cuidai de vós mesmos, diz o Senhor dos exércitos: e não sejais infiéis... Não havendo culpa para aqueles que repudiaram e expulsaram suas mulheres e filhos, porquanto agiram assim obrigados por aqueles dois duvidosos líderes. Quando de forma inusitada, sem precedentes no texto sagrado e, absolutamente sem motivo legal à época, esses dois ditos servos a serviço de Deus cometeram todos aqueles desmandos que refuto de maneira veemente pormenorizada neste Estudo.                          
                                                                                                      

COMENTÁRIO SOBRE NEEMIAS

97
O livro de Neemias começa os seus relatos a partir da sua relação de copeiro com o rei Longimano ou Artaxerxes I, aquele que decretou em 458 a. C. a autonomia política de Israel, conforme a profecia de Daniel 9. 20-27: As Setenta Semanas do Ungido. Também este livro tem característicos de ser totalmente de relatos do próprio Neemias ─ ainda que possa ter sido escrito por um escriba  ─, todavia é claro ser aquilo que ele relatou escrevendo ou autorizou algum escriba compor o relato.


98
Embora haja grande alarde quanto às ações de Esdras, só existiram muito depois da reconstrução do templo e do período do casamento gentio de Ester ─ até por que, fato é: que foi a ordem (autorização, decreto) dada a Esdras 7. 8 (sete anos depois da posse de Artaxerxes I), ordem essa que marcou o início das Setenta Semanas do Ungido (Daniel 9. 20-27, o Messias), e treze anos depois Neemias foi comissionado ─ vinte anos depois da posse de Artaxerxes (445 a. C.)  ─, para a reparação dos muros na condição de governador, como fora Zorobabel anteriormente na reedificação do templo, que fora contemporâneo de Ageu e Zacarias, inclusive validando o seu ministério em suas partes mais importantes.


99
Também é evidente nos relatos dos livros de Esdras e Neemias uma espécie de disputa pela oportunidade de mostrarem-se como importantes, que acabou se acomodando entre a parte religiosa com Esdras e a administrativa e cível com Neemias... Dos dois livros e seus relatos históricos há mais que lamentar do que propriamente coisas relevantes do ponto de vista de efetiva justiça cristã... Ressalvando o decreto de Ciro em 536 a.C. ─ data que marca o fim do cativeiro babilônico (II Crônicas 36. 22-23 e Esdras 1. 1-3)  ─ que também, por analogia de elementar aritmética, marca o início do cativeiro → 536 + 70 = 606 a. C. (reiterando), que para mim tremendamente lamentável que ditos Teólogos e autores de Revistas para E. B. D. encontrem dificuldade em estabelecer a data do cativeiro babilônico, quando, pelo menos, com toda certeza poderiam dizer que terminou no decreto de Ciro, conseqüentemente começou setenta anos antes. Posteriormente (78 anos depois) outro decreto, o do então rei Longimano, também chamado Artaxerxes I, que assumiu o governo em 465 a. C.; decretou em 438 a. C. a favor de Esdras: o início da restauração do Estado judaico (Esdras 7. 11-14)    sendo essa a data do início da contagem das Setenta Semanas do Messias, conforme Daniel 9. 20-27. Que os teólogos e Seminários não identificam esse fato cristocêntrico importante e em contrapartida trabalham uma serie de coisas sem nenhum valor teológico e lamentáveis narrados nesses dois livros. Nem mesmo as suas ações teológicas (religiosas) tiveram efeito positivo junto ao povo, porquanto teve basicamente enfoque no racismo e não no grande pecado sistematicamente reclamado por Deus na voz dos profetas: Isaías 58. 1-14, Jeremias 3. 1-18, outros profetas e principalmente Ageu (520 a. C ─ ?)  e Zacarias (519 a. C. ─ 487 a. C.)  7. 1-12, que profetizavam antes de Esdras e Neemias fazerem o que fizeram    (...) Assim falou o Senhor dos exércitos: Escutai juízo verdadeiro, mostrai bondade e compaixão cada um para com o seu irmão; e não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre; e nenhum de vós intente no seu coração o mal contra seu irmão. Eles, porém, não quiseram escutar, e me deram o ombro rebelde, e taparam os ouvidos, para não ouvirem. Sim fizeram duro como diamante o seu coração, para não ouvirem a lei, nem as palavras que o Senhor dos exércitos enviara pelo seu Espírito mediante os profetas antigos; por isto veio a grande ira do Senhor dos exércitos. Quando além da idolatria (o maior pecado que se pode cometer) também a opressão e injustiça para com os menos favorecidos, que a despeito de toda atividade religiosa intensa promovida, os de melhor condição econômica ─ que foram os exilados que voltaram  ─, esses foram os que espoliaram os pobres e samaritanos... Não aprenderam nada com a lengalenga racista de Esdras, com frases de efeito: como a consagrada em cântico, conforme a fala de Esdras em Neemias 8. 10c ─ (...) Portanto não vos entristeçais, pois a alegria do Senhor é a nossa força... Frase retórica sem nenhum sentido e valor espiritual, que nos ensinaram a repetir e enaltecer. Alegria do Senhor quanto a que se estava fazendo naquela época? Claro que não! Interpretação bíblica é coisa muito seria; tenha todo cuidado e estude calmamente ao três livros: Esdras, Ester e Neemias, juntamente com o profeta Zacarias, que é amplamente cristocêntrico, conforme alguns textos citados no parágrafo de número cinco, e tenha maior cuidado ainda, com o sistematicamente fraudado livro de Malaquias, para tanto leia o Blog: O DÍZIMO, A BÍBLIA E A ERA DA GRAÇA, endereço    www.odizimoabibliaegraca.blospot.com  .


100
     As ações de Neemias foram basicamente na parte administrativa, política e cível (exatamente da sua função), e quanto à sua condição de governador, isto aparece em Neemias 6. 14 e 10. 1, diferente do que aconteceu nas tão-somente ações racistas de Zorobabel e racistas e injustas de Esdras ─ que foram seguidas por Neemias, e sobre isto vou comentar ao final. Houve por parte de Neemias algo muito importante e que possivelmente alegrou o Senhor    não, quando as mulheres e seus filhos foram mandados embora e o espancar crianças, como ele diz ter feito  ─; e sim quando ele atendeu ao clamor do povo contra as injustiças praticadas justamente por aqueles ditos consagrados servos de Deus, que não tinham nenhum motivo para assim agir, conforme Neemias 5. 1-19. Quando Neemias acertadamente, como que, levando em conta o dito pelo profeta Zacarias agiu de maneira justa e plenamente espiritual, conforme todo o capítulo cinco do livro de Neemias.
 

101
         Sinceramente estou lutando contra o desejo de continuar essa trajetória histórica e teológica até o início do ministério de Jesus, todavia, não vou fazê-lo, até porque tudo isto estará no livro que pretendo editar: O QUE É PRECISO SABER PARA COMEÇAR ENTENDER ESCATOLOGIA, que objetivamente sobre este livro; no Blog endereço ─  www.igrejamilmembros.blogspot.com  transcrevi pequena parte do livro (oito fragmentos) em apreço e o seu Sumário, que mostra tudo aquilo que será estudado no livro.


