A Necessária Teologia Cristocêntrica das citações e eventos do
Antigo Testamento e do Evangelho é além de um Estudo sério; também um grito
lancinante contra a mesmice da dependência de postulados equivocados passados,
quanto à exatidão de sua verdadeira leitura e o atual da avalanche de novidades
usadas para alienação da fé comercial pelas igrejas caça-níqueis. Que se tem
tornado possível justamente pelo uso indevido de textos específicos do
judaísmo, em clara manipulação herética (não pertencem ao cristianismo) visando
enredar incautos, e deles tirar proveito financeiro; como se vê no fácil
crescimento desse abjeto negócio que ousam chamar de evangelho e por meio disto
estão enriquecendo para a sua condenação futura, conforme Jesus os advertiu de
maneira profética em Mateus 7. 21-23.
a
A NECESSÁRIA TEOLOGIA
CRISTOCÊNTRICA DAS CITAÇÕES E EVENTOS DO ANTIGO TESTAMENTO E DO EVANGELHO
Esse
é o meu décimo quinto Blog, de uma série de muitos outros sobre vários assuntos
que pretendo postar. Embora tenha dito que o seguinte a ser postado (o décimo
quinto, este), cujo Tema ainda não teria definido; se sobre a TRINDADE ─ entendida
e estudada no decorrer da história como tri-unidade ─, o ESPIRITISMO ou que poderia
até se fazer necessário abordar outro Tema antes desses, como é o caso deste
décimo quinto.
b
AGRADECIMENTO
Aproveito de igual modo,
para agradecer de todo meu coração à forma receptiva e carinhosa como os meus
atuais, trinta (30) Blogs de Estudos contando com este, estão sendo visitados
por milhares de pessoas no Brasil, e em mais quarenta (40) países ─ alguns dos
Temas, mais visitados no exterior do que no Brasil ─; e agora este, para o qual peço a mesma
atenção. Isto enseja o meu muito
obrigado, e ouso ainda lhes pedir mais, que divulguem esses meus Estudos sobre
Temas (assuntos) específicos, porquanto, como pode ser constatado nos mesmos,
eles foram e são produzidos com a máxima seriedade na direção de ser útil a
todos nós seres humanos... Também lhes informo que estou aberto às contestações
sérias que visem ajudar esse intercâmbio de idéias e conseqüentemente a todos
nós como indivíduos... Também informo, que em função da saudável controvérsia
suscitada por mim para a questão estudo bíblico, que está tendo conseqüências;
acresci o Estudo nesse pormenor no final deste Blog e no Blog, endereço ─ www.odizimoabibliaegraca.blogspot.com .
Para acessar os demais, dos atuais quinze Blogs, clique no link perfil geral do
autor (abaixo da minha foto) e a lista aparecerá, bastando clicar no título de
cada um para acessá-lo... Informação atualizada.
c
Ainda, vale à pena informar de forma antecipada aos estudiosos de
filosofia que possivelmente discordarão da leitura que faço das obras de
Platão nos comentários feitos neste e outros Trabalhos ; que antes de estribarem-se naquilo que têm
aprendido sobre elas no decorrer da história quanto à autoria atribuída a
Platão, por exemplo: da “Alegoria
(não mito) da Caverna”, e outras
coisas atribuídas a ele; que leiam antes, depois ou concomitantemente o meu
primeiro Blog SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO (clicar link do perfil do
autor e depois o nome do Blog na lista que aparecerá); no qual identifico o
genialíssimo Platão como MODERADOR CONTEMPLATIVO
aquele que não emite opinião, nem
modera de forma incisiva os debates nos fóruns criados por ele em cada
uma de suas obras sobre vários assuntos e os legou a nós, toda humanidade...
Ainda, se você não consegue entender o que um brasileiro simples morador no Rio
de Janeiro, na criticada Baixada Fluminense: diz aqui sobre as obras de Platão.
Pense primeiro no que disse Maquiavel sobre a opinião da Maioria e Nelson Rodrigues parafraseou. Caminhe até próximo de Platão em
seu aluno Aristóteles, que escreveu a obra A
Política: uma exata antítese da obra A
República de seu mestre Platão, também fez sérias críticas a Sócrates em
outra obra: Ética a Nicômaco. Do que,
quanto à leitura da Maioria,
diferentemente, Aristóteles leu e entendeu: como eu, exatamente aquilo que cada
filósofo disse nessa e naquela obra, e na A
República. Quando nesta Sócrates em debates maiêuticos com Glauco e
Adimanto, irmãos de Platão: produziu a pérola socrática, conhecida mundialmente
como A Alegoria da Caverna ─ que não
pode, nem deve ser chamada de Mito. E quanto aos reparos que fez: contestou
nominalmente a Sócrates em alguns de seus postulados; porquanto foi assim que
Aristóteles entendeu o que Platão escrevera em seus, não diálogos e sim
debates, de igual modo eu assim entendo e todos deveriam racionalmente ler e
entender os escritos de Platão, pois não há opinião objetiva dele em suas
obras.
1
Tenho constado com muita tristeza a
leitura totalmente errada que é sistematicamente feita por teólogos, pastores e
simples membros das diversas igrejas ─ estou
falando até agora de pessoas sérias e interessadas na verdade ─, há também, lamentavelmente, muitos
líderes, cujo interesse único é o de se locupletar por meio da manipulação da
interpretação, principalmente, de textos do Antigo Testamento... Com a
agravante maior: de ser essa a base de formação dos pastores, e ter,
basicamente o seu cerne de assimilação em uma Teologia Sistemática
Estática-catalogal ─ lista de doutrinas (dogmas); numa espécie de catalogo,
rol, lista, que não contempla como centro (base) a pessoa de Jesus como
salvador (justificador) e aquele em quem se herdará a vida eterna numa fé
racional (Romanos 12. 1-2) genuína e viva... O Antigo Testamento só tem
importância para nós cristãos naquilo que é cristocêntrico; quando contemplou
(passado) a sua plena importância para o povo judeu, e no Novo Testamento (novo
pacto, Hebreus 8. 6-13) a consolidação da redenção de toda humanidade, que
começou e transitou por meio da nação Sacerdotal Israel. Até porque, a leitura
e sistematização judaica teológica conservadora dos teólogos e pastores, embora
sinceros e com boas intenções (sendo repetitivo); a dos fraudadores
caça-níqueis não há nem como qualificar. Da parte de nós gentios é uma espécie
de atestado de ingenuidade: filosófica, lógica e teológica, porquanto, não
somos judeus, e obviamente o que a eles é específico não nos pertence... Sendo
impertinente e repetitivo: entendo ser até difícil ter boa vontade para com
aqueles que por dita ingenuidade valoram indevidamente informações já passadas
e sem o mínimo valor para construção de doutrinas cristãs, conforme nos é
informado (Hebreus 7. 18-19 e 8.13), e os demais que usam essas informações com
fins escusos para manipulação dos muitos e muitos crentes ingênuos. Quando se
conclui com a máxima segurança: só ter valor teológico
cristão aquilo que Jesus e/ou apóstolos efetivamente validaram do Antigo
Testamento, ou o que de fato é cristocêntrico... Senão, também considere
que já a algum tempo o judaísmo valora dos escritos do Antigo Testamento
somente a Torá ou Pentateuco ─ os cinco primeiros livros à juízo deles: a Lei
de Deus, ou aquilo que hoje de fato tem pertinência e valor.
2
Esse
conjunto de senão-s tem trazido para a prática do Evangelho (considerado o
citado acima) num todo no âmbito das igrejas todas as dificuldades em
identificar plenamente a linha ou evolução essencial cristocêntrica; aquilo que
tem de fato valor cristão em todo Antigo Testamento, e não o entendimento e prática
de homilia (discurso, pregação) que se tem; inclusive, sido praticado
ostensivamente nos Seminários de Teologia, quando se procura uma espécie de
contemporização (o piegas trazer para os dias de hoje) e não a de fato evolução
histórica que contempla os fatos na sua plenitude política, cultural,
sociológica e religiosa no seu exato momento contemporâneo (o do passado); para
tê-los intacto hoje e poder interpretá-los com mais assertiva... Sem mais me
estender. Vou explicar de maneira didática essa evolução presente no Antigo
Testamento e estranhamente preterida pelos que não deviam fazê-lo... Um exemplo
claro quanto à improcedência de tudo que já comecei a denunciar e vou continuar
fazendo até o final do Estudo, é o uso (dentre outros eventos) do socorro do
profeta Elias dado à viúva de Serepta (I Reis 17. 8-23), quando esses
vendilhões da fé, que diuturnamente na Mídia estendem (transferem) como
promessa este socorro a todas as pessoas e se arvorando como profetas e
representantes de Deus; pedem que essas pessoas abram as mãos e recebam socorro
para qualquer problema que tenham, porquanto eles, os iluminados fraudadores do
texto sagrado assim entendem e manipulam os ingênuos crentes interesseiros
ditos fiéis mãos abertas. Não sabendo ─ se assim é haveria misericórdia para os
tais ─, que o Senhor Jesus disse enfaticamente, conforme Lucas 4. 25-27 ─ Em verdade vos digo que muitas viúvas havia
em Israel nos dias de Elias, quando o céu se fechou por três anos se seis
meses, de sorte que houve grande fome por toda a terra; e a nenhuma delas foi
enviado Elias, senão a uma viúva em Serepta de Sidom. Também o versículo
vinte e sete (27) quanto à cura do general sírio Naamã, que seria o referencial
para a cura das enfermidades de todos os que entregam polpudas ofertas a eles ─
Também muitos leprosos havia em Israel
no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão Naamã, o
sírio. O que torna lamentável a
ignominiosa ação desses mentirosos de plantão, porquanto, segundo Jesus, nem
mesmo naquela época houve a garantia geral desse socorro, inclusive, naquela
região específica; quanto mais esta mentirosa dita promessa universal, que eles
(os vendilhões da Mídia e pastores das igrejas caça-níqueis) vendem aos bobos
crentes interesseiros. Quanto ao referencial bibliográfico. Basicamente ele
já está listado no meu primeiro Blog: SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO
VERSUS O AMOR, endereço ─ www.socratesplataomachado.blogspot.com
, na sua parte inicial intitulada: Considerações Iniciais... Ainda: sendo repetitivo e
chamando a atenção para a necessária (sine
qua non) hermenêutica na avaliação criteriosa de todas as suas nuances, para
as quais é preciso total e sério estudo de tudo para se chegar à verdade.
Senão, considere ainda mais essa advertência com relação à hermenêutica que tenho citado sistematicamente conhecer
plenamente, isto, justamente pelo fato de que ninguém que tenha dificuldade
quanto a ela poderá caminhar com a mínima segurança em nada quer for escrito;
sendo, inclusive, ao meu juízo, não exatamente uma ciência que de possa chegar
ao nível ótimo pela acurado estudo, e sim a Hermenêutica (do grego,
Еρμηνευτική: interpretar), não é essa dita
ciência de caixinha catalogal fechada e sim uma espécie de feeling (sensibilidade) ou dom em perceber e identificar a
inteireza e verdadeira intenção do Legislador ou do Escritor. Quando no caso de
demais obras; para essas e outras, essa hermenêutica é composta de uma espécie
de arsenal que abrange inúmeras importantes questões a serem consideradas, para
somente ao final ser produzida a exegese (explicação); que, lamentavelmente tem
acontecido em detrimento daquilo que lhe permite existir, a hermenêutica...
Digo isto, por vivenciar essa lamentável deformação ─ em níveis de exacerbação
─, aqui em Teologia, na qual, não estando sujeita a questionamentos em
Tribunais e/ou em efetivos debates jurídicos, a coisa tem chegado a proporções
de absurdos. Que, considerando o Direito e Teologia: Me causa repulsa lembrar o
filósofo sofista Trasímaco (período
de Sócrates), de fato pessoa e não personagem de Platão; quanto a Aristóteles
não; porquanto lhe tenho grande apreço ─ só me queixo por ele não ter seguido
Leucipo, Demócrito e Epicuro, quanto ao átomo tendo ele preferido os quatro
elementos ─; mas, me entristeço com
o (grande, assim entendido) filósofo-teólogo Tomás de Aquino (1225-1274) mais
filósofo do que teólogo ─ embora sendo ele seguidor dos postulados de Aristóteles
─, ao meu juízo, maior ainda que Aristóteles em retórica (leu Aquino, foi
convencido!), cuja ampla dialética seduz e nos prende ao ler seus escritos,
todavia ambíguo em muitas das suas conclusões... Comento sobre isto em estudo
sobre a Doutrina da Trindade e em outros Blogs... Discorro sobre hermenêutica
em obras de ficção (Literatura), no Blog REAL EVOLUÇÃO DA FEITURA DA OBRA DOM
CASMURRO, endereço ─ www.verdadedomcasmurro.blogspot.com , no qual, também refuto o conceito de obra aberta,
também no meu livro Ceia, sim! Cruz, não!
Quando me contrapondo a informações ditas históricas usando a própria
história construí um aforismo; que espero venha ser usado por historiadores e
estudiosos de história, no qual digo ─ A história é coisa muito séria, porquanto, a
hermenêutica a torna viva e ágil em sua própria defesa, pois, todos os que com
ela brincam ou a tentam fraudar; são severamente punidos por ela...
3
Este Estudo tem como objetivo como desde
o início informei; o de resgatar o que de fato é importante no texto bíblico;
principalmente no Antigo Testamento, no qual, basicamente quase tudo tem
somente a ver com o povo judeu, excetuando aquilo que é cristocêntrico, no que,
é importante que teólogos, autores de livros e de lições de revistas da E. B.
D. ─ cuja responsabilidade é muitíssimo maior do que se têm avaliado ─,
pastores e membros das diversas igrejas, que tendo o texto bíblico nas mãos e
inúmeras fontes de pesquisa, como livros e Blogs, como os meus, por exemplo. Subestime
toda conclusão, quando você observar falta de compromisso daquele que lhe está
explicando aquilo que defende; como, o exemplo negativo, quando o articulista
de algum trabalho enumera diversas conclusões de diversos Medalhões da
teologia, e ele mesmo não assume interpretar o texto em apreço. Quando digo
isto aqui, entenda que esta observação deve ser universalizada ─ aplicada à
interpretação de qualquer texto, inclusive, literatura, como tenho feito em
vários Blogs. De igual modo, considere que a observação acima cabe exatamente a
este Estudo, principalmente contra a leitura totalmente errada que se
tem feito dos livros de Esdras e Neemias, como procurei demonstrar... Não sou
pretensioso nem irresponsável, entretanto lhe peço ─ e isto vale também para
mim ─, que tenhamos toda aplicação e
seriedade com aquilo que lemos e interpretamos. No que, estude mais e melhor
tudo relacionado com a Bíblia... Estou sendo repetitivo e também incisivo,
porquanto pessoas de denominações ditas estudiosas usam o texto de II Timóteo
3.16 e o de II Pedro 1. 20-21, procurando legitimar ─ sem pleno conhecimento do
que defendem ─, o Canon judaico de trinta e nove (39) livros defendendo-os
liminarmente com extrema veemência como sendo todos eles inspirados por Deus,
usando os dois textos acima enfatizando o substantivo “toda”, não sabendo e/ou ignorando que toda Escritura inspirada é aquela cujo centro é o Senhor Jesus
(João 5. 39).
4
Tendo eu começado a me posicionar de
forma efetiva quando a questão canonicidade; quando já sinalizei de maneira
veemente a plena existência de objetivas citações do livro de Enoch no Antigo e
Novo Testamento e a contestação clara da improcedente valoração que se tem dado
aos livros de Esdras, Ester e Neemias, que, decididamente, não deveriam ser
considerados canônicos, a partir disto, citarei pontos que são parte do meu livro
sobre Escatologia, ainda por editar: que abordo sobre o inferno criado nos
relatos do livro de Enoch, sendo neste livro que de fato foi criado o
verdadeiro inferno bíblico ─ sem o livro de Enoch e as conseqüentes citações
dele que aparecem no texto canônico, não existiria o inferno que defendemos
estar presente na Bíblia. Tanto que, se observarmos com atenção, carinho,
racionalidade e pleno interesse na verdade constatar-se-á facilmente o que
digo, senão comecemos por uma fala de Jesus, conforme João 5. 39 ─ Examinais as Escrituras, porque
julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que de mim testificam... Notem
que Jesus fala de forma objetiva das Escrituras (Antigo Testamento) como
base de informação sobre a sua pessoa, e se: se conhece as demais falas do
Senhor nos quatro evangelhos, também se sabe que Jesus em momento algum citou
os livros de Esdras, Ester e Neemias, pelo contrário, ele citou o livro de Enoch,
no qual se lê, conforme Enoch 21. 6-8 ─ Interroguei,
então, a Rafael, o anjo que me acompanhava e lhe disse: De quem é essa voz
acusadora que sobe até o céu? É a voz do espírito (alma)
de Abel que
foi morto por seu irmão Caim e que o acusará até que a sua raça seja
exterminada da face da terra. Até que esta raça seja apagada do meio dos homens. Texto
este citado em Mateus 23. 35 e Lucas 11. 51, correspondendo a uma fala de Jesus.
De igual modo os apóstolos também não citaram esses três livros. Mas, eles (os
apóstolos), reiteradas vezes fizeram afirmações semelhantes a esta de Jesus
quanto ao valor e a inspiração das Escrituras ─ entenda que todas as
referências às Escrituras referem-se àquilo que todos eles entendiam como
inspirados no Antigo Testamento, justamente por este motivo eles não citaram os
livros de Esdras, Ester e Neemias, os quais, decididamente se eles não fizeram
menção; assim foi, obviamente: por entenderem não haver neles (nos três livros)
informação de valor como Escritura inspirada por Deus ao juízo deles.
5
Vejamos os textos citados pelos apóstolos
quanto ao que entendiam como Escritura inspirada, conforme Paulo em II Timóteo
3. 16 ─ Toda Escritura é
divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para
corrigir, para instruir em justiça. Pedro, em II Pedro 1. 20-21 ─ Sabendo primeiramente isto: que nenhuma
profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia
nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus
falaram movidos pelo Espírito Santo... Sem me alongar muito. Há aqui nestes
dois textos a afirmação categórica da parte de Paulo e de Pedro. Que tudo
aquilo que eles nominaram como Escritura; foi pelo fato ─ ao juízo deles ─, ao
citar textos do Antigo Testamento faziam com toda naturalidade, justa e/ou
principalmente por serem cristocêntricos, como o próprio Jesus dissera sobre si
em João 5. 39 ─ Examinais as Escrituras,
porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que
de mim testificam, Jesus como centro da informação...
6
Essa
linha cristocêntrica começa em:
1 ─ Gênesis 3. 15 (40 séculos a. C., a serpente):
Profecia sobre a redenção em Jesus, com referencial no Salmo 41. 9-11, Salmo
91. 13 e João 13. 18.
2 ─ Gênesis 9. 8-19
(pacto de Deus com Noé), Gênesis 12. 1-3 (chamada
e pacto de Deus com Abraão) e Gênesis 14. 18-23
─ o encontro com Melquisedeque, a alegoria de Jesus, como explica com detalhes
o escritor aos hebreus.
3 ─ Deuteronômio 18. 18-19 (15 séculos a. C., Moisés):
Jesus, o líder Redentor. Com referencial em Hebreus 3. 1-19.
4 ─ Jó 19. 25-27 (15 séculos a. C., promessa de
redenção): o meu Redentor vive. Com referencial em João 1. 1-2 e João 8. 56-58.
5 ─ Livro dos Salmos: 74
de autoria de Davi, 12 de Asafe, 1 de Moisés (Salmo 90), 2 de Salomão (Salmo 72
e 127), 11 dos filhos de Corá, 1 de Etã, o ezeaíta (Salmo 89), os 49 restantes
de outros autores não identificados ─ que devem ter sido compostos na
trajetória do reino de Davi ao cativeiro babilônico. A idade dos Salmos ─ se
não for considerado o de Moisés (15 séculos a. C.) ter-se-ia os de Davi como
referencia (10 séculos a. C.), mais o de número 137 (início do cativeiro
babilônico, 606 a. C.) e o número 126 (fim do cativeiro, 536 a. C.). Quanto aos
Salmos e sua função profética sobre Jesus e seu ministério, o escritor aos
hebreus após fazer no início do seu livro uma espécie de sinopse de todo o
plano de Deus para a humanidade (Hebreus 1. 14), no seguimento até o final do
capítulo dois cita ostensivamente Salmos, na fundamentação da divindade de
Jesus.
7
O que tenho dito com relação à epístola
aos Hebreus, e quanto a sua feitura em forma de Midrash (exegese rabínica), se constitui em algo importantíssimo para
a questão divindade e a plena humanidade eventual do Senhor Jesus, pois como
disse; o escritor aos Hebreus a fundamenta, nos dois primeiros capítulos usando
dez (10) textos do livro dos Salmos e dois do profeta Isaías que irei
reproduzir abaixo... Primeiramente, antes de identificar os Salmos, quero
lembrar quanto ao assentar-se do Senhor Jesus à direita do Pai, que é feito
também de maneira objetiva através do escritor aos Hebreus 1. 3, Heb. 10.
12-13, transcrito acima; e Heb. 12.2... Os textos usados pelo escritor aos
Hebreus para fundamentar a divindade do Senhor Jesus, são: Heb. 1. 5 (Salmo 2. 7), Heb. 1. 7 (Salmo
104. 4), Heb. 1. 8 (Salmo 45. 6-7),
Heb. 1. 9 (Isaías 61.1), Heb. 1. 10 (Salmo 102. 26), Heb. 1. 13 (Salmo 110. 1), Heb. 1. 14 (paráfrase do Salmo 103. 20), Heb. 2. 6 (Salmo 8. 4), Heb. 2. 7 (Salmo 8. 5),
Heb. 2. 12 (Salmo 22. 22-23), Heb. 2. 13 (Salmo 18. 2 e Isaías 8. 18).
8
Antes já estava informada essa
trajetória, conforme Gênesis 3. 15 ─ citado
por Paulo em Romanos 16. 20 ─, Deuteronômio 18.
15-19 ─ citado por Pedro em Atos 3. 22 ─, Jó
19. 25, Miquéias 5. 2-4 ─ citado em Mateus 2. 6 ─, Isaías 7. 14 citado em Mateus 1. 22-23, Isaías 9. 1-7
─ citado em Mateus 4. 12-16 ─, Isaías 42. 1-8 ─
citado em Mateus 12. 18-21 ─, Isaías 53.
1-12 ─ citado em Atos 8. 28-36 ─, Isaías 61. 1-14 ─ citado em Lucas 4. 16-21 ─, Zacarias 9. 9-10
─ citado em João 12. 14-15 ─, Zacarias 13. 7
─ citado em Mateus 26. 3-32 e Marcos 14. 27-28 ─, também Malaquias 3. 1-2
─ citado em Lucas 1. 76-79 ─; e
mais dez (10) Salmos, que são citados pelo escritor aos hebreus que reproduzi
os seus endereços com detalhes no parágrafo anterior. Todo esse elenco de
textos e muitos outros, convivendo plenamente sem confronto com o texto, também
de Deuteronômio 6. 4, reproduzido acima... Sendo que essa informação é
reiterada em vários textos do livro do profeta Isaías, o profeta messiânico,
dos quais destaco: Isaías 9. 1-7 e 42. 1-8,
nos quais, inclusive, não se viu ou se vê politeísmo entre as duas pessoas; de
Deus o Pai e do seu Filho o Senhor Jesus.
9
Reiterando, ou repetindo a trajetória já mostrada nos
parágrafos anteriores. Começarei pelo livro do profeta Isaías que é considerado
basicamente por todos os estudiosos de Teologia como sendo o profeta messiânico
e realmente o é ─ aquele em cujos escritos está claramente presente informações
sobre Jesus e o seu ministério ─, e nisto consiste o que chamo de linha ou
trajetória cristocêntrica... Que é a seguinte, a partir de Isaías: Isaías 7. 10;
8. 1-11; Isaías 9. 1-7; 11. 1-12; 42. 1-8; 52. 1315; 53. 1-12; 61. 1-10; 65.
17-25; Isaías 31. 31-34; Jeremias 31. 31-36; Ezequiel 37.24-28, no seguimento...
Se você está acompanhando com atenção este Estudo está também lembrando que identifiquei
na fundamentação da divindade de Jesus o uso por parte do escritor aos Hebreus
fragmentos de dez (10) Salmos, e aqui neste parágrafo identifiquei; de igual
modo, dez (10) textos de Isaías que apontam para o Senhor Jesus:
cristocêntricos, portanto, todavia, são os Salmos em suas partes proféticas que
em maior número fundamentam as verdades do Novo Testamento. Quando em uma
rápida análise das citações no Novo Testamento do livro de Isaías versus os Salmos (Jesus como centro),
constata-se que, embora, de fato seja o livro do profeta Isaías seja uma sólida
base cristocêntrica: são os Salmos a principal referência de fundamentação da
divindade de Jesus e doutrinas na Era da
Graça, quando vê-se nesta análise o uso de oitenta e sete (87) fragmentos
de Salmos e para o livro de Isaías tem-se setenta e dois (72) fragmentos
citados no N. T... Dito isto, não conclua terem sido Davi e os demais salmistas
os super servos de Deus, por meio dos quais, Deus fez revelações; quando o
motivo é simples: o Espírito Santo de Deus encontra plena facilidade de agir e motivar
aquele que profere versos e poesias ansiando alguma inspiração para fazê-lo e
quando assim faz se torna exatamente receptivo a ação de Deus para comunicar
eventos futuros; diferentemente, quando eu ou qualquer um de nós pretende
informar algo que é nossa opinião, o Espírito Santo encontra dificuldade para
nos usar nesse pormenor. É esta a diferença ou o que faz a diferença: eu estar aberto ou desejar que Deus me use: ou
não, quando eu quero fazer tão-somente aquilo que é o
meu exato desejo.
10
Considerando o que tenho
explicado em vários Trabalhos sobre teologia já postados na Internet. Na sua
objetiva maioria aquilo que está documentado no Antigo Testamento, reiterando,
refere-se à história do povo judeu; todavia, há uma parte considerável desse
acervo histórico-documental referente ao espiritual: o povo como nação
Sacerdotal; que consiste em profecias, regras (princípios) doutrinárias, alegorias
cristocêntricas (como estou desenvolvendo neste Blog) e plenos referenciais do plano
de Deus para a humanidade: em seu princípio, meio e fim, entretanto, dependendo
de estudo sério nessa e naquela vertente, para que aconteça a coerente
identificação de cada informação em seu exato valor teológico ou
simplesmente histórico.
11
A reiteração do parágrafo acima foi para identificar ou chamar a atenção
para o grande e importante evento, o dia do Juízo Final; também ou
primeiramente no Antigo Testamento. Que para tanto começarei por um Salmo de
Davi, até pelo fato importante do apóstolo Pedro o ter identificado como
profeta, quando primeiro mostrou isto de maneira objetiva sobre este por
acontecer dez séculos depois: a ressurreição do Senhor Jesus ao citar parte do
Salmo 16. 8-11 para provar ser o rei Davi também profeta sem sabê-lo, conforme
Atos 2. 25-28 ─ Porque
dele (Jesus) fala Davi: Sempre via diante de mim o Senhor, porque
esta sempre à minha direita, para que eu não seja abalado; por isso se alegrou
meu coração, e a minha língua exultou; e, além disso, a minha carne há de
repousar em esperança; pois não deixarás a minha alma no hades (sheol ou
sepultura: hades é contaminação lingüística da cultura grega à época), nem permitirás que o teu Santo veja a
corrupção; fizeste-me conhecer os caminhos da vida; encher-me-ás de alegria na
tua presença. E a partir dessa citação do Salmo de número dezesseis (16),
Pedro concluiu ser Davi profeta, conforme Atos 2. 29-30 ─ Irmãos; seja-me permitido dizer-vos livremente acerca do patriarca
Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua
sepultura. Sendo, pois, ele profeta, e sabendo que Deus lhe havia
prometido com juramento que faria sentar sobre o seu trono um dos seus
descendentes... Daí, eu começar a seqüência (elenco) do uso do de textos do
Antigo Testamento a partir de uma profecia de Davi, o Salmo 1. 1 e 4-6 ─ Bem-aventurado, o homem que não anda
segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores. Não são assim os ímpios, mas são semelhantes à
moinha que o vento espalha. Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem
os pecadores na congregação dos justos; porque o Senhor conhece o caminho dos
justos, mas o caminho dos ímpios conduz à ruína... Com toda certeza um
profetizar de Davi sobre o juízo final ─ embora não tenha ele à época a exata
consciência de que estaria profetizando ─, sobre pessoas que estarão no futuro
diante do então Deus Juiz a aguardar a justa sentença ou absolvição para herdar
a vida eterna...
12
Outra prova evidente de Davi ter profetizado sem a exata consciência de
estar assim fazendo; se identifica isto em vários outros Salmos, inclusive o de
número 101 transcrito abaixo; no qual, ao se ler os quatro primeiros versículos
têm-se a impressão de que Davi estivesse falando de si mesmo, todavia, como
pode ser visto o texto é profético, senão leia os quatro versículos dessa parte
profética sobre o juízo final, conforme o Salmo 101. 5-8 ─ Aquele que difama seu
próximo às escondidas eu o
destruirei; aquele que tem olhar
altivo e coração soberbo, não o tolerarei. Os meus olhos estão sobre os fiéis
da terra, para habitarem comigo; o que anda no caminho perfeito, esse me
servirá. O que usa de fraude não habitará em minha casa; o que profere mentiras
não estará firme perante os meus olhos. De manhã em manhã destruirei todos os
ímpios da terra, para desarraigar da cidade do Senhor todos os que praticam a
iniqüidade... Com relação ao Salmo 23; farei pequeno comentário no parágrafo
16 mais à frente, aproveite também e leia os parágrafos vinte e quatro (24) ao
de número trinta e dois (32) do Blog sobre Cânticos de Louvor e Adoração,
endereço ─ www.canticosdelouvoreadoração.blogspot.com
, quando também detalho e comprovo ser o Salmo 91, não um amuleto de
proteção para quem o recita e mantêm a Bíblia na página correspondente
constantemente aberta; mas sim uma profecia sobre o ministério de Jesus...
Leia o Blog citado acima.
13
Prosseguindo, se tem no livro de Daniel, além das diversas profecias
sobre os vários eventos profetizados por ele, os quais são estudados em todo o
livro, principalmente no elenco que compõem este Estudo, agora, especificamente
transcrevo o texto (profecia) que mostra como evoluiria em crescimento a
impiedade, conforme Daniel 12. 10 ─
Muitos se purificarão, e se
embranquecerão, e serão acrisolados, mas os ímpios procederão impiamente e
nenhum entenderá; mas os sábios entenderão...
14
No seguimento da citação de textos do Antigo Testamento, nos quais se
tem profecias que informam o evento do juízo final, conforme mais este de
Ezequiel 7. 12-13 ─ Vem o tempo, é chegado o
dia; não se alegre o vendedor, e não se entristeça o comprador; pois a ira está
sobre toda multidão deles. Na verdade o vendedor não tornará a possuir o que
vendeu, ainda que esteja por longo tempo entre os viventes; pois a visão, no
tocante a toda multidão deles, não voltará atrás; e ninguém prosperará na vida,
pela sua iniqüidade... É esta a expectativa que aguardarão todos aqueles
que estarão diante do trono de Deus, naquele dia como Juiz justo, e que até
então fora misericordioso, entretanto, aquele dia será o da prestação de contas
de todos nós seres humanos...
15
E para concluir as citações do Antigo Testamento, o texto de livro do
profeta Malaquias; no qual, que corresponde ao último livro do Canon judaico, e
nele é reiterado em uma metáfora de ser aquele dia como a fornalha que consome
totalmente tudo aquilo que nela é lançado, conforme Malaquias 4. 1-3 ─ Pois
eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que
cometem impiedade, serão como restolho; e o dia que está para vir os
abrasará, diz o Senhor dos exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz
nem ramo. Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça,
trazendo curas nas suas asas; e vós saireis e saltareis como bezerros da
estrebaria.
16
Outra associação: é esta descabida
ilação, em direção da Doutrina da Trindade quando feita também a partir do
substantivo pastor, usando principalmente associar o Salmo 23 (o Senhor é o meu pastor), a todo
o Novo Testamento e como base primeira para isso, o texto de João 10. 11 ─ Eu sou o bom pastor; o bom pastor
dá a sua vida pelas ovelhas. Essa associação acaba sendo inconseqüente e até
infantil; porquanto: não considera a possibilidade do Salmo 23 ser um texto
sobre Deus e Pai e não uma referência ao Senhor Jesus; como vários outros de
fato são ─ em que dez deles (dos Salmos) e dois de Isaías, foram usados para
sistematizar a divindade de Jesus pelo escritor aos Hebreus no início da sua
carta, como também detalhei acima quanto a Jesus estar ao lado do Pai (Salmo
110. 1). De igual modo, usando este texto novamente; agora objetivamente nessa
outra avaliação, considere o texto do Salmo 110. 1 ─ que é uma das bases de
estudo do Trabalho sobre a trindade, que diz: ─ Disse o Senhor (Deus, o Pai) ao
meu Senhor (Jesus, o Filho de Deus);
assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos
teus pés. Também esse texto é citado em Atos 2. 34-35, Mateus 22. 41-44,
Marcos 12. 35-37, Lucas 20. 41-44 e Hebreus 1. 13. Se você observou esse texto
do Salmo 110. 1, e a maneira como o Senhor Jesus o usa para fundamentar sua
divindade; constatará também que o substantivo Senhor aparece duas vezes nessa
informação profética, e assim concluiu o tradutor para a presença clara de duas
divindades, de maneira específica e literal é atribuído a Deus, o Pai ─ e
também de maneira concomitante, com atos distintos, ao seu Filho, o Senhor
Jesus. Do que se conclui, que é improcedente especular, ser o Senhor nosso
Deus, o mesmo que o Senhor Jesus ou “o Senhor é meu pastor” ser o “eu sou o bom
pastor”, ou o Senhor é meu pastor corresponde à visão utilitarista de Davi à
época ─ exatamente como todos nós somos, alguns exacerbando como caçador de
bênçãos ─, em sentir-se protegido em tudo, inclusive, contra os seus inimigos,
sendo ajudado por Deus para zombar deles (versículo 5), também pelo fato do
Salmo 23 não ter sido usado por escritores do Novo Testamento como base
profética... Para fazer você lembrar o perigo dessas associações, quando
indevidas; compare os textos de Isaías 40. 3, de Malaquias 3. 1 e o de João 1.
23 ─ Respondeu ele (João): Eu
sou a voz do que clama no deserto. Endireitai o caminho do Senhor, como
disse o profeta Isaías. Por João estar em profecias do Antigo Testamento e
dizer eu sou; isso não legitima ou faz com que João seja Deus ─ o Eu Sou,
que é também infantilidade teológica, primeiramente judaica; porquanto no texto
sagrado Deus é Θεός ─, o Pai... Quanto ao
Salmo 119 ele é uma construção literária (poética) em forma de Acróstico com
base no alfabeto hebraico: enaltecendo a Lei e preceitos; o que, conforme
ponderei no parágrafo nove (9) acima tornou o seu autor ou autores mais
respectivos à atuação do Espírito Santo de Deus... Se você quer entender melhor
e definitivamente a questão eu sou o bom
pastor leia o Blog SE POSSÍVEL ENGANARIA ATÉ OS ESCOLHIDOS, endereço www.riquezasatodocusto.blogspot.com
em atenção aos parágrafos 64 ao de número 79.
17
Ainda, quanto a este simplista
identificar ou alinhar coisas com nomes parecidos sem o devido estudo, agora dentro
da questão alegoria, ligados à semântica de cada texto; vou citar alguns
exemplos: No livro do profeta Isaías 14. 12 têm-se uma referência alegórica ao rei de Babilônia como sendo a “estrela
da manhã”; sendo que essa mesma alegoria (figura) é atribuída ao Senhor
Jesus em Apocalipse 22. 16; ou melhor, o Senhor Jesus diz que Ele é de fato a resplandecente
estrela da manhã. Em Daniel 7. 4
e 7. 17 teve-se o reino de Babilônia
com a alegoria zoológica do animal “leão”;
também em I Pedro 5. 8 ele usa a ferocidade do leão para representar a Satanás, e de igual modo, temos em Apocalipse
5. 5 e outros textos, quando é atribuída ao Senhor Jesus a alegoria de “leão
de Judá”. Também em Daniel 8.
1-27 tem-se a alegoria do carneiro (cordeiro) vinculada ao reino Medo-Persa, que foi vencido pelo reino Grego-Macedônio, que recebeu a alegoria do bode (cabrito); a instituição da páscoa,
também requeria para o sacrifício de sangue o uso do cordeiro ou do cabrito,
Êxodo 12. 5, e todos nós sabemos que o cordeiro
ou o cabrito dos sacrifícios eram
alegorias do sacrifício do Senhor Jesus na cruz, tanto que de maneira literal e
específica, em João 1. 29, João, o Batista diz que “Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, ou você tem
ou terá alguma dúvida sobre essas questões?
18
O livro de Daniel é o roteiro ─ nele há um intencional
encadeamento profético dos fatos importantes no mundo até a chamada Reforma Protestante, exatamente como um
roteiro, obviamente ─, de todo plano cristocêntrico de Deus para a humanidade,
que é completado no livro do Apocalipse... No seguimento dessa linha
cristocêntrica: Joel 2. 28-30; Amós 8. 11-12; Zacarias 9. 9 e 13. 7.9; Habacuque
2. 1-3; Malaquias 3. 1-6, e me permita no seguimento voltar ao importantíssimo livro
(pequeno, pouco volume de escrita) do profeta Habacuque 2. 4 ─ o termo
(palavra, vocábulo) fé isolado e/ou como que perdido dentro de todo Antigo
Testamento, entretanto, sendo este substantivo a base e elemento essencial
teológico do Novo Testamento; tanto que, foi esse pequeno texto (sobre a fé) de
Habacuque a referência principal usada por Paulo em toda fundamentação
teológica sua: Romanos 5. 1-11 e 10. 8-13; e em suas demais epístolas, e de
forma anônima intencional em Hebreus, porquanto
o falar aos judeus fora dado preferencialmente a Pedro, conforme Gálatas 2. 6-9;
ele escreveu aos hebreus amplamente usando o importante elemento fé, e em
Hebreus 10. 37-38 identificou aquele que virá da profecia, e transcreveu em
paráfrase o texto de Habacuque 2. 3-4
─ Pois a visão é ainda para o tempo
determinado, e se apressa para o fim. Ainda que demore, espera-o; porque
certamente virá, não tardará. Eis o soberbo! A sua alma não é reta nele; mas o
justo pela sua fé viverá. A transcrição feita por Paulo em Hebreus 10. 37-39 ─ Pois ainda em
pouco tempo aquele que há de vir virá, e não tardará. Mas o meu justo viverá da
fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos
daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que crêem para conservação da
alma.
19
Habacuque (626 a. C. - ?), profeta daquele momento grave do
povo judeu; os vinte anos imediatamente anteriores ao início do cativeiro
babilônico, tanto que, as profecias de Habacuque são uma espécie de grito
lancinante de alguém que espera o que de pior possa vir, e nisto, muito me
sensibilizou sua oração em forma poética
de cântico, cujo enfoque básico é: Ainda
que aconteça o pior! Isto me move a reproduzir (transcrever) o texto
integral da mesma, embora o texto tenha relativa extensão, conforme Habacuque
3. 2-19 ─ Eu ouvi, Senhor, a tua fama, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no
meio dos anos; faze com que ela seja conhecida no meio dos anos; na ira
lembra-te da misericórdia.