102
     Sendo coerente, e também preocupado que não tenha se perdido o objetivo principal desse Estudo, que é não o desmoralizar as lideranças de Zorobabel, Esdras e Neemias e sim chamar a atenção para o estudo sério do texto sagrado; principalmente o do Antigo Testamento, no qual ou sobre o qual busquei levantar este alerta. Disto resulta a lamentável constatação de que a maioria das ditas revistas da E. B. D. (aqui se fala das igrejas sérias) não têm contemplado em seus conteúdos uma interpretação correta daquilo que realmente os escritos do Antigo Testamento significaram e hoje o que deve ou não passar para a Igreja de Cristo e não o que facilita a administração teológica de alienação e a coleta regular de dízimos... Quanto àqueles que fraudam a interpretação bíblica para ganhar dinheiro ─ esses não têm Escola Dominical de fato e sim diversas reuniões por dia e dia-a-dia na qual promovem campanhas arrecadação parcelada a título de bênçãos que eles têm o direito de exigir de Deus se você pagar para recebê-las. Ainda, Igreja ─ do grego ’Εκκλησία (sentido stricto sensu), é objetivamente no sentido espiritual pleno assembléia (conjunto de servos de Cristo, grupo de pessoas)  ─, não podendo nesse pormenor, ser considerado no sentido lato senso como uma loja, um galpão ou algum prédio que se constrói; lá se coloca um dito iluminado de super poderes e mais alguns (as) outros (as) como porteiros e recepcionistas para atender demandas de pretensas curas, atendimento psicológico, psiquiátrico e de busca de benesses financeiras; sendo esse procedimento de ilegal disfarçado exercício de profissões, também uma espécie de comercio da fé (local de pagamento e recebimento das coisas pedidas a Deus?) e não Igreja, que é um grupo de fiéis que se reúne em um determinado lugar. Considerando tudo isto, vou transcrever literalmente todos os textos usados no decorrer do estudo, que segue:
   

103
Deuteronômio 21. 10-13    Quando saíres à peleja contra os teus inimigos, e o Senhor teu Deus os entregar nas tuas mãos, e o levares cativo, e se vires entre os cativos uma mulher formosa à vista e, afeiçoando-te a ela, quiseres tomá-la por mulher, então a trarás para tua casa; e ela, tendo rapado a cabeça, cortado as unhas, e despido as vestes do seu cativeiro, ficará na tua casa, e chorará a seu pai e a sua mãe um mês inteiro; depois disso estarás com ela, e serás seu marido e ela será tua mulher... Agora o pecado sistematicamente reclamado por Deus na voz dos profetas: Isaías 58. 1-14     (...) Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente, e se abrires a tua alma ao faminto, e fartares o aflito; então a tua luz nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. O Senhor te guiará continuamente, até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; serás com o um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca falham. Também Jeremias 7. 1-34    (...) Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor. Templo do Senhor, Templo do Senhor são estes. Mas, se deveras emendardes os vossos caminhos e as vossas obras; se deveras executardes a justiça entre um homem e o seu próximo; se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, sem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal, então eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais desde os tempos antigos e para sempre. (...).  E já concluindo, o texto de Ester 2.16-18  Ester foi levada ao rei Assuero, ao palácio real, no décimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado. E o rei amou a Ester mais que todas as mulheres, e ela alcançou graça e favor diante dele mais que todas as virgens; de sorte que lhe pós sobre a cabeça a coroa  real, e a fez rainha em lugar de Vasti. Então o rei deu um grande banquete a todos os seus príncipes e aos seus servos; era um banquete em honra de Ester; e concedeu alívio às províncias, e fez presentes com régia liberdade. Fato este acontecido no ano 485 a. C. ─ na mesma região, no mesmo Império e um pouco antes da investidura de Esdras (438 a. C.)  ─, parecendo ter havido alienação total por parte de Esdras e Neemias em não estarem informados desse casamento de uma judia com um rei gentio; que torna tremendamente frágil toda ação dita moralizante quanto aos casamentos mistos, contra os quais se insurgiram de maneira irracional obstinada... Isto ressaltado aqui é para chamar a sua atenção quanto à seriedade e necessidade de todo o cuidado no trato com interpretação do texto bíblico e sua real historicidade.


104
Por fim o texto de Zacarias (519 a. C. ─ 487 a. C., período em que profetizou)  7. 1-12    (...) Assim falou o Senhor dos exércitos: Escutai juízo verdadeiro, mostrai bondade e compaixão cada um para com o seu irmão; e não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre; e nenhum de vós intente no seu coração o mal contra seu irmão. Eles, porém, não quiseram escutar, e me deram o ombro rebelde, e taparam os ouvidos, para não ouvirem. Sim fizeram duro como diamante o seu coração, para não ouvirem a lei, nem as palavras que o Senhor dos exércitos enviara pelo seu Espírito mediante os profetas antigos; por isto veio a grande ira do Senhor dos exércitos... Como comentei no parágrafo de número 47 (acima). Considerando o dito pelo profeta Zacarias no texto acima, que é do período que estamos estudando: Esdras, Ester, Neemias, Ageu e Zacarias. Entendo que houve por parte de Neemias, nesse específico assunto, total e perfeito entendimento quanto a essa questão, e ação prontamente rápida e coerente no corrigir o sério problema, que é a tônica de toda demanda de Deus por meio dos profetas no decorrer da história do povo de Israel... Certamente Deus se alegrou com isto que Neemias fez... Ainda, nos relatos proféticos de Zacarias aconteceu outro de suma importância teológica, que foi a identificação plena do Espírito Santo e a característica principal do seu ministério, conforme Zacarias 4. 2-14    e me perguntou: Que vês? Respondi: Olho, e eis um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite em cima, com sete lâmpadas que estão em cima dele; (...). Ele me respondeu, dizendo: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos (...). Ainda me veio a palavra do Senhor, dizendo: As mãos de Zorobabel têm lançado os alicerces desta casa; também as suas mãos a acabarão; e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a vós. Ora, quem despreza o dia das coisas pequenas? Pois estes se alegrarão, vendo o prumo na mão de Zorobabel. São estes os sete olhos do Senhor, que discorrem por toda a terra... Ou seja, essa parte transcrita mostra a evolução cristocêntrica da ação (ministério) do Espírito Santo naquela época e futura, na era da graça com o início e fim do ministério terreno do Senhor Jesus... O Espírito Santo que convence do pecado e da justiça, conforme João 14. 15-27; que capacita por meio dos dons espirituais e plenamente identificados como os olhos Deus e associado à pessoa do Senhor Jesus, conforme Apocalipse 5. 5-6, que tudo vê, em suma, a sua onipresença e onisciência, somada à também onipotência... Considere o fato importante que os profetas Ageu e Zacarias viveram antes das ações de Esdras e Neemias, que nos seus períodos mandaram e desmandaram sem contestação direta de autoridade profética.    
       