Deus
veio de Temã, e do monte Parã o Santo. A sua glória cobriu os céus, e a terra
encheu-se do seu louvor.
E
o seu resplendor é como a luz, de sua mão saem raios brilhantes, e ali está o
esconderijo da sua força.
Adiante dele vai a peste, e por detrás
a praga ardente.
Pára, e mede a terra, olha, e sacode as
nações; e os montes perpétuos se espalham, os outeiros eternos se abatem, assim
é o seu andar desde a eternidade.
Vejo as tendas de Cusã em aflição,
tremem as cortinas da terra de Midiã.
Acaso é contra os rios que o Senhor
está irado? É contra os ribeiros a tua ira, ou contra o mar o teu furor, visto
que andas montado nos teus cavalos, nos teus carros de vitoria?
Descoberto de todos está o teu arco; a
tua aljava está cheia de flechas. Tu fendes a terra com rios.
Os montes te vêem, e se contorcem; a
inundação das águas passa; 0 abismo faz ouvir a sua voz, e levanta bem alto as
suas mãos.
O sol e a lua pararam nas suas moradas,
ante o lampejo das tuas flechas volantes, e ao brilho intenso da tua lança
fulgurante.
Com indignação marchas pela terra, com
ira brilhas as nações.
Tu sais para o socorro do teu povo,
para salvamento dos teus ungidos. Tu despedaças a cabeça da casa do ímpio,
descobrindo-lhe de todos os fundamentos.
Transpassas as cabeças dos seus guerreiros
com as suas próprias lanças; eles me acometem como turbilhão para me
espalharem; alegram-se, como se estivessem para devorar o pobre em segredo.
Tu com os teus cavalos marchas pelo
mar, pelo montão de grandes águas.
Ouvindo-o eu, o meu ventre se comove,
ao seu ruído tremem os meus lábios; entra a podridão nos meus ossos, vacilam os
meus passos; em silencio, pois, aguardarei o dia de angustia que há de vir
sobre o povo que nos oprime.
Ainda que a figueira não floresça,
nem haja fruto na nas vides; ainda que falte produto da oliveira, e os campos
não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos
currais não haja gado.
Todavia eu me alegrarei no Senhor,
exultarei no Deus da minha salvação.
O Senhor é a minha força, ele fará os
meus pés como os da corsa, e me fará andar sobre os meus lugares altos... Normalmente não reproduzo textos bíblicos em
itálico, todavia, aqui o faço para dar destaque a esta oração que marcou e
marca a minha sincera relação com Deus, o Pai e seu Filho, o Senhor Jesus...
Considere também que no texto profético de Habacuque 2. 2 fora naquela época,
inventado o eficiente mecanismo de propaganda, o famoso Altdoor.
20
O
entendimento e sentimento contido nesta oração do profeta Habacuque é
exatamente aquilo que o Senhor Jesus ensinou aos seus apóstolos, e eles
transmitiram a todos nós por meio dos seus escritos ─ conforme o explicado no
parágrafo sete sobre as cartas de Paulo ─;
senão comece essa trajetória neotestamentária pelo Sermão do Monte no início do evangelho de Mateus; que tendo Habacuque
profetizado antes do cativeiro babilônico, se torna muito difícil entender
líderes como Zorobabel, Esdras e Neemias nos seus radicalismos e falta de sensibilidade
espiritual; a qual Deus buscou dar àqueles que estiveram no exílio babilônico para
por intermédio de seus exemplos pudéssemos tirar de maneira direta ─ seguir os
seus exemplos, quando na realidade, nesse período específico ─ a lição a seguir
é a de não agir como eles agiram.
21
Essa pequena
trajetória mostrada aqui nesta sinopse tem um objetivo ainda maior; que é a de
refutar veementemente a leitura, interpretação, valoração e o tratamento de
homilia viciosa que se tem dado aos livros de Esdras e de Neemias; quando,
diferentemente o importante desse período foi o agir de Ciro em fazer cumprir o
profetizado por Jeremias (o início por analogia) e fim do cativeiro babilônico,
Isaías 45. 13 e Jeremias 29. 9-10, que
findou com o decreto de Ciro em 536 a. C. pondo fim ao cativeiro e permitindo a
volta dos judeus; depois, no então Governo de Artaxerxes I, o Longimano em 458
a. C., que marcou o início da contagem das setenta semanas do Messias (Daniel 9. 20-27).
AS SETENTA SEMANAS DO MESSIAS
22
A profecia quanto a esse assunto é As Setenta Semanas do Ungido (o
Messias), Daniel 9. 20-27. Essa profecia no
seu texto, diz de forma objetivamente clara, que esse período corresponde a
setenta semanas (versículo 24) e no seu desdobramento cita sete semanas, no
versículo 25, que depois das sessenta e duas semanas ─ a soma agora é sessenta
e nove semanas ─, e na setuagésima
semana o ungido será cortado (versículo 26).
E no versículo 27 se esclarece plenamente o cômputo das setenta semanas,
porquanto na última está contido no ministério do Senhor Jesus (três anos e
seis meses), conforme o versículo 26: após as sete semanas + sessenta e duas
semanas e + metade de uma semana começou o ministério de Jesus; ou seja,
decorridos 486 anos e seis meses da ordem de Artaxerxes I, o Longimano (458 a.
C.) ─ não confundir com a anterior de Ciro (536 a. C.) começou o ministério do
Senhor Jesus, que findou ao completarem-se os 490 anos da profecia das Setenta Semanas do Ungido ou como está
dito: as setenta semanas.
23
Estou fazendo essas ponderações, porque a
Palavra do nosso Deus procura complicar; não no sentido pernicioso, mas fazer
colocações que possa de qualquer maneira ser entendido pelos que têm sabedoria,
e ao mesmo tempo impede aos que não amam a Deus de entender a sua mensagem,
conforme Daniel 12. 10 ─ Muitos se purificarão, e se embranquecerão,
e serão acrisolados, mas os ímpios procederão impiamente; e nenhum deles
entenderá; mas os sábios entenderão; e ao mesmo tempo tornar pouco
compreensível aos ímpios (aqueles que se obstinam em praticar o mal, sejam de
que nacionalidades forem), como o Senhor declara objetivamente em Mateus 13.
13-15 ─ Por isso lhes falo por
parábolas; porque eles, vendo, não vêem, e ouvindo, não ouvem nem entendem. E
neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, e de maneira
alguma entendereis; e, vendo, vereis, e de maneira nenhuma percebereis. Porque
o coração deste povo se endureceu, e com os ouvidos ouviram tardiamente, e
fecharam os olhos para que não vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos,
nem entendam com o coração, nem se convertam e eu os cure.
24
A profecia de Daniel, que como foi visto:
correspondeu aos 490 anos até a crucificação do Senhor Jesus, teve como pano de
fundo; desde o início do Império Medo-persa,
passou pelo Império Greco-macedônio e
teve o seu fim no Império Romano, precisamente no reinado de Tibério, sob o
qual se deu a sua crucificação e anteriormente sob Otávio, o Augusto o seu
nascimento... Para você que se interessa por Escatologia séria e cronologia
bíblica coerente e conseqüente: veja as informações adicionais sobre o tamanho
do ministério terreno do Senhor Jesus, conforme I Reis 17. 1, Lucas 4. 25 e Tiago
5. 17. Isto é regra profética bíblica a ser levada em consideração.
25
A cronologia que está dentro do livro de
Daniel, que é uma das bases para esse Estudo, coloca em evidencia esses fatos
que são pós-cativeiro babilônico. Em 536
a.C. saiu o decreto de Ciro para a volta dos judeus; e no ano seguinte os
alicerces do templo foram lançados. Em 529 a.C. morreu Ciro e assumiu Cambises,
o Assuero
de Esdras 4. 6 (que não foi Assuero de
Ester). Em 522 a.C. assumiu o usurpador Semerdis, o mago ─ este
é o Artaxerxes que a pedido dos samaritanos mandou parar a reconstrução do
templo, conforme Esdras 4. 11-13. Em 521 a.
C. Semerdis foi assassinado e assumiu Dario, e em 520 a.C.; apelo dos profetas
Ageu e Zacarias para a retomada da reedificação do templo, que foi autorizada
por Dario, conforme Ageu 1. 3-8 e Esdras 6. 12
─ O Deus, pois, que fez habitar
ali seu nome derribe todos os
reis e povos que estenderem a mão para alterar o decreto e para destruir esta
casa de Deus, que está em Jerusalém. Eu, Dario, baixei o decreto. Que com
diligencia se execute.
26
Em 515 a.C. a reconstrução do templo foi
concluída no mês de Adar (fevereiro, marco). Em 485 a.C. assumiu Xerxes chamado
Assuero (o Assuero de Ester). Em 478 a.C. Ester foi escolhida como rainha por
Assuero. Em 473 a.C. Mardoqueu foi promovido, e aconteceu a conspiração e
enforcamento de Hamã, conforme Ester 7. 7-10.
Em 465 a.C. assume Longimano ou Artaxerxes I (o Artaxerxes de quem Neemias foi
copeiro), conforme Esdras 7 e Neemias 2. 1-8. Em 458 a.C. saiu o decreto de Artaxerxes
I, o Longimano a favor de Esdras e da restauração do Estado judaico ─ sendo
essa a data do início da contagem das setenta semanas do Messias. Em 444
a.C. a reedificação dos muros foi concluída, e em 434 a.C. Neemias voltou à
Pérsia.
27
O que quero concluir de maneira definitiva
e bem clara é ter sido de pouca importância todas as medidas tomadas por
Esdras, inclusive, foram até negativas. Como continuar na pouco razoável e
injusta atitude anterior de Zorobabel quando impediu que os samaritanos
participassem da reedificação do templo, no que, se perpetuou a inimizade entre
irmãos e se ganhou nessa atitude racista, ferrenhos inimigos; como se viu na
denúncia dos samaritanos feita a Artaxerxes ─ sendo as acusações feitas por
eles verdadeiras, porquanto, Israel, como qualquer outro povo conquistado não
se submetia pacificamente ao opressor. Daí, ao investigar o passado de Israel,
se constatou serem as acusações pertinentes... Naquela época e mais de cinco
séculos passados aquela inimizade plantada por Zorobabel e alimentada por
Esdras e Neemias no continuar os tendo como inimigos, e também por extensão os
acusaram de casamento com mulheres gentias; ainda era latente durante o
ministério de Jesus e foi como que o estopim da revolta contra os romanos, na
desorganização total do poder entre os judeus, pois foi a ação dos Sicários (de
Sicar, região da Samaria) contra a fortaleza de Massada, quando massacraram a
guarda romana, e dois meses depois ─ segundo Flávio Josefo ─, o governador romano
da Síria na época, Céstio Galo marchou contra Jerusalém para vingar o ultraje
sofrido pelo Império e tendo também sofrido derrota frente aos judeus... Não
seria preciso mais nada para motivar Nero ordenar guerra contra a Judéia.
28
Você
que gosta e pratica o vício bobo chamado: “trazer para os dias de hoje”, bobo
sim, porque ser correto é obrigação de todos os seres humanos sem ser preciso
aqueles exemplozinhos piegas de consumo alienante; mas, vá lá! É ou não
assim como Esdras fez: que muitos de nós agimos no nosso racismo de hoje,
quando nos julgamos senhores de todas as coisas e não precisamos da ajuda dos
outros ─
porquanto quem tem que aparecer somos nós. Some-se a isto a atitude
hostil dele contra àqueles que casaram com mulheres gentias, que embora a Lei
Mosaica proibisse tal casamento (Deuteronômio 7.
3-4), entretanto, não obrigava o abandono da mulher e seus filhos (com
sangue judeu) depois do fato acontecido, e ainda este outro texto conflita com
o anterior, do mesmo Deuteronômio 21. 10-13
─ Quando saíres à peleja contra os teus inimigos, e o Senhor teu Deus os
entregar nas tuas mãos, e o levares cativo, e se vires entre os cativos uma
mulher formosa à vista e, afeiçoando-te a ela, quiseres tomá-la por mulher,
então a trarás para tua casa; e ela, tendo rapado a cabeça, cortado as unhas, e
despido as vestes do seu cativeiro, ficará na tua casa, e chorará a seu pai e a
sua mãe um mês inteiro; depois disso estarás com ela, e serás seu marido e
ela será tua mulher. Parece que Esdras e Neemias ─ pelos seus radicalismos, ainda que sincero no amor a Deus ─,
não tinham o exato entendimento da proibição dos casamentos com gentias, que
era pela possível influência religiosa dessas; que no caso dos casamentos com
filhos já existentes, não tiveram sensibilidade para analisar aquele fato novo
e diferente (nos quais casos) deveria ele procurar saber em que casamentos
ditos ilegais as mulheres perverteram seus maridos; não fez assim, e de forma
impensada determinou aos maridos mandar suas mulheres e filhos embora;
acontecendo com isto, sério erro por parte deles, também; inclusive, eles não
consideraram o texto acima, no que, seria possível haver dentre os casamentos
desfeitos por esta ação deles, existir algum como o caso acima, e até dentre aqueles
que se entendiam como judeus puros poderiam possivelmente existir judeus
miscigenados descendentes Salomão e de judeus posteriores a ele; no longo
período em que não houve a séria preocupação com esse tipo de união; e quem
teria condições e coragem ─ naquele momento grave para o povo de Israel ─, de
se insurgir contra os grandes líderes Esdras e Neemias, concitando-os ao bom
senso?
29
Posteriormente, em ações militares desde
(num curto espaço de tempo) 334 a.C. a 326 a.C. se consolidou a hegemonia
Greco-macedônia (fim do Império Medo-persa),
conforme a profecia de Daniel 8. 7-8, e logo
em seguida, no ano 323 a.C. Alexandre o Grande (aos 33 anos de idade) morreu,
conforme as profecias de Daniel 8. 8 e Daniel
11. 4, que não tendo ele
herdeiro, o seu reino foi dividido em quatro reinos; com a proeminência dos
Ptolomeus em Alexandria e os Seleucidas em Antioquia, conforme Daniel 8. 9-27 e Daniel
11. 5-45... Enfoquei o período Greco-macedônio, não por ser
imprescindível a esse Estudo, mas para chamar a atenção sobre algo que se
pratica nos Seminários e é usado por muitos que ensinam e escrevem sobre o
Antigo Testamento; que é identificar os reinos de Judá e o de Israel, como
reino do Sul e reino do Norte (usando as posições geográficas). Isso se
constitui num erro didático muito sério, pois reino do Sul na Bíblia é chamado
de Judá ou Jerusalém e reino do Norte de Israel ou Samaria. Do outro modo,
na mesma Bíblia, o reino Ptolomeu é chamado do Sul e o Selêucida do Norte, ver
os profetas, livros dos reis e os das crônicas ─ sendo essa a terceira vez que
falo sobre isso de maneira intencional... O bom senso a favor da pedagogia
correta determina esse procedimento ser revisto. Ainda sobre esse período, há
que se ressaltar o que está em Daniel 8. 11-14 e Daniel 11. 31-34, que se refere ao período da
revolta dos Macabeus em 168 a. C. a 165 a. C.
30
Todos os eventos, desde a ordem para a
restauração do Estado Judaico em 458 a.C. estão dentro semanas do Messias (o
ungido) Daniel 9. 20-27, como já foi
mostrado com detalhes essa dependência cristocêntrica, não só deste, mas de
todos os eventos do Antigo Testamento; que sem esse apontar para a redenção da
humanidade em Jesus é e será tão-somente mais um relato histórico de um
determinado povo, os judeus.
31
Usei As
Setenta Semanas do Ungido ─ que já é do domínio de todos o ter se
cumprido, para provar que a metodologia de cálculo no livro de Daniel e no
Apocalipse é a de um dia igual a um ano... Porque essa profecia na sua redação
informa ser o período de setenta semanas ou 490 dias, que se cumpriram em 490
anos ─ ressalvando o que defendem os do Pré
e Pós-milenistas, que dizem terem se
cumprido somente 483 anos ─; sendo essa
idéia de menos sete anos sem nenhuma construção bíblica e histórica racional, e
do ponto de vista da Hermenêutica é absurdo, pois as duas datas documentais
(ordem, decreto) são: A de Ciro; ordem para a volta dos judeus e reedificação
do templo em 536 a.C., que somados aos 30 anos até a crucificação seriam 566
anos, não tendo nada a ver com 483 anos ou até 490 anos. A outra data ou ordem
de Artaxerxes I, o Longimano, para a restauração do Estado Judaico em 458 a.C.;
sendo essa data a que realmente marca o início da contagem das setenta semanas
do ungido, cuja soma com os trinta anos até a crucificação do Senhor Jesus,
seria de 488 anos, que num pequeno erro de um ano no a.C. levaria essa soma
para exatamente 490 anos. Entretanto, seria preciso um erro muito grande para
levar essa soma para 483 anos, com o problema que já expliquei de maneira
detalhada no Preâmbulo... Há que se
considerar ainda, que no versículo 27 do capitulo 9 (última das setenta
semanas) não se fez menção alguma sobre o fim ou o juízo final enfim, nada,
absolutamente nada, que relacione esse texto ao período do chamado anticristo e a Grade Tribulação, desse mirabolante entendimento escatológico ;
diferentemente os versículos 26 e 27 do capítulo sete informam com clareza a
implantação definitiva do reino do Senhor Jesus
─ a sua vinda.
32
A
síntese que fiz na trajetória desses acontecimentos bíblicos históricos tem
como objetivo mostrar a improcedência e infantilidade da Idéia de considerar a
profecia das setenta semanas do ungido como parcialmente cumprida (somente 483
anos e não 490 anos); a qual conclusão remeteria sete anos para o pós-arrebatamento
de não sei quando, numa aritmética mirabolante ─ o chamado período da
tribulação do anticristo grandão.
AS DUAS MIL E TREZENTAS TARDES E MANHÃS
33
Fala-se muito sobre a Grande Tribulação, que segundo esses, virá após o arrebatamento da Igreja,
fundamentando-a nos registros de Mateus 24. 15, Marcos 13. 14 e Lucas 21.
20-24, erradamente titulada nas Bíblias de a
Grande Tribulação, que diferentemente, é a Abominação da Desolação, que definitivamente fez cessar o
holocausto contínuo; dessa fala do Senhor Jesus, conforme a profecia de Daniel 11.31-33, que tem seu seguimento nos 1290 dias da profecia de Daniel 12. 11.
E que teve a mesma característica da profecia de Daniel
8. 11-14 ─ (...) Depois ouvi um
santo que falava; e disse a outro santo àquele que falava: Até quando durará a
visão relativamente ao holocausto contínuo e à transgressão assoladora, e à
entrega do santuário e do exército, para serem pisados? Ele me respondeu: Até
duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado. Quanto ao Holocausto Contínuo que fora retirado em 15 de dezembro de 168
a.C. (quando o altar do templo foi profanado com o sacrifício de um porco) e
posteriormente restabelecido em 25 de dezembro de 165 a.C. (quando foi
purificado pelos Macabeus), que detalho de maneira pormenorizada no seguimento.
A Retirada do Holocausto Contínuo e a Abominação da Desolação, como os
outros eventos que estou citando como parte da regra de Simetria de Sistematização são de fato duas, cuja segunda expliquei
no livro Ceia, sim! Cruz, não! ter acontecido; não quando o exército romano conseguiu entrar
em Jerusalém, invadir e destruir o templo, e sim anteriormente quando da
insurreição dos Zelotes e Sicários, que foram os que profanaram o templo,
quando promoveram mortes em suas dependências e o usaram como quartel, na luta
contra os romanos, sendo que isto se deu a partir do ano 66, quando as
advertências contidas no Evangelho de Lucas, quanto ao fugir de Jerusalém ainda
era plenamente possível, pois o cerco efetivo começou em 67, com a posterior
tomada e destruição no ano 70... Sendo esse evento a literal Abominação Desoladora de Daniel 11. 31-33, que foi o segundo acontecimento
que fez cessar o holocausto contínuo (o sacrifício de animais no templo) como o
primeiro das 2300 tardes e manhãs de Daniel 8.
11-14.
34
Essa verdade sobre a duplicidade de
eventos ou reiteração de informações, como estou demonstrando ser regra de
autenticação e o demonstrar de Deus de como Ele comanda a história; já fora
usada de outra forma, segundo nos explica Harald Schaly no seu pequeno “grande
livro”, Breve História da Escatologia cristã; que trata como
especulação o dito por Hal Lindsey no seu livro A Agonia do Grande Planeta
Terra e na Bíblia de estudos de Scofield; que se alinham com a
visão Dispensacionalista, quando
trazem para ou mesclam com o Pré-milenismo,
a Abominação Desoladora com o nome de
Grande Tribulação e dizem que ela se
iniciará imediatamente ao arrebatamento. E será aquela; que estaria ainda hoje
por acontecer, a segunda profanação do templo, segundo eles; e que também
precisa que sejam demolidas as mesquitas islâmicas, O Domo da Rocha e a de El-Aqsa;
para que seja construído o novo templo que o anticristo profanará; que se fosse
verdade essa especulação; seriam três as profanações. Porquanto duas (e foram
somente essas) já aconteceram ou cumpriram-se. Quando concordo com Schaly sobre
a improcedência dessa especulação é porque, de fato e decididamente a destruição
de Jerusalém está identificada no texto bíblico como a Abominação da Desolação da profecia de Daniel, cuja conexão é
claramente comprovada com a profanação que gerou a revolta dos Macabeus (a
primeira), como vou detalhar a seguir, todavia, a especulação de duas grandes tribulações, é no caso de Lindsey e Scofield especulação e erro por
estarem a partir de eventos e fatos errados, entretanto de fato já aconteceram
duas Abominações da Desolação e duas grades tribulações, conseqüentemente a
visão escatológica Pré-milenismo
Dispensacionalista Tribulacionista é fantasiosa, anacrônica e sem a mínima
comprovação bíblica e também sem base na evolução histórica do cumprimento das
profecias.
35
A primeira abominação se deu antes da Revolta dos Macabeus, no dia 15 de dezembro, o nono mês, o quisleu (conforme I Macabeus 1.54) de 168 a.C., cujo motivo
principal fora a profanação do templo a mando de Antíoco Epifanes (em
sacrificar um porco no altar). Em 25 de dezembro, também nono mês, o quisleu, conforme I Macabeus 4. 52-54 de 165 a.C. (quando o altar
foi purificado), quando se consolidou o cumprimento da profecia de Daniel 8. 11-14 ─ as
2300 tardes e manhãs, ou os três anos e dez dias de tempo de duração, da
profanação até purificação do templo, que foi usada pelos Adventistas, para determinarem que a volta do Senhor Jesus se daria
em 1844...
36
Quanto às 2300 tardes e manhãs usada
pelos Adventistas com o pressuposto
de corresponderem a 2300 anos; decididamente não há base bíblica para que
conclua assim, tanto que não se mostrou certa essa especulação... Como já
detalhei no meu livro Ceia, sim! Cruz,
não!, ─ que tenho citado
ostensivamente. Os números grafados como dias, nos livros de Daniel e
Apocalipse, de fato referem-se há anos; porquanto a profecia dos 490 dias do
Ungido (as setenta semanas) se cumpriu em 490 anos para a maioria dos
estudiosos bíblicos ─ exceto os tribulacionalistas, pós
e pré, que penduraram uma semana das
setenta no tempo, a partir do inconseqüente e para “não sabem quando”;
diferentemente do que os Adventistas disseram; tardes e manhãs têm a
ver com parte ou fração do dia e não do inteiro “dia”; e ainda se eles tivessem
procurado elucidar a questão fração do dia, que de fato tem que ser feito para
se interpretar esse texto, restaria que não há compatibilidade entre terdes e
manhãs e dias como sendo anos, como o são em outros textos de Daniel e também
de Apocalipse; e de igual modo, todo o contexto das informações proféticas do
capítulo 8 e 11 do livro de Daniel, está efetivamente ligado a queda Império Medo-Persa e a ascensão do Império Grego Macedônio com Alexandre, o Grande como imperador; que
após a sua morte, o seu império foi dividido em quatro, conforme Daniel 11.
3-4, que caminhou na proeminência de dois deles por intermédio dos descendentes
do general Ptolomeu, o reino do Sul e do general Seleuco, o
reino do Norte, de quem o profanador Antíoco Epifanes descendeu.
37
O que se sabe sobre as duas mil e
trezentas tardes e manhãs, é que no período do Antigo Testamento para o
dia ─
parte da claridade do sol ou efetivo dia, se considerava: das seis horas
às dez horas, como manhã; das dez horas às catorze horas, como calor do dia;
das catorze horas às dezoito horas ou a efetiva tarde como o frescor do dia
(das seis às 18 horas ou um total de 12 horas)... De forma mais precisa e
detalhada: Manhã, de 6 às 10 horas; calor do dia, de 10 às 14 horas; frescor do dia, de 14 às 18 horas; primeira
vigília da noite, de 18 às até meia noite (24 ou zero hora); segunda vigília da
noite, de meia noite às três horas e a terceira vigília, de 3 às seis horas.
Do que se constata ser tardes e manhãs um período do dia e não o seu todo. Daí,
duas mil e trezentas tardes e manhãs corresponderem exatamente a tardes e
manhãs vezes 2300, ou de fato 12 horas vezes 2300 ou 27.600 horas ou ainda 1150
dias ou finalmente três anos e dez dias, ou o período que correspondeu a 15 de
dezembro de 168 a. C. a 25 de dezembro de 165 a. C...
38
Voltando às principais informações
anteriores: No dia 15 de dezembro (quisleu)
de 168 a.C. foi construído um altar pagão sobre o lugar do altar do Deus de
Israel; já tendo antes havido violência e perseguição contra o povo judeu, a
mando de Antíoco; depois da profanação, essa perseguição tendo aumentado,
motiva a revolta que ficou conhecida na história como a Revolta dos Macabeus, que começa na liderança de Mathias (o primeiro dos Macabeus), que morre no ano seguinte, assumindo o
seu filho Judas Macabeu, que
através de vitórias sobre o invasor...
No dia 25 de dezembro (o quisleu) de 165 a.C., o templo e o altar
são purificados. Se estivemos
acompanhando a avaliação dos números e datas registradas até agora,
fatalmente percebemos que da data da profanação até a data da purificação do
santuário, como é dito na profecia de Daniel 8. 14 se passaram três anos e
dez dias ou as 2300 tardes e manhãs dessa profecia de Daniel.
39
O
que tenho ponderado prova de maneira contundente, com base histórica e não
especulação, que na profecia de Daniel 8. 11-14
das 2300 tardes e manhãs se cumpriu integralmente no período da Revolta dos Macabeus; tanto que, novamente em todo o capítulo onze é
descrita toda a evolução dos reinos do Norte
─ Sírio, Seleucidas e do Sul ─
Egípcio, dos Ptolomeus, cuja dinastia egípcia voltou
naquele período, e terminou em Cleópatra, sendo novamente feita a referencia
quanto à profanação do templo, que esta em Daniel
11. 31, com a característica de fazer cessar o holocausto contínuo, como
a do texto de Daniel 11. 31-33, quando o
Senhor Jesus advertiu quanto a essa Abominação
Desoladora citando o livro de Daniel, e identifica esse evento da
profanação como sendo o da destruição de Jerusalém que aconteceu no ano
setenta. A regra dos dois eventos ou citações, aqui mais uma vez se prova no texto
sagrado... Objetivamente a denominação correta para os reinos dos Ptolomeus e dos Seleucidas é a grafada
acima, porquanto, não cabe decididamente chamar os reinos de Judá e o de
Israel, de do Sul e do Norte; que
embora do ponto de vista geográfico seja correto, e sim de Judá ou Jerusalém e
Israel ou Samaria, porque é assim que a bíblia os chama e é o que convêm à
didática... Ainda com relação à Abominação
Desoladora, que erradamente está titulada pelo tradutor, como a Grande Tribulação, conforme Mateus 24.
15-22, Marcos 13. 14-20 e Lucas 21. 20-24, não sendo parte efetiva do texto
bíblico, cujo relato identifica plenamente esse evento com a destruição de
Jerusalém, que como vou explicar mais à frente. Os relatos de Lucas são mais
claros e objetivos em função da sua fonte de informação ser de várias
testemunhas oculares.
40
Os três endereços acima sobre a Abominação Desoladora de Daniel 11. 31-33 ─ reiterando, que estão
erradamente titulados nas Bíblias como a Grande
Tribulação; têm nos seus relatos a objetiva identificação com a Abominação Desoladora profetizada por
Daniel, que estão nos primeiros versículos dos relatos; em Mateus 24. 15 e
Marcos 13. 14 e no de Lucas 21. 20 ─
como já ponderei, em sua maneira de relatar identifica essa fala do Senhor
Jesus como sendo a Abominação, algo
que aconteceria na sua segunda vez, e para nós já acontecido exatamente dentro
do evento da destruição de Jerusalém. Esse erro da identificação e intitulação
dado a esses textos que os editores têm erradamente identificado como a chamada Grande Tribulação, que na realidade são
duas como vou demonstrar e também de não terem relação direta com esses textos;
começou com a Escatologia Pós-nicena
(que em Agostinho se tornou Pós-milenista)
se perpetuando ─ com expectativas para
1000, 1030 e 1034, até o ano 1034, quando posteriormente deu lugar à chamada
Escatologia da Reforma, que previu a volta de Jesus em 3 de julho de 1525.
41
Aproveito
para informar novamente que todo estudo ou avaliação sobre Escatologia não pode
ser feito a partir
dos Evangelhos, embora o Senhor Jesus no final do seu ministério responda sobre
isto, porquanto os livros específicos sobre esse assunto são os livros de
Daniel e o de Apocalipse, que traçam roteiro, dão datas, estabelecem parâmetros
e identificam, de alguma forma, os eventos, atores, tempo de duração e
ordenação cronológica... Também considere que o livro de Daniel é o que mostra
toda a evolução paulatina dos eventos escatológicos (roteiro) até o fim, que
são completados no Apocalipse; sendo que as informações sobre o fim, contidas
nos Evangelhos; para serem usadas, devem ser harmonizadas com as seqüências dos
fatos descritos em Daniel e Apocalipse, que são a base cronológica da
escatologia ─ inclusive com períodos parametrizados numericamente com nossas
unidades de contagem de tempo para a formatação de todas as informações
bíblicas sobre esses assuntos.
42
Quanto
ao que vários ditos eruditos e historiadores dizem sobre o livro de Daniel, em
relação a sua historicidade, data e profecias. Considere primeiramente a
associação que tenho feito dos textos desse livro com fatos históricos ou
efetivamente a interpretação dessas profecias, considere também que as ditas
restrições que são feitas ao livro de Daniel estão a partir de interpretações
daqueles que apresentam essas objeções, porquanto, eu não conheço nenhuma
interpretação que veja no livro de Daniel o efetivo roteiro de todo o plano de
Deus para a humanidade, ou, pelo contrário, vemos nos eruditos uma leitura da
história versus profecias, semelhante
ao lema Fisiocrata do século XVIII ─ “Laissez
faire, laissez passer”, quando diferentemente é fato, que Deus tem total
controle da história e das profecias, e as informou em uma espécie de roteiro
através de Daniel... Daí sugerir que quanto às restrições feitas pelos eruditos
historiadores ao livro de Daniel, seja lido o livro de Josh McDowell, Profecia: Fato ou Ficção e quanto à
interpretação de profecias, o meu livro Ceia,
sim! Cruz, não!. Também considerem as sucessivas depredações e destruição
da biblioteca de Alexandria no Egito, em 47-48 a.C. (período de Júlio César),
284-305 (período de Diocleciano) e 646 (hegemonia dos árabes) quando se perdeu
pelo fogo grande parte do maior acervo da história antiga; que certamente
melhor explicaria muitas questões que discutimos hoje de maneira não bem
aprofundada, sem considerar que embora essa perda irreparável tenha acontecido;
a Hermenêutica pode em muito nos ajudar quanto ao melhor resgate dessa
história.
PEQUENO RETROSPECTO
43
O livro de Daniel, que é o roteiro de
todo o plano de Deus para a redenção da humanidade. Estabelece como base de
roteirizarão (evolução) histórica, somente quatro hegemonias políticas (quatro
macro-poderes, impérios), interpretação esta que já existia no início da era
cristã: a chamada quarta filosofia,
que foi o principal referencial da insurreição contra Roma que resultou na
destruição de Jerusalém no ano 70, as quais proeminências políticas foram: O segundo
Império Babilônico (612 ─ 539 a. C.), o Império Medo-persa (539 ─ 331 a. C.), o
Império Greco-macedônio (331 ─ 27 a.C.) e o Império Romano, cuja influência
política e militar preponderante começou em 127 a. C. e se consolidou como
Império em 27 a. C., com Otávio Augusto como imperador, coisas essas que estão
didaticamente informadas em Daniel 2. 1-49 (a estátua) e Daniel 7. 1-8 e 15-28
(os quatro animais simbólicos)... Todo esse período contempla a profecia, As Setenta Semanas do Ungido (Messias), Daniel 9. 20-27 (603 ─ 534 a. C.); que tem dentro
de si o Império Medo-persa (539 ─ 331 a. C.) em cujo período estão os relatos
de Esdras, Ester, Neemias, e os profetas Zacarias e Ageu, nos quais se tem a
informação do fim do cativeiro babilônico (decreto de Ciro, 536 a. C.), que
somado aos 70 anos, se conclui a data do início do cativeiro (606 a. C.);
depois o início da contagem das setenta semanas do Messias (no decreto de
Artaxerxes I, o Longimano em 458 a. C). E no período Greco-macedônio (331 ─ 27
a. C.) se cumpriu a profecia das 2300 tardes e manhãs, que foi a profanação e
purificação do templo por Antíoco Epifanes... Por mais esse motivo o templo
tinha que ser reconstruído... Tudo que é relevante no Antigo Testamento tem a
sua principal função cristocêntrica; o que se fizer e entender diferente disso
são infantilidade teológica, ou então má fé contra o Evangelho para ganhar
dinheiro.
44
Duas coisas muitíssimo importantes
analisarei agora, as quais são: assim como afirmo a improcedência da
canonização dos livros de Esdras, Ester e Neemias condenando isto de maneira
veemente ─ e aqui vou, como que inaugurar de maneira comprobatória ─, a defesa
da canonicidade do livro de Enoch: com endereços abaixo em vermelho e textos do
livro em azul; também mostrar aqui a importância cristocêntrica da Festa das
Primícias, cuja importância alegórica não está sendo identificada pelos
Teólogos e Seminários, justamente pela força do idioma grego que a nominou no
Novo Testamento pelo seu período de cinqüenta dias em seu término qüinquagésimo,
que em grego corresponde a Pentecoste (grego, Пεντηκοστή), conforme vou
explicar mais à frente.
45
É
do conhecimento de todos que estudam a Bíblia com profundidade a fácil
identificação dos textos mais evidentes da citação do livro de Enoch no Antigo
Testamento: Gênesis 6. 1-22 e outros textos listados abaixo; também no Novo
Testamento: Mateus 23. 35, Lucas 11. 51, Hebreus 12. 22 e 24, II Pedro 2. 4
Judas 1. 6 e 14 - 15... Sendo, ao meu juízo, a informação mais importante, a
da profecia do ministério do Senhor Jesus e sua preexistência junto ao Pai,
conforme Enoch que tem profecias claras sobre o Senhor Jesus, que nos faz
entender, inclusive, o porquê Jesus é chamado de Filho do homem 54 vezes; em
registros nos evangelhos, nos quais o Senhor Jesus afirmou de maneira
sistemática, que também Ele era o Filho do homem, na sua condição eventual
humana; que Mateus registrou dezessete (17) vezes, Marcos citou onze (11)
vezes, Lucas transcreveu dezessete (17) vezes, e João colocou nos seus relatos
que o Senhor Jesus o fizera nove (9) vezes ─ que são repetições, tornando-as
com as mesma equivalência das de Enoch ─, que em Enoch aconteceu quinze vezes:
a partir de Enoch 44. 1-4 ─ Lá, vi o Ancião de dias cuja cabeça estava
como que coberta de lã branca e com ele, outro, que tinha a figura de um homem.
Esta figura era de plena graça, como a de um dos santos anjos. Então
interroguei a um dos anjos que estava comigo e que me explicou todos os
mistérios relativos ao Filho do homem. Perguntei-lhe quem era ele, de
onde vinha e porque acompanhava o Ancião de dias. Respondeu-me nessas palavras:
Este é o Filho do homem a quem toda justiça se refere, com quem ele
habita, e que tem a chave de todos os tesouros ocultos; pois o Senhor dos
espíritos (Senhor da vida) o escolheu preferencialmente e deu-lhe glória acima de
todas as criaturas. Expulsará os reis de seus tronos e de seus reinos, porque
recusaram honrá-lo, de tornarem públicos seus louvores e de se humilharem
diante daquele a quem todo reino foi dado. Colocará tormentos na raça dos
poderosos; forçá-los-á a se curvarem diante dele. As trevas tornar-se-ão sua
morada e os vermes serão os companheiros de sua cama; nenhuma esperança para
eles de sair desse leito imundo, pois não consultaram o nome do Senhor dos espíritos (Senhor da vida). Também: Enoch 46. 2: de igual modo
o texto que relata a preexistência de Jesus, conforme Enoch
46. 3-4 ─ E antes que o sol e os astros fossem
criados, antes que as estrelas fossem formadas
no firmamento, invoca-se o nome do Filho do homem diante do Senhor
dos espíritos (Senhor da
vida).
Ele será o
bastão dos justos e dos santos, arrimar-se-ão nele e não serão abalados, ele
será a luz das nações. Ele será a esperança daqueles cujo coração estão
angustiados. Todos aqueles que habitam na terra prostar-se-ão diante dele e o
adorarão eles o celebrarão, louvá-lo-ão e cantarão os louvores do Senhor dos
espíritos (Senhor da vida). Assim o Misterioso foi engendrado, antes da criação do
mundo e sua existência não terá fim. Enoch
44. 1-3; 46. 2, 57. 11; 60. 6, 60. 7; 60. 13; 60. 17, 61. 10; 61. 15; 67. 38;
67. 40; 67. 41; 68. 1 e 69. 17... Agora textos menos evidentes ou os que
não têm sido identificados pelos ditos teólogos: Enoch
13. 22-24: Tem conexão com Isaías 6. 1 - 8; Enoch
45. 1-4: corresponde ao texto de Apocalipse 4. 1 - 11; Enoch 49. 4-5 Isaías 55. 12; Enoch
53. 1-3: citado em Gênesis 9. 8-17; Enoch 104.
13-15: Motivo ou causa do dilúvio, conforme o descrito no capítulo seis
(6) do livro de Gênesis; Enoch 100. 6 e 101. 4:
Conexão direta com o Salmo 73 de Asafe. Enoch 92. 7 e
94. 4: Conexão clara com os ensinamentos do Senhor Jesus em Mateus 19.