       
105
         O texto acima em toda a sua integridade corresponde a treze (13) versículos, dos quais não transcrevi os de número: 3, 4, 5, 7, 11, 12, 13 e 14; os quais tiveram (por ação do Espírito Santo), o objetivo de complementação das informações escatológicas que seriam usadas no Apocalipse 11. 3-12; sendo as profecias de Zacarias de enfoques objetivos  ─ como no caso do primeiro texto transcrito, Zacarias 7. 1-12, sobre a desumanidade contra os pobres. Os versículos transcritos: 2, 6, 8, 9 metaforizam (usados como alegoria) o grave momento de transição pelo qual os judeus estavam passando como povo e nação, cujas expectativas de Deus para a ação das lideranças: Zorobabel, Esdras e Neemias eram completamente diferentes, conforme a carta que receberam de Jeremias quando estavam (os exilados no geral) no cativeiro babilônico: que fora didático no sentido de quebrar o orgulho exacerbado deles, fazê-los refletir sobre vários pecados, principalmente o da idolatria e da injustiça social, conforme Isaías 58. 1-14, Jeremias 7. 1-34 e o texto de Zacarias 7. 1-12 ─ já neste período pós-libertação (os três transcritos acima de forma resumida), e quanto à carta de Jeremias aos exilados, quando estavam no cativeiro, leia Jeremias 29. 1-32 e não seja ingênuo e fraudador do texto sagrado em separar de toda a carta, num sentido piegas e de consumo mui conveniente, os versículos 11, 12, 13 e 14, porquanto carta é todo o conteúdo do que foi escrito nos seus textos e contextos. Que no seu total tinha o objetivo do Pai celestial ensinar por meios graves o seu povo a ser espiritual e humanamente justo.


106
Entretanto, lamentavelmente os principais líderes que do exílio vieram e assumiram na reconstrução do templo e na restauração do estado judaico, praticamente demonstraram não terem aprendido as lições, as quais Deus buscou lhes dar no cativeiro babilônico. Isto ficou patente logo de início quando os samaritanos se apresentaram para ajudar na reconstrução e foram preteridos por Zorobabel, que os tratou como inimigos (Dolo malus), conforme Esdras 4. 1-3, do qual episódio resultou a conseqüente inimizade, a partir de então, também dos samaritanos para com os judeus antes inimigos gratuitos dos samaritanos, coisa essa seguida a risca posteriormente por Esdras e Neemias, que agravaram na perseguição aos seus irmãos que casaram com mulheres gentias. Que chegou ao requinte de descrever no final do seu livro a sua maneira insana, injusta e desumana, conforme Neemias 13. 23-25  Vi naqueles dias judeus que tinham com mulheres asdoditas, amonitas, moabitas; e seus filhos falavam meio asdodita, e não podiam falar judaico (hebraico, já perdendo sua força para o aramaico), senão a língua do seu povo. Contendi com eles, e os amaldiçoei; espanquei alguns deles e, arrancando-lhes os cabelos os fiz jurar por Deus, e lhes disse: Não dareis vossas filhas e vossos filhos, e não tomareis suas filhas para vossos filhos, nem para vós mesmos. Disto aqui se pode concluir o porquê do ódio de Neemias contra Sambalate demonstrado desde o início do seu relato, quando da sua ida para a Judéia, conforme Neemias 1. 10, porquanto Sambalate era sogro de um dos filhos do filho de Joiada, filho do sumo sacerdote Eliasibe... Gratuita ação discriminatória dolosa por parte dele, com toda certeza!.. Tanto que, o relato inicial do livro de Neemias mostra uma evidente dramatização malandra dele para sensibilizar o rei Artaxerxes, até com evidente carga de ciúme, porquanto, 13 anos antes de comissioná-lo, o rei Artaxerxes comissionara a Esdras para uma missão importantíssima, conforme o seu próprio relato: a informação que recebera de Hanãni e outros vindos de Jerusalém com ele; fora a da fenda nos muros e as portas queimadas (cap. 1. 3) ─ justamente aquilo que foi posteriormente restaurado sob a sua liderança e chefia (ler todo o capítulo três). No entanto, quando do posterior relato e súplica feita ao rei Artaxerxes, ele acrescenta a destruição de sepulturas dos antepassados para quebrantar o rei ao seu favor; porquanto o seu objetivo era reparar os muros e as portas queimadas, coisa que inicialmente avaliou e depois diligentemente comandou, atribuindo-lhe o valor de grande coisa; em frase de efeito muito valorizada pelos ingênuos teólogos e crentes que valorizam coisas sem importância no texto sagrado, conforme Neemias 6. 3a ─ E enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer. (...)... Quando a de fato grande e importante obra fora a feita na liderança de Zorobabel: a reconstrução do templo concluída em 515 a. C.; sendo a presença de Esdras (458 a.C.) e ele, Neemias (445 a. C.); muito depois do ano 515 a. C. (91 longos anos após); quando o mais importante de tudo isto era aquilo que não fora feito por nenhum deles: o profetizado em Jeremias 30. 3-4, conforme o parágrafo de número 44.   
                    