23-4, Marcos 10. 23-25, Lucas 6. 24-26 e I Timóteo 6. 9-10... Além do livro de
Enoch ser o texto teológico que informa a origem e início do inferno (Enoch 20. 4-6), também nele constar as primeiras informações
sobre o Senhor Jesus e seu ministério (Enoch 46. 2-4),
há nele (o livro de Enoch) o pleno seqüenciamento de todo plano de Deus para a
humanidade, isto fartamente contextualizado em sistemáticas citações por
escritores do Antigo e Novo Testamento; o que torna estranho e lamentável
ele não constar do Canon do Antigo Testamento; em contraposição ─ ao meu
juízo ─, os livros de Ester, Esdras e Neemias, cujo valor teológico é nulo e
até prejudicial ou efetivamente não recebeu atenção e valoração por parte do
Senhor Jesus e de seus discípulos; que em sua falta de relevância histórica (os
fatos como nele estão relatados) identifica e valida plenamente esse meu mal
estar quanto ao seu dito valor teológico. No qual mostro de maneira objetiva o
desastre teológico feito; principalmente, por Esdras e Neemias no
encaminhamento político às suas épocas que contaminou o relacionamento humano entre
os judeus até o início da era cristã; e continua fazendo hoje a toda raça
humana na valoração e interpretação que lhes é dada pelos ditos teólogos no
decorrer da história da Igreja, conforme o seguimento do Estudo.
OS DOIS JUBILEUS
46
A palavra de Deus, fala de dois
Jubileus (os Pentecostes), que no idioma grego significa qüinquagésimo... No
texto sagrado, têm-se o registro, no livro Levítico 25. 8-55, da lei sobre o
Jubileu dos cinqüenta anos ou das sete semanas de anos (quarenta e nove anos) e
mais um ano, quando neste ano, o qüinquagésimo, se completaria os cinqüenta
anos do Jubileu; fora determinada por Deus uma série de benefícios a quem
comprou ou vendeu uma propriedade, a oportunidade de tornar livres aqueles que
eram escravos, e também a ordem de dar descanso a terra neste ano, o que
completava o Jubileu: quando todos comeriam no ano seguinte, daquilo que a
terra produzisse espontaneamente, sendo esse direito também dado aos
estrangeiros, pobres e escravos que estivessem junto com os judeus...
47
O texto que informa tudo sobre essa lei
é o de Levítico 25. 8-55 (quase todo o capítulo), entretanto, por ser o texto
muito extenso, reproduzirei tão-somente os versículos de vinte (20) a vinte e
dois (22), que achamos muito interessantes, Levítico 25. 20-22 ─ Se disserdes: Que comeremos no sétimo ano,
visto que não havemos de semear nem fazer a nossa colheita? então mandarei
minha bênção sob vos no sexto ano, e a terra produzirá fruto bastante para
os três anos. No oitavo ano semeareis, e
comereis da colheita velha; até o ano nono, até que venha a colheita nova,
comereis da velha. Nesse texto, como no caso de parágrafos de qualquer uma
lei é também de uma lei, todavia espiritual, porquanto o Senhor chama a atenção
para pontos importantes a serem observados; e é aqui, de forma específica, com
relação aos sete períodos dos sete anos sabáticos; esse texto também mostra de
maneira objetiva o que tenho insistido veementemente, que é a interligação de
fatos e profecias e vários ensinamentos que se complementam entre os escritores
de toda a Bíblia, quando poderíamos ligar literalmente esse texto ao profeta
Habacuque 2. 4, e ao Novo Testamento, numa citação a Habacuque feita em Hebreus
10. 37-38 ─ Pois ainda em bem pouco
tempo aquele que há de vir virá, e não tardará. Mas o meu justo viverá da fé;
e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. De igual modo podemos
associar literalmente ao que o Senhor Jesus fala sobre a solicitude pela vida,
conforme o Evangelho de Mateus 6. 25-33
─ Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à sua vida, pelo que
haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo
que haveis de vestir. Não é a vida mais que o alimento, e o corpo mais do que o
vestuário? Olhai para as aves do céu,
que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as
alimenta. Não valeis vos muito mais do
que elas? Ora, qual de vos, por mais
ansioso quem esteja, pode acrescentar um côvado a sua estatura? E pelo que haveis de vestir, porque andais
ansiosos? Olhai para os lírios do campo,
como crescem; não trabalham e não fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão
em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva
do campo, que hoje existe e amanhã é lançado no forno, quanto mais vós, homens
de pouca fé? Portanto, não vos
inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? Ou: Que havemos de beber? ou: Com
que nos havemos de vestir? (Pois a todas
essas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que
precisais de tudo isso. Mas buscai
primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisa vos serão
acrescentadas.
48
Reiterando, o
que acontece com relação a essa lei do Jubileu ou os cinqüenta anos, que
poderia ser também chamada de Pentecostes, pois pentecostes no grego significa
qüinquagésimo; porquanto, de fato essa lei são os sete períodos de seis anos e
mais o ano de descanso da terra (ano sabático), Levítico 25. 1-7 ─ Disse
mais o Senhor a Moisés no monte Sinai: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes:
Quando tiveres entrado na terra que eu vos dou, a terra guardará um sábado ao
Senhor. Seis anos semearas a tua terra, e seis anos podaras a tua vinha, e
colheras os seus frutos; mas no sétimo ano haverá sábado de descanso solene da
terra, um sábado ao Senhor; não semearás o teu campo, nem podarás a tua vinha.
O que nascer de si mesmo da tua sega não segarás, e as uvas da tua vide não
tratada não vindimarás; ano de descanso solene será para a terra. Mas os frutos
do sábado da terra vos serão por alimento, a ti, e ao teu servo, e a tua serva,
e ao teu jornaleiro, e ao estrangeiro que peregrina contigo. E ao teu gado, e aos animais que estão na tua
terra; todo seu produto será por vosso mantimento... Depois de ler esses textos do livro de Levítico, sobre o sábado da
terra, creio que a minha afirmação anterior de inferir isso com a fé e a certa
provisão de Deus para os que colocam o reino Dele em primeiro lugar é uma coisa
automática e perfeita; inclusive como uma alegoria da dependência e da fé que
devemos ter em relação ao Pai. Agora multiplicando por sete, esses sete anos
sabáticos, teremos quarenta e nove anos, e o ano seguinte, o do Jubileu ou o
qüinquagésimo, são relacionados uma série de benefícios conforme o texto dessa
lei em Levítico 25. 8-55: quase todo o capítulo vinte e cinco, reiterando mais
uma vez... Isto, a objetiva não tradução do substantivo sábado (que é
literalmente: cessar, descansar) ensejou a nada inteligente sacralização do
dia indevidamente chamado sábado, que, reiterando, corresponde exatamente a
descanso, inclusive aqui, o descanso da terra pelo espaço de tempo de um ano e
não um dia... Falta aos que não traduzem esse substantivo (o sábado) e o
sacralizam: inteligência e maturidade teológica.
49
Quanto a este jubileu (o de
cinqüenta anos) não se tem, com relação a essa lei informações da sua prática
por parte do povo judeu, senão algumas referências quanto à questão em Ezequiel
7. 12-13, Ezequiel 46. 16-18 e Neemias 5. 1-9; quando, no texto de Neemias,
fica de certa forma evidente que essa lei fora colocada de lado ou praticamente
não levada em conta pelos judeus ─ basicamente a única coisa útil que se pode
tirar desse período (Zorobabel, Esdras, Ester e Neemias), conforme vou citar no
seguimento ─; em função dos benefícios que os ricos teriam que dar aos mais
pobres ou pelo menos não espoliá-los como sistematicamente faziam.
50
A outra lei ─ a Festa das Primícias, que é o Pentecostes do Novo Testamento, está
em Levítico 23. 9-22, que por o texto ser também extenso, vou reproduzir
somente os versículos 15, 16, e 22 ─ (...)
Contareis para vos, desde o dia depois do sábado, isto é, desde o dia em que
houverdes trazido o molho da oferta de movimento, sete semanas inteiras; até
o dia seguinte ao sétimo Sábado (o dia hoje, chamado domingo), contareis cinqüenta dias; então
oferecereis nova oferta de cereais ao Senhor. (...) Quando fizerdes a sega da
tua terra, não segarás totalmente os cantos do teu campo, nem colherás as
espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu
sou o Senhor vosso Deus. Esse texto é o da Festa das Primícias, ou a festa dos cinqüenta dias, ou
qüinquagésimo, que no grego é Pentecostes ou exatamente o qüinquagésimo dia
quando se cumpre a profecia de Joel 2. 28 nos relatos de Atos 2. 1-13, alegoria
perfeitamente cristocêntrica e sine qua
non com componente neotestamentário.
51
Assim como a Páscoa representa a saída do povo judeu da terra do Egito, na sua
parte quanto aos pães ázimos e as ervas amargas; o cordeiro ou o cabrito
(alusão a Redenção em Jesus), cujos ossos não deveriam ser quebrados, representaram
a crucificação do Senhor Jesus... De igual modo a Festa das Primícias ou das sete semanas de dias, mais um dia,
chamada de Pentecostes no Novo Testamento, foi a mostra alegórica do efetivo início
do ministério do Espírito Santo.
52
Há algo muito
interessante a considerar sobre essa festa; que tendo sido instituída no
caminho de vinda do Egito na peregrinação para a Judéia, a terra prometida, ela
tem a característica básica de estar relacionada com a colheita (estações do
ano), e em conseqüência o clima da região. Reiterando, teve-se na saída do
Egito a instituição da Páscoa, Êxodo
12. 1-28 ─ (...) ─ (versículo 3) Falai a toda congregação de Israel,
dizendo: Ao décimo dia desse mês (Abibe, Abril) tomará cada um para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um
cordeiro para cada família. (...) ─ (versículo 6) e o guardareis até o décimo quarto dia (14) deste mês; e toda a assembléia da congregação de Israel o matará à
tardinha. Tomarão o sangue, e pô-lo-ão em ambos os umbrais e na verga da porta,
nas casas em que o comerem. (...) ─ (versículo 25) Quando, pois, tiverdes entrado na terra que o Senhor vos dará, como tem
prometido, guardareis este culto. Em
seguida, algum tempo depois no Sinai, no meio do caminho entre o Egito e a
terra prometida, foi dada a lei da Festa
das Primícias (o Pentecostes), que teria a plena e imediata interligação
com o dia catorze do mês de Abibe (Abril, mês da Páscoa) ou mais precisamente:
muito tempo depois após o plantar e a conseqüente colheita, quando a primeira
festa foi celebrada ─ como aconteceu posteriormente (muito tempo depois) aos
três dias imediatamente após a crucificação de Jesus, o domingo da
ressurreição.
53
O que estou querendo mostrar, é que
a comemoração da Festa das Primícias,
que fora estabelecida como lei a ser observada muito depois da Páscoa, já na terra que foi conquistada,
que tinha como referencia a primeira colheita de cereais, haveria de ser
praticada após o povo de Israel entrar na terra prometida plantar e colher
cereais, Levítico 23. 9-10 ─ Disse
mais o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando
houverdes entrado na terra que eu vos dou, e segardes a sua sega, então
trareis ao sacerdote um molho das primícias da vossa sega; como costumamos
chamar os frutos temporãos ou “safrinha”, para o início da contagem dos
cinqüenta dias; sendo os seus referenciais: Os primeiros cereais amadurecidos,
e que a contagem começaria à partir do
dia imediatamente posterior ao sábado ou no primeiro dia da semana, hoje
chamado domingo.
54
Não vou dizer ─ misteriosamente,
porque, na realidade fora cronologicamente planejada por nosso Deus que assim
acontecesse; que foi a Festa das Primícias
vir se interligar de maneira surpreendente à comemoração da páscoa; embora no
passado parecesse não haver essa de fato interligação ─ até pelo fato elementar
de não terem ainda conquistado a terra onde plantariam e colheriam ─, e a sua plena necessidade. A
páscoa fora estabelecida no Egito com a saída do povo de Israel, e
posteriormente no Sinai foram estabelecidas várias leis, e dentre elas, a da Festa das Primícias. Essas duas leis,
como várias outras, que por todo o tempo foram entendidas com específicas
daqueles momentos da vida de povo judeu e sem nenhum vínculo uma com a outra,
no caso específico da Páscoa e a da
Festa das Primícias e a sua
alegoria referente à profecia de Joel 2. 28, e também várias outras que são, da
mesma forma alegoria de outros eventos bíblicos. O lamentável com relação a
essa constatação é que não se vê isto ser trabalhado de maneira intensa e
popular; senão acadêmica, embora o texto do Novo Testamento tenha essa
preocupação didática, principalmente na epístola aos Hebreus, que defendo ser o
plano de estudo da Bíblia que Deus ali colocou para que todos nós usássemos.
55
O Senhor Jesus ao ressuscitar, não
só no primeiro dia da semana, mas também de fato no primeiro dia do início da
contagem das sete semanas vezes sete e mais o qüinquagésimo dia o no grego
Pentecostes, que são os cinqüenta dias da Festa
das Primícias. Quando o primeiro dia, o dia imediatamente posterior ao
sábado, ou o primeiro dia da semana, hoje para nós com o nome de domingo, após
assim ter sido estabelecido por Constantino no concílio de Nicéia em
325 d.C.; mover-se-ia através do sacerdote, perante o altar do Senhor os molhos
de cereais desse início de sega (safra); havendo também o ritual com os
holocaustos e por fim no qüinquagésimo dia, que também era o primeiro dia da
semana, hoje domingo, se fazia novamente o ritual com cereais e holocaustos.
Reproduzirei o texto para melhor compreensão, Levítico 23. 10-16 ─ Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes:
Quando houverdes entrado na terra que eu vos dou, e segardes a sua sega, então
trareis ao sacerdote um molho das primícias da vossa sega; e ele moverá o molho
perante o Senhor, para que sejais aceito. No dia seguinte ao sábado o
sacerdote o moverá. E no dia em que
moverdes o molho, oferecereis um cordeiro sem defeito, de um ano, em holocausto
ao Senhor. Sua oferta de cereais será dois décimos de flor de farinha, amassada
com azeite, para oferta queimada em cheiro suave ao Senhor, e a sua oferta de
libação será de vinho, um quarto de him. E não comereis pão, nem trigo torrado,
nem espigas verdes, até aquele mesmo dia, em que trouxerdes a oferta do vosso
Deus; é estatuto perpétuo pelas vossas gerações, em todas as vossas
habitações. Contareis para vos, desde
o dia depois do sábado, isto é, desde o dia em que houverdes trazido o
molho da oferta de movimento, sete semanas inteiras; até o dia seguinte ao
sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de
cereais ao Senhor.
56
O que se
constata efetivamente, é que a Festa das
Primícias, no período do Antigo Testamento,
agora no Novo Testamento conhecida (chamada) como Pentecostes; foi a alegoria no
passado e naquele momento do início da Igreja, a materialização dessa fase
final do ministério: na ressurreição do Senhor Jesus e o início do ministério
do Espírito Santo, que deveriam acontecer exatamente num primeiro dia da semana
(o dia da sua ressurreição), que a partir do concílio de Nicéia em 325 ganhou o
nome de domingo, todavia, não deixou de ser o primeiro dia do início da
contagem dos cinqüenta dias; que terminariam exatamente em um primeiro dia da
semana (domingo), que foi o dia da descida do Espírito Santo ou o início do seu
efetivo ministério.
57
O interessante com relação a esta lei da
Festa das Primícias; é que por força da proeminência do idioma grego naquela
época sobre o hebraico (já basicamente abandonado) e o aramaico, também
outros idiomas; o Novo Testamento ter sido escrito em grego koiné, com
exceção do Evangelho de Mateus, que foi escrito no aramaico, mas que também depois
foi vertido para esse idioma; o jubileu de dias da Festa das Primícias foi
grafado no Novo Testamento no idioma grego a partir da idéia dos cinqüenta dias
nominado em seu qüinquagésimo que significa “Pentecostes” (grego, Пεντηκοστή);
com isto, para nós que não vivíamos naquela época e pouco estudamos sobre as
Escrituras ─ também porque os nossos estudiosos bíblicos não atentaram para
tornar isto popular, essa informação só é conseguida havendo estudo sério
desses assuntos ─ coisa que sei, porque resolvi estudar a Palavra de Deus com
mais profundidade e fazer pesquisas paralelas...
58
Como já fiz no preâmbulo e no primeiro capítulo me posicionando contra a
valorização exacerbada do grego na interpretação do texto bíblico ─ não contra
a busca da exata interpretação; como no caso aqui colocado por mim, mas sim,
radicalmente contra o doentio etimologismo inconseqüente ─, aproveitarei
mais essa oportunidade ensejada aqui nessa questão qüinquagésimo. O Pentecostes, dentro da visão de
etimologia; de fato não teria nada a ver com a Festa das Primícias ou
tão-somente quanto ao número de dias, porque buscando entender, ou efetivamente
analisando essa festa pelo nome que recebeu no Novo Testamento. Torna-se até
irônico isto aqui ─ dentro dessa improcedente idéia da valorização língua
original na busca do efetivo etimológico ─; porquanto dentro do entender essa
identificação qüinquagésimo, o fato da festa iniciar no primeiro dia da semana
e também da ressurreição e se completar no qüinquagésimo dia, o do início do
ministério do Espírito Santo, não é de fato exatamente isso. E sim o importantíssimo
primeiro dia da ressurreição do Senhor Jesus e ser a soma das sete semanas (49
dias), a qual tem no dia imediatamente posterior, também o primeiro da semana,
ou o início do ministério do Espírito Santo.
59
Entendendo
você, o que estou dizendo quanto à improcedência da exacerbada valorização do
original grego, deve ter percebido que entendermos o Pentecostes como cinqüenta
dias (o etimológico), também perceber-se-á que o cerne, o que realmente é
importante para o nosso entendimento do período dos cinqüenta dias da Festa das Primícias é diferente e
exatamente a seqüência das sete semanas, como de igual modo foi o jubileu da
também sete semanas de anos, e o ano de descanso da terra, cujo referencial foi
uma semana vezes sete e o fim no dia posterior a Festa das Primícias, os
sete anos vezes sete e o fim no ano posterior (o do jubileu), que não teve nada
a ver ou toda a grandeza do entendimento dessa importante alegoria, não se
identificou com a etimologia do simples nome, a palavra pentecostes.
60
A partir desse melhor entendimento,
nos é permitido visualizar a causa de chamar a Festa das Primícias de Pentecostes... Como estudamos anteriormente,
existem duas festas jubileu no Antigo Testamento: o jubileu de cinqüenta anos e
o de cinqüenta dias; no que o jubileu de cinqüenta anos fora desprezado pelos
judeus, pois decididamente não lhes interessava as obrigações advindas dessa
lei, não ficando de fato ligado às suas tradições e cultura, o que possibilitou
efetivamente chamar a Festa das Primícias de qüinquagésimo (grego,
Pentecostes), sem que houvesse a pergunta: Qual qüinquagésimo; o de cinqüenta
anos ou o de cinqüenta dias? Avaliar questões dessa maneira, se chama praticar
de fato a hermenêutica; que também possibilita poder entender que quando Paulo
diz que Jesus é “as Primícias dos que
dormem”, não se trata exercício de habilidade lingüística e sim, uma
afirmação literal, e a intrínseca ligação entre a ressurreição de Jesus e a Festa das Primícias...
61
No que, se conclui que a questão
relacionar a ressurreição do Senhor ao início da Festa das Primícias ─ sendo acima de tudo um fato ─, está em uma
alegoria basicamente literal ou a efetiva sistematização de que nada é aleatório
nas alegorias do Antigo Testamento, pois, reiterando, Paulo ao se referir à
ressurreição do Senhor Jesus, diz que ele é as “Primícias” dos que dormem, I Coríntios 15. 20 ─ Mas na
realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias
dos que dormem.
62
O que se pode
objetivar de maneira cristalina com relação à Festa das Primícias, é que ela é a alegoria da ressurreição do
Senhor Jesus; quanto ao primeiro dia da semana que é também o início da
contagem dos cinqüenta dias, a partir do domingo quando também foi também a
alegoria do cumprimento da promessa da vinda do Espírito Santo, registrada em
Joel 2. 28; que aconteceu exatamente no qüinquagésimo dia, também o primeiro
dia da semana ─ o último dos cinqüenta dias da Festa das Primícias, primeiro dia da semana, hoje chamado
domingo...
63
O Senhor Jesus ressuscitou num
domingo, a descida do Espírito Santo se deu num domingo; sendo isto uma base de
inferência; e notem com atenção o texto que fala da Festa das Primícias
conforme o registrado em Levítico 23. 21 ─ E
fareis proclamação nesse mesmo dia (domingo), pois tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; é
estatuto perpétuo em todas as vossas habitações pelas vossas gerações. Há
aqui uma clara alusão à mudança que aconteceria no dia de guarda, pois como
pode ser visto nesse texto; há a objetiva equivalência entre esses dias ─ o primeiro
dia da semana com o sábado quanto a tudo o que lhe era preceituado; sinalizando
claramente a transição para a era da graça
─, quando o que marcou o início das igrejas foi o Pentecostes: final da
contagem dos cinqüenta dias e início do ministério do Espírito Santo, que muda
o dia chamado sábado, que no nosso idioma deveria se chamado descanso,
para o primeiro dia da semana chamado de domingo no concílio de Nicéia em 325.
Quando disse acima que o Pentecostes marca o início das igrejas; notem o plural
e o minúsculo, é porque a Igreja que é transcendente e espiritual começou no
ministério de João Batista, conforme Mateus 3. 1-3. Vale à pena ler os meus
dois livros׃ Ceia,
sim! Cruz, não! e A
Noiva Aprovada por Ele, no qual é detalhado essa questão Igreja ─ a espiritual e transcendente, e as igrejas,
que são instituições existente e visíveis no mundo, como foi explicado nesses
meus livros anteriores que falam sobre esse assunto.
64
Oportunamente, quero deixar claro que
não sou defensor de heresias católicas romanas ─ nem as muitas ditas
evangélicas ─; tanto que em meus Estudos refuto a Doutrina da Trindade, que é
católica romana como também extrabíblica; por esse motivo vou ponderar um pouco
mais nessa direção para que não fique nenhuma dúvida.
65
Como já tenho trabalhado toda essa
questão relativa à Festa das Primícias,
que é o Pentecostes; quero crer que
chegamos à conclusão óbvia de que o Senhor Jesus ressuscitou no primeiro dia da
semana ou domingo, exatamente no dia do início da contagem dos cinqüenta dias
da Festa das Primícias; e no
qüinquagésimo (grego), Pentecostes ou o dia que aconteceu a vinda (começo do
seu ministério) do Espírito Santo; sendo esse dia, o domingo de guarda
obrigatória, segundo o texto de Levítico 23. 21...
66
Objetivamente temos que: O Senhor
Jesus ressuscitou num domingo; o Espírito Santo também começou o seu ministério
num domingo... O fato do primeiro dia da semana ter o nome de domingo, e a sua
guarda se tornada obrigatória a partir do concílio de Nicéia em 325 d.C., que
foi presidido pelo imperador Constantino, não invalida o texto
bíblico que o sanciona como esse referencial, e de maneira nenhuma o torna
heresia; quando eu seria o último a ser considerado suspeito em seguir nessa
direção e afirmação.
67
Estou dizendo isto, porque existem
denominações que defendem de maneira intransigente a guarda do sábado, usando o
argumento da legislação romana do concílio de Nicéia, quanto ao domingo, quando
dizem ser a guarda desse dia oriunda de uma lei pagã; a esses irmãos sugiro a
leitura do meu livro Ceia sim! Cruz não! Ainda, consideremos que a
profecia referente à Festa das Primícias
tem ou carrega dentro de si a alegoria de dois eventos da era da graça ─ a ressurreição e o início do ministério do
Espírito Santo. Que objetivamente se ajustam à regra que enunciei desde o preâmbulo sobre duas referencias, que na
Festa das Primícias a partir do
ministério de Jesus, são duas, dentro da visão de simetria de sistematização: A
ressurreição e a vinda do Espírito Santo
OBJETIVA AVALIAÇÃO DO LIVRO DE ESDRAS
68
Como
foi visto até agora, ou o que afirmei de forma veemente, fato é que os livros
de Esdras e Neemias não têm decididamente o valor teológico que lhes são
atribuídos pelos teólogos e pastores aos membros de suas igrejas... E é
exatamente isto que procurarei mostrar a partir de agora neste pequeno Estudo,
também porque autores de revistas para E. B. D. assim os valorizam e,
inclusive, lamentavelmente conseguem ver exemplos de valores espirituais a
serem seguidos nos atos dos líderes daquele período que de forma lamentável foi
pessimamente administrado por eles... Para se ter a idéia de como a Hermenêutica
─ do grego Еρμηνευτική: interpretar, explicar ─, na sua necessidade, eficiência
e praticidade, ajuda e produz efeitos conclusivos, vejamos: O dito príncipe
Sesbazar era judeu, porquanto no texto se afirma ser ele de Judá (da tribo),
entretanto, o nome Sesbazar não é nome judeu; também ─ isto é claro no
texto ─, quem escreveu toda a parte onde
aparece o nome Sesbazar não foi Esdras e, tendo sido outra pessoa, este (o
escriba) também não era judeu, isto, pelo simples fato, de que se fosse judeu,
ainda que registrasse o nome o nome babilônico de Zorobabel; o faria exatamente
assim: Sesbazar ou Zorobabel, filho de Salatiel (a forma judaica de
apresentar um nome). Viu? Hermenêutica é algo simples, didático, e não a
dificuldade que criam para que você não se aproxime em conhecimento do
Pastorzão ou Teologozão.
69
O chamado livro de Esdras começa
tremendamente confuso quando pretende resgatar todo um período desde o fim do
cativeiro babilônico (536 a. C., decreto de Ciro) estando ele distante desta
data e desses eventos iniciais ─ inclusive da reedificação do templo conduzida
por Zorobabel, a qual foi concluída em 515 a. C. ─; porquanto ele e Neemias só começam a fazer
parte efetiva do de todo esse processo a partir do ano 458 a. C. com o decreto
do governante persa, o rei Artaxerxes I, que começou a reinar em 465 a. C.;
quando a partir de então, ele e Neemias, a partir de 445 a. C. tiveram de fato
participação nos eventos acontecidos na Judéia naquela época ─ (78 anos após, considerando
Esdras) e (91 anos após, considerando Neemias) longos anos, que os tirou do
real conhecimento dos fatos anteriores. Sendo repetitivo quanto ao longo tempo
que separou Esdras e Neemias dos de fato importantes eventos acontecidos
naquela época. Quando; tendo acontecido a libertação dos judeus em 536 a.C e
logo em seguida a vinda de Zorobabel com a leva dos primeiro judeus, sem contar
o tempo de paralisação das obras, em 515 a. C. a construção do templo foi
concluída... Todo o trabalho árduo foi feito pelos dessa primeira leva de
judeus, entretanto de forma inusitada, 78 anos após o fim do cativeiro (em 458
a. C) foi que o elogiado dito grande homem Esdras, que pelo seu vigor físico
teria muito menos que 78 anos de idade, ou seja, nasceu muito depois do fim do
cativeiro e vivia bem longe no de Jerusalém no “bem bom” e só após esse longo
tempo veio como salvador pátria ditar normas para aqueles que a muito tempo lá
estavam com todas as dificuldades e trabalhos que envolveu todo aquele início
nada fácil.
70
Só que, o oportunista Esdras não sabia e muitos e muitos
teólogos e ditos estudiosos bíblicos inda não sabem que a investidura de Esdras
por Artaxerxes I, o Longimano em 458 a. C foi o decreto que marcou o início da
contagem dos setenta (70) anos da profecia de Daniel 9. 20-27, até pelos fatos
elementares da importância desse período que foi de 536 a. C (fim do cativeiro)
até 434 (volta de Neemias à Pérsia). O também racista Zorobabel; os profetas
Zacarias e Ageu, o decreto de Ciro 536 a. C. e o decreto de Artexerxes I, o
Longimano comissionando Esdras para o início de Israel novamente como nação;
que ele olhando para o seu umbigo, nem de leve teve conhecimento e a mínima
noção, como a quase totalidade dos teólogos e estudiosos não tiveram e não têm a
visão da importância desta data. Quanto ao não valor que eles (Esdras e
Neemias) tiveram soma-se ─ além de suas trapalhadas racistas ─, a alienação ou
conivência de relativização quanto ao casamento de Ester com Assuero em 478 a.
C.
71
Ainda, voltando a Zorobabel, é evidente
que o príncipe de Judá chamado Sesbazar (nome babilônico), no capítulo 1. 8 é
Zorobabel; nome este, que aparece novamente no capítulo 5. 7- 16, que é uma
carta do governador da parte dos persas chamado Tatenai, o qual relatou ao
então rei Dario (520 a. C.) sobre o decreto de Ciro autorizando a reconstrução
do templo (segundo ele) começada “por um dito Sesbazar” (que é Zorobabel);
relatos esses que dificilmente correspondem à autoria de Esdras. Não há nenhuma
ocorrência bíblica do nome Sesbazar usado por judeus ─ a
não ser este dado a Zorobabel pelos babilônios
─ não estou fazendo confusão,
não, porquanto este nome ele recebeu durante o cativeiro, como o recebera Daniel,
Ananias, Misael e Azarias, que já o tinha naquele momento do cativeiro naquela
data findando ─; e quanto a Zorobabel, este nome ocorre em
I Crônicas 3. 19, Mateus 1. 12-13 e Lucas 3. 27; ainda, o nome de judeus
importantes era marcado (identificado) pelo prenome do pai: no caso em apreço:
Zorobabel, filho de Salatiel... Quanto a nomes diferentes dados a escravos
(cidadãos dos países conquistados); tem-se uma evidência disto (citado acima) em
Daniel 1. 7, quando Daniel recebeu o nome de Beltessazar, Ananias de Sadraque,
Misael de Misaque e Azarias de Abednego. Os reis da pérsia tinham
vários nomes: Cambises, que sucedeu a Ciro (536 a. C.) era também chamado Assuero; o usurpador Semerdes (529 a. C.), apelidado o mago é o Artaxerxes de Esdras 4. 11-13; aquele
que fez parar a construção do templo a pedido dos samaritanos, e em seguida foi
assassinado; Dario (522 a. C.), aquele que autorizou o reinício da obra do
templo era também chamado Assuero
(não o de Ester); Xerxes (485 a. C.), o Assuero
de Ester, e o Longimano (458 a. C.), também chamado de Artaxerxes I, aquele de quem Neemias era copeiro... Ainda, se
caminharmos com cuidado paulatinamente na leitura do livro de Esdras, quando se
chega ao relato do chamado quarto capítulo; primeiro depara-se logo de início
com o radicalismo racista de Zorobabel, no considerar os samaritanos como
inimigos, aqueles que queriam ajudar na reconstrução do templo. Inimigo é aquele que quer ajudar ou de fato
inimigo é o que se fecha ao convívio harmonioso e adota atitude racista?.. Não
deixando de prosseguir na questão nome: observe também que este relato está
relacionado ou fala do início das obras do templo; e aqui é identificado
plenamente quem foi o líder que começou a reconstrução do templo (livro de fato
confuso): exatamente Zorobabel, filho de Salatiel ─ chamado pelos babilônios
Sesbazar no período do cativeiro, entretanto, Sesbazar ou Zorobabel, foi
radical racista e insensível com toda certeza...
72
Ainda, quanto a nomes: numa olhada
rápida ─ não vou registrar concretamente ─, nas sucessões dos dois principais
reinos oriundos do Império seguinte, o Greco-macêdonio com a morte de Alexandre
o grande: o reino do norte (Síria, os selêucidas) e o reino do sul (Egito, os
Ptolomeus), cujos governantes eram conhecidos por dois nomes, como os Papas no
decorrer da história... O ditador Julio Cesar (durante o seu governo Roma ainda
era República), ensejou por decorrência a aculturação o seu sobrenome
representar o poder supremo do Império, cedendo-o (conseqüência) para “Cesar”
significar imperador. Ainda, o grande historiador judeu (da tribo de
Levi) Josefo, filho de Matias ficou conhecido na história como Flávio
Josefo, em função da sua tria nomina
por lhe ter sido dada a cidadania romana pelo imperador Vespasiano, o nome:
Titus Flavios Josephus, ou simplesmente Flávio Josefo, como ficou conhecido na
história... Muito se pode resgatar do
período em apreço na obra de Josefo, Antiguidades
Judaicas.
73
Se você ler com atenção o chamado livro de Esdras, constatará ser o seu
relato muito confuso (reiterando); demandando bastante sensibilidade
hermenêutica para entendê-lo, refutar sua autoria (não os fatos ali narrados) e
buscar lhe dar a devida e real interpretação. Também, se for considerado que o
início da reconstrução do templo (assim está relatado) foi por parte de um, tal
Sesbazar, fica praticamente impossível encadear narrativas que contemplem a
existência de dois príncipes judeus com exatamente a mesma função sem que se
faça essa observação; que na possibilidade de ser verdade (pouquíssimo provável),
se faria necessário sinalizar isto de maneira objetiva. Que assim não tendo
acontecido a confusão da juntada de fragmentos históricos para formar o
chamado livro de Esdras não contribui absolutamente para o estudo tranqüilo da
história sobre o assunto e da Teologia.
74
Como comentei no seguimento anterior
(sendo repetitivo) o livro de Esdras ─ se entendido assim ─, se torna
extremamente confuso... Ao ler o capítulo primeiro, que, inclusive, começa
pelos versículos finais de II Crônicas; considere também, não somente no caso
do dito livro de Esdras quanto à sua fragilidade de coesão e coerência, mas
também todo o Antigo Testamento deve ser lido com todo cuidado hermenêutico,
inclusive, levando em conta que a sua divisão em capítulos só aconteceu em 1250
e em versículos em 1445.
75
Veja agora como pode ficar mais fácil de
entender o início do relato deste livro; substituindo o nome Sesbazar no
versículo oito por Zorobabel: leia o seguimento até o capítulo cinco, versículo
cinco ─ quando no capítulo 2 esse
problema do versículo oito perde o sentido
─, e será exatamente entendido como aconteceu o início da reconstrução
do templo e os seus de fato agentes participantes, inclusive, os samaritanos
indo até Zorobabel querendo ajudar nas obras (Esdras 4. 2)... Pense em diversos
pergaminhos que foram juntados para compor essa narrativa histórica e como se
tentou dar notoriedade a determinado líder (Esdras). Porque toda essa
narrativa: 536 a. C. até Esdras (458 a. C.) e Neemias 445 a. C. (91 longos anos, se considerado Neemias como
relatei acima), e até 444 a. C., no dia 25 do mês de Elul (agosto, setembro)
quando foram concluídas as obras dos muros... Esqueçamos ou decididamente não
relacionemos a reconstrução do templo (concluída em 515 a. C.) com Esdras (458 a.
C.) e Neemias (445 a. C.) ─ embora esteja relatado no livro chamado de
Esdras ─, que só vieram para Jerusalém
nessas datas, e sim com Zorobabel, os profetas: Zacarias e Ageu, conforme Ageu
2. 1-4, Zacarias 4. 6-10 e o relato em Esdras ─ Ora, os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido, profetizaram aos judeus
que estavam e em Judá e Jerusalém; em nome de Deus de Israel lhes profetizaram.
Então se levantaram Zorobabel, filho de Salatiel, e Jesuá, filho de Josadaque,
e começaram a edificar a casa de Deus, que está em Jerusalém; e com eles
estavam os profetas de Deus, que os ajudavam... Não houve nenhuma relação de Esdras e Neemias com os
profetas Ageu e Zacarias, os profetizaram antes da vinda deles para Jerusalém,
ao tendo havido nenhum tipo de validação dos atos deles dois por esses
profetas, como também posteriormente por Jesus e seus apóstolos.
76
O que é evidente no livro atribuído a
Esdras ─ que nos escritos originais antigos ele era parte do livro das
crônicas ─, serem os relatos a partir de
Esdras 7. 27, bem distante da reedificação do templo e dos fatos a esta obra
ligados; para o qual se lembre sempre que naquela época não havia a divisão em
capítulos de versículos nos textos bíblicos; e numa avaliação exata dos relatos,
só a partir de então Esdras (458 a. C.) e Neemias (445 a. C.) ─ que vou
comentar depois de maneira objetiva ─, passaram
a ter presença nos eventos posteriores da volta do cativeiro babilônico e a
reedificação do templo... A partir dos relatos de Esdras 7. 27 (agregando-o ao
início do capítulo oito) se tem a evidência desses fatos terem sido relatados
por Esdras e possivelmente escritos por ele. Até porque foi no seguimento que
se pode ver sua atitude radical e extremamente racista ─ embora sincera ─, no trato com a questão
miscigenação, quando foi radicalmente injusto em criar as mulheres e filhos
abandonados...
77
Quando
me insurjo de maneira veemente contra essa atitude de Esdras, isto esta
balizado em dois fatos importantíssimos: Primeiro, pelo fato de embora Esdras ter
sido elogiado pelo seu “grande conhecimento da Lei”; entretanto foi evidente
ele não conhecer plenamente o texto de Deuteronômio 21. 10-13 e muitos outros textos sobre alguns
outros assuntos. Para tanto me permito repetir literalmente o parágrafo de
número 14 deste mesmo estudo.
78
Você
que gosta e pratica o vício bobo chamado: “trazer para os dias de hoje”, bobo
sim, porque ser correto é obrigação de todos os seres humanos sem ser preciso
aqueles exemplozinhos piegas de consumo alienante; mas, vá lá! É ou não assim
como Esdras fez, que muitos de nós agimos no nosso racismo de hoje, quando nos
julgamos senhores de todas as coisas e não precisamos da ajuda dos outros? ─
porquanto quem tem que aparecer somos nós. Some-se a isto a atitude
hostil dele contra àqueles que casaram com mulheres gentias, embora a Lei
Mosaica proibisse tal casamento (Deuteronômio 7.
3-4), entretanto, não obrigava o abandono da mulher e seus filhos (com
sangue judeu), e ainda este outro texto conflita com o anterior, do mesmo Deuteronômio
21. 10-13 ─ Quando saíres à
peleja contra os teus inimigos, e o Senhor teu Deus os entregar nas tuas mãos,
e o levares cativo, e se vires entre os cativos uma mulher formosa à vista e,
afeiçoando-te a ela, quiseres tomá-la por mulher, então a trarás para tua casa;
e ela, tendo rapado a cabeça, cortado as unhas, e despido as vestes do seu
cativeiro, ficará na tua casa, e chorará a seu pai e a sua mãe um mês inteiro;
depois disso estarás com ela, e serás seu marido e ela será tua mulher.
Parece que Esdras ─ pelo seu radicalismo, ainda que sincero no
amor a Deus ─, não tinha o exato
entendimento da proibição dos casamentos com gentias, que era pela possível
influência religiosa dessas; que no caso dos casamentos com filhos já existentes,
não teve sensibilidade para analisar aquele fato novo e diferente (nos quais
casos) deveria ele procurar saber em que casamentos ditos ilegais as mulheres
perverteram seus maridos; não fez assim, e de forma impensada determinou aos
maridos mandar suas mulheres e filhos embora; acontecendo com isto, sério erro
por parte dele, também; inclusive, ele não considerou o texto acima, no que,
seria possível haver dentre os casamentos desfeitos por esta ação sua, existir
algum como o caso acima, e até dentre
aqueles que se entendiam como judeus puros poderiam possivelmente
existir judeus miscigenados descendentes Salomão e de judeus posteriores a ele;
no longo período em que não houve a séria preocupação com esse tipo de união; e
quem teria condições e coragem ─ naquele momento grave para o povo de Israel
─, de se insurgir contra o grande líder Esdras, concitando-o ao bom senso?