107
         Ao falar sistematicamente sobre os samaritanos; se faz necessário identificar plenamente quem são eles e o porquê de tanto ódio e discriminação unânime contra esses seres humanos (Dolo malus)... Nabucodonosor quando dominou o reino de Judá; levou para Babilônia (numa linguagem de hoje) os ricos e os da classe-média II Reis 24. 14, deixando na Judéia somente os pobres, que se miscigenaram com outros povos... No momento em que findou o cativeiro e se deu a volta dos puros maravilhosos servos de Deus, não viram naqueles descendentes dos irmãos pobres que ficaram: amigos e parceiros para a reconstrução, não somente do templo, mas o soerguimento de uma nação justa e fraterna, entretanto eles optaram por criar um ninho de serpentes na cidade santa; e foi isto que fizeram com toda pompa dita religiosa, que a nossa incapacidade de fazer uma leitura que não seja de “analfabeto funcional” tem permitido o entendimento teológico vigente. Senão estude e pesquise a história pós Império Medo-persa até a destruição de Jerusalém no ano 70, que estudando todo o século que findou no ano 70, em cujos bastidores você entenderá exatamente o ninho de serpentes que se tornou a Judéia, daí, o Senhor Jesus ter chorado por Jerusalém, conforme Lucas 19. 41-44. Isto porque, no ano 66 enquanto as 5ª, 10ª e 15ª legiões do exercito romano já combatiam os judeus liderados por Josefo na região da Galiléia, numa evidente insanidade do que chamei de ninho de serpentes; dentro dos muros de Jerusalém, irmãos se digladiavam numa guerra civil insana de três facções: Idumeus ou Edomitas (descendente de Saul), liderados por Simão, filho de Catlas, Zelotes (guerrilheiros com motivação religiosa), liderados por Eleazar, filho de Simão e Sicários (espécie guerrilheiros), liderados por Simão bar Guioras: cujos atos levaram a concluir na época: Que os romanos não fizeram nada pior do que os judeus fizeram a si mesmos. Dos quais, dois deles: João de Giscala e Simão bar Gioras foram levados para Roma junto com mais setecentos prisioneiros; quando (posteriormente) nos festejos de comemoração da vitória sobre a Judéia; no ritual de execução do chefe inimigo; Simão bar Gioras foi o escolhido para ser decapitado, e João de Giscala foi condenado à prisão perpetua, por ser suplicante. Não só essas facções, também várias outras ─ que não quero me estender no comentário sobre a guerra da Judéia, que nas ricas informações de Flávio Josefo se fará entender muito do que lá acontecera ─, que demandaria avaliações antropológicas, sociológicas, militares, políticas, filosóficas e religiosas, as quais teriam que ter um tom menos didático e mais elaborado, cujos problemas tornavam mais e mais a Judéia, não somente um ninho de serpentes, mas também perfeito barriu de pólvora, que explodiu pela ação enérgica do exercito romano em não permitir que um povo que então fazia parte do seu domínio, se insubordinasse... No plano de Deus ─ voltando ao período Medo-persa ─, aquelas lideranças (Zorobabel, Esdras e Neemias) poderiam ter atenuado o problema antropológico a níveis aceitáveis, poderiam integrar socialmente as divergências sociológicas, e poderiam perfeitamente administrar problemas militares, políticos, filosóficos e religiosos, senão fizeram, os seus descendentes e o povo em geral pagaram por isto... Quanto a minha veemência em dizer que a Judéia se tornara uma espécie de ninho de serpentes procure lembrar que Jesus assim denominou diversas lideranças judaicas durante o seu ministério, quando as chamou de: serpentes e raça de víboras, conforme Mateus 12. 34, 23. 33 e Lucas 3. 7... Tanto que, posteriormente, após toda desgraça acontecida como o seu povo, o povo judeu; Josefo disse, conforme Apud: Mireilli Hadas-Lebel, na sua obra Flávio Josefo o Judeu de Roma  ─ “Se há algo a censurar em minhas palavras; toda vez que culpo os tiranos e seu bando de facínoras (as lideranças judaicas citadas acima), ou quando me lamento sobre a minha pátria, queiram, por favor, infringindo a regra do gênero histórico, perdoe-me, isto se deve à minha tristeza. Pois, de todas as cidades que caíram em poder dos romanos, ocorre que a nossa, depois de ter alcançado o mais elevado grau de felicidade, caiu na desgraça mais extrema. De qualquer modo, de todas as nações desde a origem dos tempos, presumo que a dos judeus é a que detém o recorde de desgraças, e como isso não é culpa de nenhum estrangeiro, não pude conter minhas lamentações. Se meu juiz foi severo demais para enternecer-se, que coloque os fatos na conta da História e as lamentações na do escritor”.
                                      

108
         Para que você entenda e estude com carinho o que tenho detalhado com toda sinceridade neste estudo caminhe um pouco mais comigo no livro de Neemias... Primeiro buscando lembrar alguns textos do Deuteronômio e um de Levítico. Como foi visto parece que os textos preferidos de Zorobabel, Esdras e Neemias eram: Deuteronômio 7.34 e 23. 1-4 textos discriminatórios e uma época muito distante (15 séculos a. C.), quando depois do cativeiro babilônico o que o Senhor nosso Deus esperava que aquelas lideranças e o povo em geral se importassem com outros textos, tais como, Deuteronômio 21. 10-13, texto já transcrito, que confronta o que está contido no capítulo 7.34; de igual modo o texto de Deuteronômio 23. 1-4 confronta-se de maneira contundente com Levítico 19. 13, 15, 17 e 18 ─ Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás: a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã. (...). Não farás injustiça no juízo, não farás acepção da pessoa do pobre, nem honrarás o poderoso; mas com justiça julgarás o teu próximo. (...). Não odiarás teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e não levarás sobre ti pecado por causa dele. Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor. Realmente o dito conhecimento da lei de Deus por parte daqueles líderes pós-cativeiro babilônico era bem frágil, não correspondendo à verdade o dito em Esdras 7. 6, inclusive, ignorando também um importante profeta que lhes foi contemporâneo (Zacarias 519-487 a. C., período profético), no que escreveu nesta mesma direção, conforme Zacarias 7. 8-11 ─ E a palavra do Senhor dos exércitos veio a Zacarias dizendo: Assim falou o Senhor dos exércitos: Executai juízos verdadeiros, mostrai bondade e compaixão cada um para com seu irmão; e não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, e nenhum de vós intente no seu coração o mal contra o seu irmão. Eles, porém não quiseram escutar, e me deram o ombro rebelde, e taparam os ouvidos, para que não ouvissem...
          

109
         Ainda com calma e carinho, analise o texto de Deuteronômio 23. 1-4 ─ Aquele a quem forem trilhados os testículos, ou for cortado o membro viril, não entrará na assembléia do Senhor. Nenhum bastardo entrará na assembléia do Senhor; nem ainda a sua décima geração entrará na assembléia do Senhor. Nenhum amonita nem moabita entrará na assembléia do Senhor; nem ainda a sua décima geração entrará jamais na assembléia do Senhor; porquanto não saíram com pão e água a receber-vos no caminho, nem ainda a sua décima geração entrará jamais na assembléia do Senhor; porquanto não saíram com pão e água a receber-nos no caminho, quando saíeis do Egito, e porquanto alugaram contra tia Balaão, filho de Beor, de Petor, da Mesopotâmia, para te amaldiçoar. Agora compare esse texto, que foi usado por Neemias e observe como ele o usou    se por má fé ou ingenuidade, não sabemos ─, não levando em conta, justamente o que tornava essa proibição nula naquela época. Veja o seu texto, conforme Neemias 13. 1-3 ─ Naquele dia leu-se no livro de Moisés, na presença do povo, e achou-se escrito nele que os amonitas e os moabitas não entrassem jamais na assembléia de Deus; porquanto não tinham saído ao encontro dos filhos de Israel com pão e água, mas contra eles assalariaram Balaão para os amaldiçoar; contudo o nosso Deus converteu a maldição em bênção. Ouvindo eles essa lei, apartaram de Israel toda a multidão mista... Observe que o parâmetro décima geração ─ o sublinhado no texto anterior  ─, foi por ele modificado para não entrar jamais. E quanto ao tamanho de uma geração vejamos o que nos diz sobre isto o evangelista em Mateus 1. 17    De sorte que todas as gerações desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e de Davi até a deportação para Babilônia, catorze gerações, e desde a deportação para Babilônia até o Cristo, catorze gerações... Sem ser preciso considerar o período de Moisés até Davi, Mateus nos diz acima que muito mais de dez (10) gerações já tinham se passado da proibição de Deuteronômio 23. 1-4, conseqüentemente naquela época a dita proibição separatista era nula... Ainda considere o que é informado (durante o cativeiro babilônico) em Ezequiel 18. 20    A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará o iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele, e a iniqüidade do ímpio cairá sobre ele... Leia todo o capítulo, e você verá a seriedade dessa punição (abolida por Deus em Ezequiel capítulo 18) semi-hereditária ─ que, inclusive, aparece no segundo mandamento na sua parte “c”, as quais gerou o provérbio jocoso do povo de Israel, conforme Jeremias 31. 29 e Ezequiel 18. 2 ─ Que quereis vós dizer, citando a terra de Israel este provérbio: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram?.. Zombaria do povo, quanto ao filho pagar pelo pecado dos pais.         