79
Ainda, aproveitando a repetição desse parágrafo (o anterior)
sobre a necessidade de avaliar exatamente o que o texto informa, e não
construir homilia em cima de pontos do mesmo. Quero mais uma vez afirmar com
todas as letras que este negócio de “trazer para os dias de hoje”, quando usado
nos Seminários e nas B. B. D-s., se constitui em fraude e expediente de
alienação, quando enseja que o aluno nunca venha conhecer a exata origem da sua
fé e, não tenha, por conseqüência a mínima condição de cumprir o que o apóstolo
Pedro nos diz ser necessário fazer na nossa caminhada cristã, conforme I Pedro 3.
15... Não se pode admitir de forma alguma, como opção normal o uso de
homilética (pregação) ─ “trazer para os dias de hoje” ─ o professor da E. B. D.
agir como pregador ─, porquanto, esse
procedimento ou forma de assim fazer irá impedir o crente (aluno) de conhecer
os fundamentos de sua fé e, em contrapartida, isto, se configura impedir o
acesso ao conhecimento ou mais grave ainda, alienar para facilmente manipular.
Tanto que, vemos hoje no universo humano secular; jovens (homens e mulheres)
com alta formação acadêmica, quando, do outro lado (o nosso: os pretensos
esclarecidos crentes); lamentavelmente, o que se vê é a maioria dos membros das
igrejas (até aqueles com formação acadêmica) serem totalmente despreparados
quanto ao conhecimento teológico ─ não conhecem a fé que professam: claramente
ensinada por Jesus e seus apóstolos ─, e
não me venham com o sacralizar o termo teologia: Teo, Theos Θεὸς (Deus) +
logia, λόγος (estudo e etc...), ou seja, estudar sobre Deus ou ainda por
extensão, profundamente a Bíblia... Homilética (pregação) é para o púlpito ou
praças em evangelismo. Seja sério e conhecedor da Palavra e não pregue para
alunos da E. B. D., e se você não tem o dom de mestre (professor), conforme
Efésios 4. 11, não prejudique com a sua pregação oca aqueles que Deus quer que
sejam ensinados (preparados) para ensinar a outros... Não é gratuita nem
agressiva essa minha afirmação, pelo simples fato de que, quem tem dom e
conhecimento ensina e não prega quando se deve ensinar.
80
Até
pelo fato elementar de que quando alguém se preocupa em verdadeiramente
ensinar; o que decorre normalmente dessa salutar atitude é justamente estudar
com profundidade o assunto em questão e não tão-somente buscar frases (textos) de
já desgastado uso a tornar mais receptivo ─ exatamente encher lingüiça,
desculpe o coloquial ─; quando o que precisamos desesperadamente é de Estudos
sérios e bem fundamentados sobre tudo aquilo que está contido na Bíblia. A
necessidade disso se prova no total despreparo da maioria dos membros das
diversas igrejas que estudam anos a fio em suas ditas E. B. Ds, inclusive
muitos desses crentes com formação Superior secular, lamentável tudo isto!..
Sendo pior e repugnante quanto a isto a hostilidade desses e de suas lideranças
contra qualquer pessoa que tenta motivá-los a estudar de maneira séria o Texto
Sagrado, na direção de que faço aqui este desabafo:
E CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS
LIBERTARÁ (João
8.32)
Possivelmente
essa é a informação mais importante de todas as que o Senhor Jesus buscou nos
dar em todo o seu ministério; isto, justamente pelo fato de que ─ conforme a
própria informação conclui ─ é ou será conhecendo a verdade que seremos
libertos... Procurando ser objetivo, lembro da preocupação de Deus, o Pai
quando chamou o profeta Isaías (que aceitou o chamado), quando antes de
enviá-lo o alertou dizendo que ele não seria ouvido e que resistiriam
violentamente contra o verdadeiro conhecimento de suas informações. Ver Isaías
6. 8-13 sobre essa obstinação que o ser humano tem contra a verdade.
81
A
importância do evento desse texto é muitíssimo séria, tanto que, o Senhor Jesus
a faz constar nas suas falas nos evangelhos, quando se contrapondo aos inimigos
do conhecimento por meio da Parábola do Semeador, conforme Mateus 13. 13-17
(toda a parábola de 1 a 23), Marcos 4. 1-20 (basicamente a parábola), Lucas 8.
4-15 (basicamente a parábola) e Paulo, quando da sua soltura no ano 62 após a
sua absolvição no primeiro julgamento em Roma, falando aos judeus ali
residentes usou esse evento de Isaías capítulo seis para contrapô-los, conforme
Atos 28. 25-31.
82
Aproveito
para elencar aqui nessas considerações a parte que considero mais importante do
texto da Alegoria da Caverna de
Sócrates em Platão que tem estreita
relação com o assunto aqui tratado:
Parte
do texto da ALEGORIA DA CAVERNA de Sócrates da obra A República de Platão (conseqüência para quem saiu e voltou na intenção
de ajudar quem lá ficou):
E
se fosse necessário julgar daquelas
sombras em competição com os que tinham estado sempre prisioneiros, no período
em que ainda estava ofuscado, antes de adaptar a vista ─ e o
tempo de se habituar não seria pouco
─ acaso não causaria o riso, e
não diriam dele que, por ter subido ao mundo superior, estragara a vista ─ e
que não valeria a pena tentar a ascensão? E a quem tentasse soltá-los e conduzi-los até cima, se pudessem agarrá-lo
e matá-lo, não o matariam? ─ Matariam, sem dúvida ─
confirmou ele. ─ Meu caro Glauco (irmão de Platão), este quadro ─
continuei ─ deve agora aplicar-se a tudo quanto dissemos anteriormente,
comparando o mundo visível através dos olhos à caverna da prisão, e a luz da
fogueira que lá existia à força do Sol. Quando à subida ao mundo superior e à
visão do que lá se encontra, se a tomares como ascensão da alma ao mundo
inteligível, não iludirás a minha expectativa, já que é teu desejo
conhecê-la. O Deus sabe se ela é
verdadeira. Pois, segundo entendo, no limite do cognoscível é que se avista, a
custo, a idéia do Bem; e, uma vez avistada, compreende-se que é para todos
nós a causa de quanto há de justo e belo; no mundo inteligível, é ela a
senhora da verdade e da inteligência, e que é preciso vê-la para ser sensato na
vida particular e pública.
83
Infelizmente
é verdade na vida de muitos de nós, inclusive, nos relacionamentos nas nossas
igrejas o que dissera Isaías, o citado por Jesus, o dito por Paulo e o que
Sócrates diz nessa sua Alegoria da
Caverna ao final do primeiro parágrafo; se não tentam exatamente matar
àquele que busca ensinar alguma coisa, pelo menos indevidamente lhe nutrem
ódio, o desdenham e até hostilizam a esse que tem interesse de ajudar na busca
de conhecimento...
84
Concordo,
em parte, com a varinha desgraçada e diabólica dos amantes da ignorância,
eternos moradores da caverna; que em determinado caso a usam de forma
correta, nisto concordo em parte, para bater naqueles que se preocupam em
conhecer mais e melhor as coisas de Deus, mas não as praticam, inclusive,
usando Tiago 1. 22-23 para bater com mais violência. Nisto, não no bater com
violência, concordo plenamente, que quem conhece a Palavra e não a pratica é o
que Tiago diz e muitas outras coisas passíveis de serem agregadas a isto;
entretanto, o que é digno de nota e exemplo a ser seguido ─ não cabendo
decididamente a varinha desgraçada do Capeta desses adoradores da ignorância
─, é ser ou agir como também é dito em Tiago 1. 25; consultemos e sigamos
também o que foi dito em Oseías 6.3... Aquele que conhece a Palavra e não se
preocupa em praticá-la é um infeliz desgraçado; entretanto, aquele que não a
conhece e nem a pratica ─ não estranhe, praticá-la é não fazer
aquilo que sabemos (se de fato sabemos) ser em desacordo com os preceitos de
Deus ─, e ser contra estudá-la e falar mal daquele
que a estuda, a este também desgraçado, somente a extrema misericórdia de Deus.
85
O exemplo da necessidade de estudo coerente, científico e o
mais real possível de qualquer questão, está em, como que, montar um quebra-cabeça
que se constitui em qualquer Idéia (sentido de uma questão concreta sobre algo)
que se queira fundamentar e explicar... Ainda que, Neemias não estivesse se
reportando à divisão do reino de Israel em dois reinos: o de Israel com dez
tribos, exceto Judá e Benjamim ─ com o detalhe de ter a sua capital em
Samaria ─, e o reino de Judá com duas
tribos, Judá e Benjamim, entretanto, de forma indireta o fez, quando se referiu
a união de Salomão com mulheres estrangeiras, cujos casamentos não foram a
exata causa do seu pecado ─ sem legitimar a poligamia dele e de outros
em toda trajetória do povo judeu, que é algo repugnante e injusto contra o ser
humano mulher em benefício do homem
─, e sim, a idolatria praticada por ele, conforme I Reis 11. 9 e 11. 29-36. Do
que, chamo a sua atenção para um fato importantíssimo relegado e não valorizado
por Neemias e antes por Esdras; em seus indevidos preciosismos legalistas,
quando o mais relevante para aquele momento grave do povo judeu era a
unificação de toda uma raça, uma nação ─ ainda que, com todas as incoerências,
impropriedades e desavenças acontecidas em todo seu evoluir como nação, seres
humanos e povo de Deus ─; e no caso específico de Neemias (que era governador,
função política), que tendo se saído bem no caso da injustiça contra os pobres
(Neemias 5. 1-19). Não teve conhecimento, habilidade política, sensibilidade
humana e espiritual ─ se não tinha devia ouvir ponderações de outros que não
concordavam com os seus posicionamentos, lamentavelmente os considerando de
forma linear como se fora inimigos. Será que dentre todos aqueles que voltaram
não havia homens dignos, inteligentes e de bom senso, que deveriam ser ouvidos
e de alguma forma seus conselhos serem seguidos, porque afinal de contas toda a
tarefa a ser executada ─ inclui-se aqui, também Esdras e Zorobabel. Não era
tão-somente reconstruir o templo e reparar os muros; mas o soerguimento de uma
importante nação, e não somente o reino de Judá, e sim ─ Judá e Israel ─, a Israel de Deus, que Ele incumbira aos anteriormente
exilados em Babilônia (foram cativos por setenta anos para aprender isto,
conforme Jeremias 30. 1-24) a fazê-lo de forma plena, inteligente, justa do
ponto de vista humano e espiritual, senão leia todo o texto citado, do qual transcrevo
os versículos 3 e 4, Jeremias 30. 3-4 ─ Pois
eis que vem dias, diz o Senhor, em que farei voltar do cativeiro o meu povo Israel
e Judá, diz o Senhor; e tornarei a trazê-los à terra que dei aos seus pais,
e a possuirão. E estas são as palavras que disse o Senhor, acerca de Israel
e Judá. Os planos de Deus pós-cativeiro babilônico não era a mesquinharia
feita por Zorobabel, Esdras e Neemias ─ com frases de efeito, que os
teólogos, pastores e crentes ingênuos sacralizam e divulgam indevidamente ─: A
alegria do Senhor é a nossa força (de Esdras) e outra não menos boba e pretensiosa: Estou fazendo uma grande obra (de Neemias), e sim o de uma nação coesa, justa e humana, a
Sua Israel, a Israel de Deus ou ainda; para contemporizar com os que
gostam de trazer para os dias de hoje ─ agora de maneira correta, porquanto estou
falando exatamente de nós ─, a universal
assembléia e igreja dos primogênitos (os salvos) inscritos nos céus; a qual, como o trio pós-cativeiro, nós não
temos sabido administrar, ensinar e fazê-la digna aqui nas suas diversas
frações instituição humana; algumas (ou até muitas) das quais têm força
política para objetivos inconfessáveis, entretanto, não alegram a Deus e,
será que somarão na formação daquela de Hebreus 12. 23 (transcrito acima): só
Deus o sabe!.. Sendo repetitivo e ao mesmo tempo didático: a “nossa força” ou a
do dito sabichão Esdras: depende do estado de ânimo de Deus (estar alegre ou
triste?) ou de fato é mais uma dessas construções retóricas bobas e sem sentido
que aparecem aqui e ali no texto sagrado e são valorizadas e até sacralizadas
pelos analfabetos funcionais ditos
conhecedores e ótimos desses e daqueles textos, seja da Bíblia ou diversos
outros.
86
Ainda,
se constitui em algo extremamente inusitado o fato de haver um relato detalhado
sobre um importante casamento misto entre Xerxes, também chamado Assuero com a
judia Ester. Quando desesperadamente se buscou esse casamento de uma judia
com um rei gentio na esperança da defesa do povo judeu, conforme aconteceu
segundo os relatos do livro de Ester 8. 1-17 e capítulo 9. 1-32 ensejando,
inclusive, a instituição da festa do PURIM (importante para os judeus de hoje)...
Vejamos novamente a evolução dos fatos acontecidos no império Medo-persa desde
o fim do cativeiro babilônico... Em 515
a.C. a reconstrução do templo foi concluída no mês de Adar (fevereiro, marco). Em 485 a.C. assumiu Xerxes
chamado Assuero (o Assuero de Ester). Em
478 a.C. Ester foi escolhida como rainha por
Assuero. Em
473 a.C. Mardoqueu foi promovido, e aconteceu a
conspiração e enforcamento de Hamã, conforme Ester
7. 7-10. Em
465 a.C. assume Longimano ou Artaxerxes I (o
Artaxerxes de quem Neemias foi copeiro), conforme Esdras 7 e Neemias 2. 1-8.
Em 458 a.C. saiu o decreto de Artaxerxes
I, o Longimano a favor de Esdras e da restauração do Estado judaico ─ sendo
essa a data do início da contagem das setenta semanas do Messias. Em 444
a.C. a reedificação dos muros foi concluída, e em 434 a.C. Neemias voltou à
Pérsia... Foram tremendamente estranhas e lamentáveis todas as ações de Esdras
e posteriormente também de Neemias contra os samaritanos e os casamentos
mistos, que só serviu para criar ódio entre irmãos, promover injustiças e
perpetuá-las até o ministério do Senhor Jesus... O que foi estranho e
lamentável, hoje se constitui em absurdo e algo inaceitável: as conclusões
teológicas fantasiosas que são tiradas do texto sagrado sem o mínimo cuidado e
respeito à coerência e verdade, principalmente no caso desses três livros que
não deviam ser levados a sério; quando se tem todo arcabouço histórico e científico
de ampla pesquisa hermenêutica ─ falo aqui a sérios e bem intencionados ─ e
quanto aos fraudadores: eles são coerentes, porquanto os seus objetivos são o
engano e ganhar dinheiro com o Evangelho... A ordem cronológica coerente dos
fatos (acontecimentos) desses três livros seria: Esdras, Ester e Neemias.
87
Ainda, antes
de entrar de forma objetiva em considerações sobre Neemias se faz necessário
comentar a ilação despropositada de teólogos e ditos estudiosos em querer
identificar e justificar as motivações racistas de Zorobabel, Esdras e Neemias,
principalmente no específico caso dos samaritanos, quando se reportam para o
fim do reino de Israel no reinado de Oséias, conforme II Reis 17. 24-26 (ler
todo capítulo), época em que Samaria ainda era importante ─ por ser a capital
do reino identificado na Bíblia como Israel e chamado de forma errada nos
Seminários Teológicos de reino do Norte. Samaria nas hegemonias do 2º Império
babilônico e depois na do Império Medo-persa não era mais uma metrópole de
importância, justamente pelo longo espaço de tempo de quase três séculos e estar
agora no período desses ditos três valorosos líderes (Zorobabel, embora também
racista, mas, valoroso sim), todavia não se pode dar a Esdras e Neemias a mesma
importância, reitero: por estarem a muitos anos depois desse pouco importante
evento de II Reis capítulo 17. Que distava de Neemias e sua presença em
Jerusalém 295 longos anos, de Esdras 282 anos da data que começou a fazer
aquilo que não devia e Zorobabel 204 anos quando veio para Jerusalém para
iniciar a reconstrução do templo, quando não mais aquele povo lá de dois a três
séculos passados, todos já tinham morrido a bastante tempo; como no caso dos
israelitas que não entraram na terra prometida, quando para os quais só
bastaram tão-somente 40 anos para
impedi-los de entrar ─ argumento pueril e de pouquíssima verossimilhança para
construir a falácia desse ódio racista gratuito.
88
Zorobabel, a quem coube a liderança da reconstrução do templo foi
aquele que de fato começou (plantou a semente da discórdia) a hostilidade
racista contra os ditos samaritanos ─ chamados depois por Neemias: de inimigos
─, quando a inimizade fora plantada e alimentada por eles; que estudiosos de
plantão identificam o justo motivo como sendo o longínquo passado evento de II
Reis capítulo 17, entretanto: Zorobabel, Esdras e Neemias não alegaram nenhum
motivo palpável ou não para aquela inimizade, quando em momento algum se alegou
esse evento de II Reis 17, a não ser a denúncia feita por eles após terem sido
rejeitados e impedidos por Zorobabel de ajudar na reconstrução...
89
Como foi visto no parágrafo setenta e oito (78) acima; fora
praticamente impossível que quem estivesse na região do centro das decisões de
governo do Império; pudesse não saber com detalhes tudo sobre o casamento da judia
Ester com o gentio Assuero em 478 a. C.; acontecido exatamente 20 anos antes da
vinda do dito bem informado escriba Esdras para Jerusalém, que se constituiu em
algo muito sério em ter bem próximo um sério casamento misto, que inclusive
fora defendido com todos os argumentos de ser, como que, de inspiração boa,
conforme Ester 4. 14 ─ Pois, sede tudo te calares agora, de outra parte
se levantarão socorro e livramento para os judeus, mas tu e a casa do teu pai
perecereis; e quem sabe se não foi para tal tempo como este que chegaste ao
reino? Quero ressaltar, sendo repetitivo e repetitivo: que a atitude,
Tema e/ou modus operandi de Esdras e
Neemias; na obstinada ação contra casamentos mistos foi algo que só pode ser
creditado à inconseqüência e irresponsabilidade de obstinação de quem tem
poder de mando ─ e você que está lendo este Estudo não se perca na mesma
obstinação de acreditar que tudo aquilo que está na Bíblia é para ser aceito e
praticado.
90
Considere mais um pouco, inclusive, pesquise mapas das hegemonias
desses quatro (4) importantes Impérios para a Teologia e Escatologia: o 2º
Império babilônico, o Império Medo-persa, a Império Greco-macedônio e o Império
romano, na comparação do Babilônio (do cativeiro) com o Medo-persa verse-a a
perda de importância de Samaria naqueles dois a três séculos ao momento daqueles
dois contumazes racistas (indevidamente valorizados hoje), quando gerou para os
judeus miscigenados a alcunha de “samaritanos”; que você que tem seguido os
ditos teólogos e estudiosos bíblicos ─ aqueles que lhe convenceram que a
perseguição contra os judeus miscigenados no período do cativeiro babilônico
tinha relação com o fim do reino de Israel (II Reis 17, no que, em uma leitura
que beira a de Analfabeto Funcional
ou seria Intencional, quando o
assunto, Tema, o que se fez, o que se buscou, sobre o que se discutiu por todo
o tempo ou seria o foco de fato: o templo e os muros, sem a massificação
predatória de perseguir mulheres e crianças e ditos inimigos que eles mesmos criaram...
Esquecendo ou não querendo ver que esses perseguidos por eles eram de Jerusalém
(alcunhados samaritanos por serem miscigenados), ali presentes e querendo
ajudar na reconstrução do templo ─ querer trabalhar só cabe como atitude ruim
na cabeça de pessoas inteligência e racista inconseqüente.