110
Se você não conseguiu me entender e/ou até esteja achando que eu seja incrédulo e contestador contumaz da Bíblia. Pare, pense, ore e estude o texto sagrado com a devida atenção, porquanto, com relação a minha pessoa; se você observar com calma e carinho verá que tenho dedicado grande parte do meu tempo e de minha vida para estudar sobre várias questões para poder compartilhar com seres humanos como eu sobre o que tenho absorvido com esses estudos, e nesta troca também aprender com você e outros... Se, se pode aconselhar, ou melhor, sugerir que sigamos conselhos de pessoas eminentes, considere: o que diz Sócrates, na obra A República de Platão quanto ao sairmos da caverna (da ignorância). Pois, segundo entendo, no limite do cognoscível é que se avista, a custo, a idéia do Bem; e, uma vez avistada, compreende-se que é para todos nós a causa de quanto há de justo e belo; no mundo inteligível, é ela a senhora da verdade e da inteligência, e que é preciso vê-la para ser sensato na vida particular e pública. O que disse Paulo (Atos 17. 10-12) sobre os judeus de Beréia quanto ao investigar com calma a verdade sobre Jesus no Antigo Testamento, e de igual modo, o que disse Nicolau Maquiavel na sua obra O Príncipe(...), pois o vulgo (povo, plebe, populares) atenta sempre para as aparências e nos resultados; o mundo se compõe só de pessoas do vulgo “e de umas poucas que, não sendo vulgares”, ficam sem oportunidade quando a multidão se reúne em torno do soberano (os pseudo-s formadores de opinião); e tome a decisão de não ser ou não estar entre aqueles da crítica do nosso grande compositor e cantor Zé Ramalho, na sua canção Vida de gado, que no refrão diz: Eh, ô ô, vida de gado / Povo marcado (alienado) e, Povo feliz /... Também, não estenda decididamente, ser eu anti-semita, como a maioria dos cristãos o é de forma inconseqüente, principalmente os evangélicos, cuja maioria quer para si tudo o que está prometido aos judeus, e mesmo assim os hostiliza de forma verbal ─ por falta de conhecimento ─; porquanto Israel foi e é a nação sacerdotal, e não sejamos neófitos: Jesus, seus apóstolos e os primeiros cristãos eram todos judeus, e quanto aos fariseus que você tem aprendido a odiar; entenda primeiro que em toda corporação há bons e maus, mentirosos e verdadeiros, isto é o mundo do qual, todos nós seres humanos somos parte integrante.
   

111
Aproveitarei essa referência para resgatar o valor dos fariseus, que foram censurados por Jesus, não pelas suas desinformações da lei, e sim, pela interpretação errônea e também pela hipocrisia de muitos deles ou porque embora sendo repreensíveis, eram os melhores dos piores. Sendo que isso me faz lembrar a escolha ou opção de Deus pelo povo descendência de Abraão, cujo perfil foi mais ou menos esse dos fariseus, conforme Deuteronômio 7. 6-8, até porque eles eram israelenses (também posteriores descendente de Jacó) ou exatamente descendentes de Abraão e seres humanos como cada um de nós; entretanto o texto sagrado reserva lugar de destaque para alguns deles como Nicodemos 3. 1-2 e Gamaliel, Atos 5. 34-39 e Paulo, conforme Atos 22. 3  Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade (Jerusalém), instruído aos pés de Gamaliel, conforme a precisão da lei de nossos pais, sendo zeloso para com Deus, assim como sois todos vós no dia de hoje. É esse aluno exemplar que fala com respeito do seu antigo mestre neste texto, o grande servo do Senhor Jesus; o nosso irmão judeu da tribo de Benjamim Saulo de Tarso, que veio a ser o nosso fariseu Paulo, que pelos seus conhecimentos lhe foi possível ser o grande apóstolo aos gentios, Filipenses 3. 5  circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei fui fariseu; e Atos 9. 15-16  Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, e os reis, e o povo de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe cumpre padecer pelo meu nome.


112
             Os separatistas, os fariseus, como os saduceus, descendentes de Zadoque (Ezequiel 40. 46), eram os dois principais partidos políticos, que emergiram alguns anos após a vitória dos macabeus 165 a.C. Nos tempos de Jesus, eles já eram de fato um grupo religioso, não mais exatamente político e diferente dos saduceus que não tinham compromisso com a lei e os profetas, e inclusive não criam em anjos e ressurreição, embora fossem de descendência sacerdotal, Atos 23. 6-9  Sabendo Paulo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, clamou no sinédrio: Varões irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus; e por causa da esperança de ressurreição dos mortos é que estou sendo julgado. Ora, dizendo ele isto, surgiu dissensão entre fariseus e saduceus; e a multidão se dividiu. Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito, mas os fariseus reconhecem uma e a outra coisa. Daí procedeu grande clamor; e levantando-se alguns escribas da parte dos fariseus, altercavam, dizendo: Não achamos nenhum mal neste homem; e, se quem sabe se lhe falou algum espírito ou anjo?


    113                
         Igualmente havia dois outros grupos (como comentei no parágrafo de número 54): Os zelotes, chamados zeladores, que era uma facção política nacionalista semelhante aos nossos guerrilheiros de hoje; e os sicários, provavelmente, os primeiros foram oriundos de Sicar, daí o nome, que eram assassinos salteadores com motivação nacionalista, identificados de forma objetiva pela adaga (espécie de punhal) que usavam para assassinar desafetos políticos e inimigos no meio da multidão.


114
         Os fariseus eram extremamente zelosos com relação à lei de Deus, entretanto, pela hipocrisia de vários deles e a interpretação errônea dos textos sagrados, Jesus os criticava de maneira conseqüente, entretanto, quando da necessidade de alguém com idoneidade moral, profundo conhecimento da Lei de Deus e reconhecimento de suas habilidades pelos seus pares (a corporação farisaica), Deus o Pai e o Senhor Jesus recorreram a um fariseu, Saulo da cidade de Tarso da tribo de Benjamim, fariseu por convicção e prática…


115
Quando me refiro aos escribas ─ que eram aqueles que de fato conheciam as leis, pois sistematicamente as copiavam, inclusive eram os que assessoravam os sacerdotes quando dos seus questionamentos a Jesus ─, saduceus, e principalmente aos fariseus; quanto à repreensão do Senhor Jesus a eles, Mateus 22. 41-45  Ora, enquanto os fariseus estavam reunidos interrogou-os Jesus, dizendo: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Responderam-lhe: De Davi. Replicou-lhe ele: Como é então que Davi, no Espírito, lhe chama Senhor, dizendo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés. Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele seu filho?


116
         Esse questionamento objetivo de Jesus aos fariseus aconteceu porque de alguma forma eles representavam as informações divinas; no que, essa declaração na boca dessas pessoas configurava heresia, pois eles a trabalhavam; não no sentido alegórico, como está nos escritos dos profetas e sim literalmente visando negar a divindade do Senhor Jesus… Notem, que na contraposição do Senhor Jesus; ele anula a controvérsia e enuncia a sua condição de Senhor, Filho de Deus e que se assenta à direita do Pai.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

117
Este Estudo teve como objetivo como desde o início informei; o de resgatar o que de fato é importante no texto bíblico; principalmente no Antigo Testamento, no qual, basicamente tem somente a ver com o povo judeu, excetuando aquilo que é cristocêntrico, no que, é importante que teólogos, autores de livros e de lições de revistas da E. B. D. ─ cuja responsabilidade é muitíssimo maior do que se têm avaliado ─, pastores e membros das diversas igrejas, que tendo o texto bíblico nas mãos e inúmeras fontes de pesquisa, como livros e  Blogs, como os meus, por exemplo. Subestime toda conclusão, quando você observar falta de compromisso daquele que lhe está explicando aquilo que defende; como, o exemplo negativo, quando o articulista de algum trabalho enumera diversas conclusões de diversos Medalhões da teologia, e ele mesmo não assume interpretar o texto em apreço. Quando digo isto aqui, entenda que esta observação deve ser universalizada ─ aplicada à interpretação de qualquer texto, inclusive, literatura, como tenho feito em vários Blogs. De igual modo, considere que a observação acima cabe exatamente a este Estudo, principalmente contra a leitura totalmente errada que se tem feito dos livros de Esdras e Neemias, como procurei demonstrar... Não sou pretensioso nem irresponsável, entretanto lhe peço ─ e isto vale também para mim  ─, que tenhamos toda aplicação e seriedade com aquilo que lemos e interpretamos. No que, estude mais e melhor tudo relacionado com a Bíblia... Estou sendo repetitivo e também incisivo, porquanto pessoas de denominações ditas estudiosas usam o texto de II Timóteo 3.16 e o de II Pedro 1. 20-21, procurando legitimar ─ sem pleno conhecimento do que defendem ─, o Canon judaico de trinta e nove (39) livros defendendo-os liminarmente com extrema veemência como sendo todos eles inspirados por Deus, usando os dois textos acima enfatizando o substantivo toda, não sabendo e/ou ignorando que toda Escritura inspirada é aquela cujo centro é o Senhor Jesus (João 5. 39).     

                      
118
Tendo eu começado a me posicionar de forma efetiva quando a questão canonicidade; quando já sinalizei de maneira veemente a plena existência de objetivas citações do livro de Enoch no Antigo e Novo Testamento e a contestação clara da improcedente valoração que se tem dado aos livros de Esdras, Ester e Neemias, que, decididamente, não deveriam ser considerados canônicos por nós cristãos, a partir disto, citarei pontos que são parte do meu livro sobre Escatologia, ainda  por editar: que abordo sobre o inferno criado nos relatos do livro de Enoch. Tanto que, se observarmos com atenção, carinho, racionalidade e pleno interesse na verdade constatar-se-á facilmente o que digo, senão comecemos por uma fala de Jesus, conforme João 5. 39 ─ Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que de mim testificam... Notem que Jesus fala de forma objetiva das Escrituras (Antigo Testamento) como base de informação sobre a sua pessoa, e se: se conhece as demais falas do Senhor nos quatro evangelhos, também se sabe que Jesus em momento algum citou os livros de Esdras, Ester e Neemias, pelo contrário, ele citou o livro de Enoch, no qual se lê, conforme Enoch 21. 6-8Interroguei, então, a Rafael, o anjo que me acompanhava e lhe disse: De quem é essa voz acusadora que sobe até o céu? É a voz do espírito (alma) de Abel que foi morto por seu irmão Caim e que o acusará até que a sua raça seja exterminada da face da terra. Até que esta raça seja apagada do meio dos homens. Texto este citado em Mateus 23. 35 e Lucas 11. 51, correspondendo a uma fala de Jesus. De igual modo os apóstolos também não citaram esses três livros. Mas, eles (os apóstolos), reiteradas vezes fizeram afirmações semelhantes a esta de Jesus quanto ao valor e a inspiração das Escrituras ─ entenda que todas as referências às Escrituras referem-se àquilo que todos eles entendiam como inspirados no Antigo Testamento, justamente por este motivo eles não citaram os livros de Esdras, Ester e Neemias, os quais, decididamente se eles não fizeram menção; assim foi, obviamente por entenderem não haver neles (nos três livros) informação de valor como Escritura inspirada por Deus ao juízo deles.

            
119
Vejamos os textos citados pelos apóstolos quanto ao que entendiam como Escritura inspirada, conforme Paulo em II Timóteo 3. 16 ─ Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça. Pedro, em II Pedro 1. 20-21 ─ Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo... Sem me alongar muito. Há aqui nestes dois textos a afirmação categórica da parte de Paulo e de Pedro. Que tudo aquilo que eles nominaram como Escritura; foi pelo fato ─ ao juízo deles ─, ao citar textos do Antigo Testamento faziam com toda naturalidade, justa e/ou principalmente por serem cristocêntricos, como o próprio Jesus dissera sobre si em João 5. 39 ─ Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que de mim testificam, Jesus como centro da informação...


120
Aqui está plenamente entendido que Escritura no dizer de Jesus e dos seus apóstolos é aquilo que fala de Jesus ou tem efetiva conexão com o futuro reino de Deus. Coisa essa ─ os textos que eles entendiam como Escritura inspirada por Deus ─, foram os quais eles citaram e sobre os quais discursaram e fundamentaram doutrinas; não cabendo absolutamente se fazer nenhuma fundamentação hoje, tendo por base textos do Antigo Testamento sem ter havido a validação de Jesus e dos seus apóstolos; mesmo quando o texto seja de um livro reconhecido como canônico, que, absolutamente, não tem ou terá nenhuma base de validação doutrinaria com os livros de Esdras, Ester e Neemias, como foi visto detalhadamente acima, que são pura e simplesmente registros de determinados momentos da história do povo judeu... De fato no início da era cristã indevidamente os judeus pró-judaísmo valorizaram de maneira exacerbada os livros de Esdras e Neemias, justamente pelo radicalismo demonstrado por eles naquele momento grave pós-cativeiro babilônico, principalmente contra seus irmãos ditos samaritanos, conforme detalhei nos parágrafos de 57 a 83 sobre os dois livros; e se você leu com atenção o que escrevi sobre esses livros. Está lembrando que o grande dito conhecedor das coisas de Deus, o famoso Esdras (Esdras ), Zorobabel e Neemias impediram o cumprimento da profecia de Jeremias 30. 3-4 ─ Pois eis que vem dias, diz o Senhor, em que farei voltar do cativeiro o meu povo Israel e Judá, diz o Senhor; e tornarei a trazê-los à terra que dei aos seus pais, e a possuirão. E estas são as palavras que disse o Senhor, acerca de Israel e Judá. Os planos de Deus pós-cativeiro babilônico não era a mesquinharia feita por Zorobabel, Esdras e Neemias e sim a reunificação dos dois anteriores reinos, incluindo a plena convivência pacífica com os irmãos samaritanos, que não aconteceu até a era da graça no ministério de Jesus.   