91
Voltando agora à motivação de Esdras que desencadeou a perseguição contra
os judeus miscigenados (denominados pejorativamente de samaritanos), suas
mulheres e filhos, que eu disse e digo não ter tido relação nenhuma com II Reis
17, todavia a algo do período dos reis, parecidíssimo com o modus operandi de Esdras, só que com o
inusitado e indevido foco no racismo... Após a queda do reino de Israel com
este relato de II Reis 17, que é a base de justificação dos defensores dos
oportunistas (estou sendo repetitivo intencionalmente) Esdras e Neemias.
Esqueceram ou não tiveram a devida sensibilidade e conhecimento ─ senão leiam
II Reis desde o capítulo 17 até o capítulo de número 25, o último, o final ─;
para constatar: 1º como já expliquei no parágrafo de número 79 (acima) ser o
tempo decorrido, um período muito longo: 2º a evolução social do período
totalmente incompatível com essa conclusão deveras infantil; senão caminhemos
na história: desde aquele evento até os nossos não merecedores de serem
considerados líderes importantes: Esdras e Neemias.
92
A partir do capítulo 18 tem-se o registro da ascensão do importante
rei Ezequias (reinou por 29 anos); depois ascendeu ao trono Manassés, seu filho,
pior rei do povo judeu e governou por longo tempo (reinou por 55 anos); após
ele reinou seu filho Amom (reinou por 2 anos) e foi morto por seus servos;
depois dele reinou seu filho Josias, um ótimo e importante rei como Ezequias
fora ─ falarei com detalhes sobre ambos mais à frente. Por fim os reinados de:
Jeoacas (reinou três meses), Jeoiaquim (reinou 11 anos), Joaquim (reinou três
meses), e para concluir essa trajetória de somente dois momentos bons dessa
série de reinados: o último rei foi zedequias (reinou 11 anos), a partir de
quem começou o cativeiro babilônico... O que quero concluir com essa trajetória
que acrescida períodos de luta pelo poder durou 134 anos... Sendo o importante
desse período: a reforma radical espiritual feita por Ezequias, cujo centro ou
essência foi contra a idolatria ─ como todas outras anteriores registradas na
Bíblia ─, quando, inclusive mandou derreter a serpente de bronze feita por
Moisés, conforme II Reis 18. 4 ─ Tirou
os altos, quebrou as colunas, e deitou abaixo a Asera; e despedaçou a serpente
de bronze que Moisés fizera (porquanto até aqueles dias os filhos de Israel lhe
queimavam incenso), e chamou-lhe Neustã. De igual modo, a ampla reforma
espiritual realizada por Josias: em sua essência e tudo que se fez ─ como fora
na de Ezequias ─, na condenação e eliminação da idolatria; até pelo fato
bíblico elementar de que o maior pecado para Deus é o da idolatria, que se
traduz ou é sintetizado no primeiro mandamento: Êxodo 20. 3 e Deut. 5. 7 ─ Não terás outros deuses diante de mim;
inclusive, essa conclusão cristalina, que está presente em toda a Bíblia parece
que não fazia nenhum sentido para o dito conhecedor da lei de Deus, o escriba
Esdras...
93
Ainda, quando de maneira detalhada mostrei a improcedência do samaritano-ismo
de Esdras e Neemias e citei a trajetória dos reinados acima é justamente para
especular a possível síndrome de Hilquias (querer copiá-lo em alguma
coisa) em Esdras. Se você leu o livro II Reis; no reinado de Josias no capítulo
22 foi informado das ações do escriba Hilquias. Que a partir do de fato ter
encontrado o livro da Lei de Moises (de Deus); fez acontecer toda aquela
reforma maravilhosa como a feita anteriormente no reinado de Ezequias, na qual
ou nas quais (considerando a de Ezequias), a partir do livro da lei
constatou-se a gravidade do agir idolatra de toda a população, e considere que
desde o livro do Gênesis a principal transgressão que motivava ação punitiva
imediata por parte de Deus: fora, foi, é e será sempre na prioritária direção
do pecado de idolatria, senão leia Ezequiel 8. 1-18, também João 4. 23-24, cujo
perfil do adorador não é ser dessa ou daquela raça, dito puro ou miscigenado; e
neste texto nos é informado a origem daqueles que eram considerados de forma
pejorativa samaritanos ─ És tu, maior
que nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual ele também bebeu, e seus
filhos e o seu gado?.. A mulher samaritana diz serem os samaritanos filhos
de Jacó (Israel) como os judeus ditos puros.
94
Quando especulo a possibilidade da ação de Esdras centrar-se na
atitude de se insurgir contra casamentos mistos, isto se prende ao fato se ter
havido no reinado de Josias séria reforma religiosa a partir do livro da Lei:
que foi o seu factóide de ação; porquanto de forma contraditória ele veio para
Jerusalém após o casamento da judia Ester com o gentio rei Assuero; isto, para
aqueles desavisados que não estudam com seriedade a Bíblia e a história
diretamente ligada à ela e vendo no Canon do A. T. (este dos 39 livros) o livro
de Ester estar depois do livro de Neemias. Irá entender e afirmar que o
casamento misto de Ester aconteceu depois de Esdras e Neemias, entretanto, de
fato, a vinda de Esdras para Jerusalém ter acontecido em 458 a. C. e a de
Neemias em 445 a. C.; o casamento de Ester acontecera em 478 a. C., 20 anos
antes da vinda de Esdras para Jerusalém... Também, o nebuloso de toda essa
trajetória foi o fato de que tendo o fim do cativeiro babilônico acontecido em
536 a. C. e Esdras ter vindo para Jerusalém em 458 a. C. ─ 78 longos anos após o fim do cativeiro. As
ações truculentas de Esdras demonstram ser ele pessoa de no máximo 50 anos de
idade (ainda com pleno vigor físico), muito claro não tratar-se de um ancião,
até porque se assim fora ele seria assim identificado, que faz conclui que
Esdras nasceu após o fim do cativeiro e lá estava na capital do reino persa
numa condição de privilégios e conforto, muito deferente dos seus irmãos judeus
que aqui ficaram e outros que nasceram depois, inclusive, fruto Ciro, Dario
e depois o Artaxerxes de quem Neemias era copeiro e permitiu a ele vir de
miscigenação... De igual modo: assim como para reparar os muros, e não a coisa
odiosa de perseguir irmãos miscigenados. No caso específico de Esdras ─ que
fora anteriormente comissionado a vir para Jerusalém em 458 a. C. pelo mesmo
Artaxerxes de quem Neemias era copeiro... Sendo a trajetória desses três reis,
principalmente Ciro que fora citado pelo profeta em Isaías 45. 1, Dario e Artaxerxes
I (o de Neemias), em sua instrumentalidade ─ como a de Ciro e de Dario tiveram inegavelmente
a ação do Espírito Santo de Deus, o que não podemos afirmar com relação e
Esdras e Neemias ─, foi a que findou o
cativeiro, permitiu a reconstrução do templo, o reparo dos muros e estabeleceu
a data do início da contagem das Setenta
Semanas do Messias com o decreto de Artexerxes a favor de Esdras em 458 a.
C...
95
Essa trajetória credencia de maneira inegável esses três reis, quando
em contraposição desqualifica as ações de Esdras e Neemias, porquanto o que
o Espírito Santo colocou no coração daqueles três reis: a visão de
reconstrução, ordem, respeito, justiça e perdão, coisa exatamente diferente
daquilo que Esdras e Neemias colocaram em prática: o perseguir de maneira
implacável irmãos miscigenados, possivelmente por não terem uma agenda de ação
coerente com a importância daquele momento de transição, que demandava sério
equilíbrio religioso e humano daqueles irresponsáveis líderes... Reiterando,
desde que o povo judeu passou a existir a exigência quanto à fidelidade de
culto ao Deus único; não sendo tolerada de forma alguma a idolatria; que no
reinado de Josias, o escriba Hilquias alertou o rei quanto ao pecado de
idolatria do povo, quando encontrou no templo o livro da lei, conforme
expliquei no parágrafo 85 acima. Esdras agora sem agenda daquilo que
implantaria em Jerusalém; resolveu por em prática o factóide do desgraçado modus operandi de perseguir miscigenados,
coisa essa, que não tinha precedentes na história do povo judeu... Ainda, a
determinação do não casamento com mulheres gentias só teve necessidade premente
pós dilúvio e nas quatro gerações depois da entrada na terra prometida (ver
parte c do segundo mandamento); com a finalidade, não de racismo, mas sim,
para impedir casamentos com descendentes diretos de anjos, conforme Gênesis 6.
1-7, Henoch 7. 1-7, Henoch 10. 15-17 e Deut. 7.
1-6; coisa essa que Esdras preferiu ignorar (ou não sabia) cometendo todos
aqueles desmandos fora do tempo de fazê-lo: que já havia se findado...
Zorobabel fora avalizado pelos profetas Ageu e Zacarias, entretanto: Esdras e
Neemias não tiveram quem os avalizassem: no A. T. e no Novo Testamento, senão
para eles mesmos; lamentável tudo isto.
96
Tendo ponderado desde o início do parágrafo 79 sobre a improcedente
infantilidade do uso do evento da queda o reino de Israel versus samaritanos, conforme o capítulo 17 de II Reis, isto é um
fato perfeitamente comprovado, senão: após ler todos os relatos subseqüentes do
livro de II Reis até seu final; e em seguida ler também I Crônicas e II
Crônicas; que são uma reavaliação ou uma espécie de Remake, quando nos livros das crônicas se tem sério reexame dos
eventos narrados nos livros dos reis, quando se desprezou os eventos de pouca
importância, como o caso do reinado de Oseías e o maximizado evento: assírios
vindos para Samaria ─ que estou aqui refutando de maneira objetiva. Os dois
livros das crônicas são uma linda síntese de Adão até o fim da monarquia de
Judá em Matanias, que recebeu o nome de Zedequias (II Reis 24. 17). Como disse:
sendo os livros das crônicas uma espécie de releitura de avaliação de tudo
aquilo do qual já se informara em sua feitura, daí seu nome no grego: paraleipomena; quando tudo aquilo de
pouca importância fora deixado de lado; o que merecia alguma sucinta
reiteração, isto foi feito, todavia, dois momentos e duas importantes reformas religiosas
foram novamente citadas de forma detalhada: a de Ezequias e a de Josias, sendo
o importante quanto a isto, o fato de serem as duas contra a idolatria, como
foram todas as outras reformas acontecidas com registro bíblico... Considerando
Malaquias (397 a. C. - ?) que profetizou depois de todos esses desmandos é
perfeitamente possível relacionar a condenação dele contra o divórcio (ação
unilateral do homem em repudiar), conforme Malaquias 2. 16 ─ Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor de
Israel, e aquele que cobre de violência o seu vestido; portanto cuidai de vós
mesmos, diz o Senhor dos exércitos: e não sejais infiéis... Não havendo
culpa para aqueles que repudiaram e expulsaram suas mulheres e filhos,
porquanto agiram assim obrigados por aqueles dois duvidosos líderes. Quando de
forma inusitada, sem precedentes no texto sagrado e, absolutamente sem motivo
legal à época, esses dois ditos servos a serviço de Deus cometeram todos aqueles
desmandos que refuto de maneira veemente pormenorizada neste Estudo.
COMENTÁRIO SOBRE NEEMIAS
97
O livro de Neemias começa os seus relatos
a partir da sua relação de copeiro com o rei Longimano ou Artaxerxes I, aquele
que decretou em 458 a. C. a autonomia política de Israel, conforme a profecia
de Daniel 9. 20-27: As Setenta Semanas do
Ungido. Também este livro tem característicos de ser totalmente de relatos
do próprio Neemias ─ ainda que possa ter sido escrito por um escriba ─, todavia é claro ser aquilo que ele relatou
escrevendo ou autorizou algum escriba compor o relato.
98
Embora haja grande alarde quanto às
ações de Esdras, só existiram muito depois da reconstrução do templo e do
período do casamento gentio de Ester ─ até por que, fato é: que foi a ordem
(autorização, decreto) dada a Esdras 7. 8 (sete anos depois da posse de
Artaxerxes I), ordem essa que marcou o início das Setenta Semanas do Ungido (Daniel 9. 20-27, o Messias), e treze
anos depois Neemias foi comissionado ─ vinte anos depois da posse de Artaxerxes
(445 a. C.) ─, para a reparação dos
muros na condição de governador, como fora Zorobabel anteriormente na
reedificação do templo, que fora contemporâneo de Ageu e Zacarias, inclusive
validando o seu ministério em suas partes mais importantes.
99
Também é evidente nos relatos dos livros
de Esdras e Neemias uma espécie de disputa pela oportunidade de mostrarem-se
como importantes, que acabou se acomodando entre a parte religiosa com Esdras e
a administrativa e cível com Neemias... Dos dois livros e seus relatos
históricos há mais que lamentar do que propriamente coisas relevantes do ponto
de vista de efetiva justiça cristã... Ressalvando o decreto de Ciro em 536 a.C.
─ data que marca o fim do cativeiro babilônico (II Crônicas 36. 22-23 e Esdras
1. 1-3) ─ que também, por analogia de
elementar aritmética, marca o início do cativeiro → 536 + 70 = 606 a. C.
(reiterando), que para mim tremendamente lamentável que ditos Teólogos e
autores de Revistas para E. B. D. encontrem dificuldade em estabelecer a data
do cativeiro babilônico, quando, pelo menos, com toda certeza poderiam dizer
que terminou no decreto de Ciro, conseqüentemente começou setenta anos antes. Posteriormente
(78 anos depois) outro decreto, o do então rei Longimano, também chamado Artaxerxes
I, que assumiu o governo em 465 a. C.; decretou em 438 a. C. a favor de Esdras: o início da restauração do
Estado judaico (Esdras 7. 11-14) ─
sendo essa a data do início da contagem das Setenta Semanas do Messias, conforme Daniel 9. 20-27. Que os
teólogos e Seminários não identificam esse fato cristocêntrico importante e em
contrapartida trabalham uma serie de coisas sem nenhum valor teológico e
lamentáveis narrados nesses dois livros. Nem mesmo as suas ações teológicas
(religiosas) tiveram efeito positivo junto ao povo, porquanto teve basicamente
enfoque no racismo e não no grande pecado sistematicamente reclamado por Deus
na voz dos profetas: Isaías 58. 1-14, Jeremias 3. 1-18, outros profetas e
principalmente Ageu (520 a. C ─ ?) e
Zacarias (519 a. C. ─ 487 a. C.) 7. 1-12,
que profetizavam antes de Esdras e Neemias fazerem o que fizeram ─ (...) Assim falou o Senhor dos exércitos:
Escutai juízo verdadeiro, mostrai bondade e compaixão cada um para com o seu
irmão; e não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre; e
nenhum de vós intente no seu coração o mal contra seu irmão. Eles, porém, não
quiseram escutar, e me deram o ombro rebelde, e taparam os ouvidos, para não
ouvirem. Sim fizeram duro como diamante o seu coração, para não ouvirem a
lei, nem as palavras que o Senhor dos exércitos enviara pelo seu Espírito
mediante os profetas antigos; por isto veio a grande ira do Senhor dos
exércitos. Quando além da idolatria (o maior pecado que se pode
cometer) também a opressão e injustiça para com os menos favorecidos, que a
despeito de toda atividade religiosa intensa promovida, os de melhor condição
econômica ─ que foram os exilados que voltaram
─, esses foram os que espoliaram os pobres e samaritanos... Não aprenderam
nada com a lengalenga racista de Esdras, com frases de efeito: como a
consagrada em cântico, conforme a fala de Esdras em Neemias 8. 10c ─ (...) Portanto não vos entristeçais, pois
a alegria do Senhor é a nossa força... Frase retórica sem nenhum sentido
e valor espiritual, que nos ensinaram a repetir e enaltecer. Alegria do
Senhor quanto a que se estava fazendo naquela época? Claro que não!
Interpretação bíblica é coisa muito seria; tenha todo cuidado e estude
calmamente ao três livros: Esdras, Ester e Neemias, juntamente com o profeta
Zacarias, que é amplamente cristocêntrico, conforme alguns textos citados no
parágrafo de número cinco, e tenha maior cuidado ainda, com o sistematicamente
fraudado livro de Malaquias, para tanto leia o Blog: O DÍZIMO, A BÍBLIA E A ERA
DA GRAÇA, endereço ─ www.odizimoabibliaegraca.blospot.com .
100
As ações de Neemias foram basicamente na
parte administrativa, política e cível (exatamente da sua função), e quanto à
sua condição de governador, isto aparece em Neemias 6. 14 e 10. 1, diferente do
que aconteceu nas tão-somente ações racistas de Zorobabel e racistas e injustas
de Esdras ─ que foram seguidas por Neemias, e sobre isto vou comentar ao final.
Houve por parte de Neemias algo muito importante e que possivelmente alegrou
o Senhor ─ não, quando as mulheres e seus filhos foram
mandados embora e o espancar crianças, como ele diz ter feito ─; e sim quando ele atendeu ao clamor do povo
contra as injustiças praticadas justamente por aqueles ditos consagrados servos
de Deus, que não tinham nenhum motivo para assim agir, conforme Neemias 5. 1-19.
Quando Neemias acertadamente, como que, levando em conta o dito pelo profeta
Zacarias agiu de maneira justa e plenamente espiritual, conforme todo o
capítulo cinco do livro de Neemias.
101
Sinceramente
estou lutando contra o desejo de continuar essa trajetória histórica e
teológica até o início do ministério de Jesus, todavia, não vou fazê-lo, até
porque tudo isto estará no livro que pretendo editar: O QUE É PRECISO SABER
PARA COMEÇAR ENTENDER ESCATOLOGIA, que objetivamente sobre este livro; no Blog
endereço ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com transcrevi pequena parte do
livro (oito fragmentos) em apreço e o seu Sumário,
que mostra tudo aquilo que será estudado no livro.
102
Sendo coerente, e também preocupado que não
tenha se perdido o objetivo principal desse Estudo, que é não o desmoralizar
as lideranças de Zorobabel, Esdras e Neemias e sim chamar a atenção para o
estudo sério do texto sagrado; principalmente o do Antigo Testamento, no
qual ou sobre o qual busquei levantar este alerta. Disto resulta a lamentável
constatação de que a maioria das ditas revistas da E. B. D. (aqui se fala das
igrejas sérias) não têm contemplado em seus conteúdos uma interpretação correta
daquilo que realmente os escritos do Antigo Testamento significaram e hoje o
que deve ou não passar para a Igreja de Cristo e não o que facilita a
administração teológica de alienação e a coleta regular de dízimos... Quanto àqueles
que fraudam a interpretação bíblica para ganhar dinheiro ─ esses não têm Escola Dominical de fato e sim diversas
reuniões por dia e dia-a-dia na qual promovem campanhas arrecadação parcelada a
título de bênçãos que eles têm o direito de exigir de Deus se você pagar para
recebê-las. Ainda, Igreja ─ do grego ’Εκκλησία (sentido stricto sensu), é objetivamente no sentido espiritual pleno
assembléia (conjunto de servos de Cristo, grupo de pessoas) ─, não podendo nesse pormenor, ser
considerado no sentido lato senso
como uma loja, um galpão ou algum prédio que se constrói; lá se coloca um dito
iluminado de super poderes e mais alguns (as) outros (as) como porteiros e
recepcionistas para atender demandas de pretensas curas, atendimento
psicológico, psiquiátrico e de busca de benesses financeiras; sendo esse procedimento
de ilegal disfarçado exercício de profissões, também uma espécie de comercio da
fé (local de pagamento e recebimento das coisas pedidas a Deus?) e não
Igreja, que é um grupo de fiéis que se reúne em um determinado lugar. Considerando
tudo isto, vou transcrever literalmente todos os textos usados no decorrer do
estudo, que segue:
103
Deuteronômio 21. 10-13 ─ Quando
saíres à peleja contra os teus inimigos, e o Senhor teu Deus os entregar nas
tuas mãos, e o levares cativo, e se vires entre os cativos uma mulher formosa à
vista e, afeiçoando-te a ela, quiseres