121
  No livro de Enoch está ou é nele que aparece o efetivo explicar de muitas coisas que ainda não sabemos; por este motivo vou fazer uma síntese da efetiva presença e necessidade deste livro no melhor entendimento, não somente quanto à Escatologia (porquanto nele o inferno foi criado), Enoch 7. 1-7 Quando os filhos dos homens se multiplicarem nesses dias, sucederá que suas filhas sejam elegantes e belas. E assim  que os anjos, os filhos dos céus, as viram, tornaram-se enamorados delas e disseram uns aos outros: escolhamos mulheres da raça dos homens, e tenhamos filhos com elas (texto citado em Gênesis 6. 1-2). Então seu líder Samyaza lhes disse: Temo que não possais cumprir vosso desejo. E que eu suporte sozinho a pena de vosso crime. Mas eles responderam: Nós o juramos. E nós ligamos todos por mútuas execrações; não mudaremos em nada nossa intenção, executaremos aquilo que resolvemos. E assim juraram e se ligaram por mútuas execrações. Eram em número de duzentos, que desceram em Aradis, lugar situado nas vizinhanças do monte Armon. Também o texto, conforme Enoch 10. 15-17O Senhor disse a Miguel: Vá e anuncia o castigo que espera Samyaza, e todos aqueles que participaram desses crimes, que se uniram a mulheres, que se conspurcaram por toda espécie impureza. E quando todos os seus filhos forem exterminados, quando  virem a ruína daquilo que têm de mais caro no mundo, prende-os sob a  terra, por setenta gerações até o dia do julgamento, e da consumação, universal, efeito desse julgamento será eterno para eles Então serão lançadas ás profundezas de um fogo que os  atormentará incessantemente e lá  permanecerão por toda eternidade. Com eles, com eles, seu chefe queimará em meio às chamas, e todos serão acorrentados até a consumação de um grande número de gerações. Como também para a fundamentação de doutrinas importantes quanto à questão sexo; que teve a informação histórica dramática nas narrativas do livro de Enoch 10. 15-17 e 20. 4-6 (transcrita no livro de Gênesis 6. 1-22); e outras informações importantes indispensáveis ao exato entendimento de doutrinas importantes para nós hoje ─ inclusive, mostrando de maneira contundente ter havido erro em não torná-lo canônico, o que ainda persiste ─, coisa que pode ser feita hoje, ainda que de maneira informal por estudiosos sérios do texto sagrado... Para melhor visualização das citações do livro de Enoch, elas também estarão identificadas com o endereço em vermelho e o texto correspondente em azul, como já comecei a fazê-lo até o final, quando for necessário reproduzi-las...


                                                              122        
Como a que é citado em Judas versículos 14-15Para esses também profetizou Enoch (Judas leu isto no livro de Enoch), o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor com seus milhares de santos, para executar juízo sobre todos e convencer a todos os ímpios de todas as obras de impiedade, que impiamente cometeram, e todas as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram... Ainda sobre a criação do inferno mais um texto de Enoch 20. 4-6 Daí passei para outro lugar de terror: Ali vi a obra de um fogo imenso, ardente e devorador no meio do qual havia uma divisão. E colunas de fogo combatiam entre elas e elas se projetavam no abismo. E foi impossível para eu avaliar sua grandeza, sua altura e também não pude descobrir sua origem. Espantei-me ainda diante desta visão: Que lugar terrível! Como é difícil sondar os mistérios! Uriel, um dos anjos que estavam comigo, respondeu-me e disse: Enoch, por que esses alarmes, por que este espanto frente a este lugar terrível, frente a este lugar de sofrimento? É aqui, acrescentou, a prisão dos anjos e eles serão presos para sempre! Foi a partir dessa informação do livro de Enoch que além de fundamentar a doutrina do inferno como também as conseqüências dessa condenação; não só daqueles duzentos anjos (que já estão enclausurados), mas, os demais que seguiram e seguirão a Satanás, como também os seres humanos que mostrarem extremamente ímpios, juntamente todos os anjos rebeldes estarão eternamente nesse verdadeiro inferno.


123
 A informação ─ não exatamente a do livro de Gênesis ─, do livro de Enoch correspondem as e insofismáveis citações de II Pedro 2. 4 ─ Porque se Deus não poupou a anjos quando pecaram, mas lançou-os no inferno e os entregou aos abismos da escuridão, reservando-os para o juízo. Que teve por parte de Pedro a plena identificação do início da existência efetiva do inferno; imediatamente posterior ao evento do relato acima do livro de Enoch e no relato que vou transcrever em seguida, no qual aparece essa condenação citada por Pedro, explicada no subtítulo Onde Estarão os Salvos e os Perdidos. Ainda, e bom que se informe que este trecho da carta dele aos cristãos judeus dispersos teve contaminação da mitologia grega; quando para o inferno que aparece na citação foi usado o inferno grego Tártaro (lugar mais profundo e pior que o hades) e não a identificação do local do texto de Enoch. Essa mesma citação aparece no livro de Judas versículos 6 ─ aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, ele os tem reservado em prisões eternas na escuridão para o juízo do grande dia. Nesse texto da carta de Judas, que corresponde à mesma citação de Pedro, não há contaminação com a mitologia grega a essa prisão eterna (inferno), também explicada no subtítulo anterior Onde Estarão os Salvos e os Perdidos.


124
O texto menos (o mais próximo de nós) antigo do Novo Testamento ─ o Apocalipse de João ─, é datado do final do primeiro século, quando Canon do Antigo Testamento é datado do final do primeiro século ou início do segundo, isto pressupõe ou infere a objetiva e cristalina conclusão, de que sendo a canonização dos trinta e nove (39) livros no Concilio de Jâmnia pelos judeus ─ final do primeiro ou início do segundo século  ─, necessariamente, não torna todos eles a Escritura inspirada informada por Jesus e seus apóstolos, quando, para eles, a Escritura inspirada por Deus era e foi aquela que eles identificaram usando-a na fundamentação de doutrinas, que exclui três desses trinta e nove livros por não terem sido considerados Escritura inspirada por Jesus e os apóstolos, senão eles o teriam citado; ou objetivamente temos que nos posicionar até onde e em que de fato se pode referendar a fé cristã. Senão considere a lógica e verossímil conclusão aqui defendida por mim: que é rigidamente referendarmo-nos pelas indicações de Jesus e dos apóstolos, porquanto, caso contrário, não estaremos sendo seguidores de Cristo e de forma objetiva, por conseqüência, não sendo cristãos. E se faltou algum livro que deveria ser considerado canônico e não foi por desinformação ou algum interesse não nobre; nós cristãos, aqui na ponta (dois mil anos depois) podemos com toda segurança identificar nos textos do Novo Testamento se isto aconteceu... Estou falando objetivamente do livro de Enoch citado ostensivamente por Jesus e os seus apóstolos...


125
Ainda, para que você possa ter uma visão menos catalogal (rigidez canônica institucional); e em contrapartida um avanço maior no sério estudo bíblico daquilo que é de fato cristão considere que também existe o Canon chamado de Alexandria do início do terceiro século ─ o da Bíblia católica com 46 livros no Antigo Testamento; ou então a efetiva transição do Antigo Testamento para o Novo Testamento ou ainda lembrar e agir como gentio que somos e não judeu, e ainda que judeus ─ como foram todos os primeiros cristãos ─, todos eles seguidores de Cristo e da, conforme Atos 1. 42 ─ e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão e no partir do pão e nas orações. Porquanto todos nós sabemos, o Senhor Jesus nada deixou escrito, legando isto aos seus discípulos fazerem... Quanto ao que ainda é válido do Antigo Testamento, considere a regra do citado por Jesus e os apóstolos e de um modo especial estude Epístola aos Hebreus, também não seja inocente útil em valorar coisas que não merecem ser valorizadas, como o caso da oração de Jabes, centenas de ditas promessas de prosperidade, frases de efeito como: A alegria do Senhor é a nossa força e Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer.       

 
ENDEREÇOS DOS BLOGS
A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA - - - THE     DOCTRINE OF THE TRINITY IS HERESY
        A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA II E O MANDATO DE JESUS
CARTA ÀS INSTITUIÇÕES E AUTORIDADES
O QUE É O PLC 122 OU A DITA LEI HOMOFÓBICA?  www.verdaderespeitoejustica.blogspot.com                       
O QUE É O PLC 122 OU A DITA LEI HOMOFÓBICA?  (sinopse do anterior)     www.sinteserespeitoejustica.blogspot.com
O QUE É O PLANO NACIONAL LGBT?               www.direitoshumanosrespeitoejustica.blogspot.com
AO SENADO E A CÂMARA APELANDO QUE SEJA AVALIADO E QUIÇA TRANSFORMADO EM LEI ESTE     ESTATUTO               www.senadoestatutocartacamara.blogspot.com
O DITO CASAMENTO GAY, A ADOÇÃO E O ENSINO HOMOSSEXUAL NAS ESCOLAS
CARTA ABERTA AO EXCELENTÍSSIMO SENADOR PAULO PAIM SOBRE O PLC 122
                                        www.cartasenador.blospot.com
NÃO EXISTE, ABSOLUTAMENTE, ORIGEM GENÉTICA DO                HOMOSSEXUALISMO
ESTATUTO DA HOMOSSEXUALIDADE OU ESBOÇO DE                 SUGESTÃO À FEITURA DE LEI SOBRE O ASSUNTO
A DOUTRINA DAS IDÉIAS E/OU A IDÉIA QUE SE TEM DAS PALAVRAS ─ MEU OITAVO SOBRE HOMOSSEXUALIDADE
A LEI SECA E SUAS CONTROVÉRSIAS DITAS LEGAIS, E PAI OU MÃE SÃO LEGALMENTE SOMENTE UM         www.leialcoolemiaseca.blogspot.com
DEMAIS BLOGS
SEXO ANAL NO CASAMENTO É PECADO?
EXISTE  MALDIÇÃO  HEREDITÁRIA?  (inclui um estudo sobre crimes dolosos contra a vida)     www.maldicaosatanasepessoas.blogspot.com
REAL  EVOLUÇÃO  DA  FEITURA  DA  OBRA  DOM  CASMURRO     www.verdadedomcasmurro.blogspot.com
SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO VERSUS O AMOR www.socratesplataomachado.blogspot.com  Sobre o amor Eros (lesbianismo, pederastia e o heterossexual) nas obras Fedro e O Banquete de Platão, e Machado de Assis, a obra Dom Casmurro, que é também sobre o amor (heterossexual), estudo este, com intrínseca relação com o PLC 122 no que tange ao amor Eros.
DOUTRINA DA ILUMINAÇÃO DIVINA E PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA VERSUS LIVRE-ARBÍTRIO     www.iluminacaodivinaepredestinacao.blogspot.ccm
IGREJA  MIL  MEMBROS  OU  O  EVANGELHO  HORIZONTAL  (+ sinopse sobre Escatologia)   www.igrejamilmembros.blogspot.com
A  ORAÇÃO  DE  JABEZ  E  A  ORAÇÃO  DE  SALOMÃO    www.oracaodesalomao.blogspot.com
CÂNTICOS DE LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS                                                          www.canticosdelouvoreadoracao.blogspot.com
O QUE É BOM SABER SOBRE IGREJAS EM CÉLULAS                                                       www.igrejasemcelulas.blogspot.com
O  SOFRIMENTO DE  JESUS  NA CRUZ           www.osofrimentodejesusnacruz.blogspot.com
O DÍZIMO, A BÍBLIA  E  A  ERA  DA GRAÇA  www.odizimoabibliaegraca.blogspot.com
O DÍZIMO II OU QUERO A BENÇÃO E FICAR RICO
SE POSSÍVEL ENGANARIA ATÉ OS ESCOLHIDOS                                                www.riquezasatodocusto.blogspot.com
A NECESSÁRIA TEOLOGIA CRISTOCÊNTRICA DAS CITAÇÕES E EVENTOS DO ANTIGO TESTAMENTO E DO EVANGELHO     www.esdraseneemias.blogspot.com
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O ESPIRITISMO NA VERTENTE SEGUNDO ALLAN KARDEC
FINAL I
Esse é o meu décimo quinto Blog, conforme expliquei no início nas Considerações Iniciais, de uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Sendo o seguinte a ser postado (o décimo sexto), cujo Tema ainda não defini, se sobre a TRINDADE    entendida e estudada no decorrer da história como tri-unidade ─, o ESPIRITISMO ou pode até se fazer necessário abordar outro Tema antes desses (como é o caso deste décimo quinto). Com relação aos meus Blogs já existentes e os futuros quando forem postados. A maneira mais fácil de acessá-los é a de estando você em qualquer um deles; com um clique no link perfil geral do autor (abaixo do meu retrato), a lista de todos os Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um clicar no título correspondente. 

FINAL II
Quanto ao conteúdo do Blog anterior, deste e dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos mesmos; peço-lhe, usando a mesma força de expressão usada nos Blogs anteriores:  Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado  não tão-somente em função do direito autoral, mas, para que, por meio da sua citação, o anterior, este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de maneira justa e de acordo com a lei. 

                    Jorge Vidal  Escritor autodidata        
                                    
                                                    Email  egrojladiv@yahoo.com.br

Nenhum comentário: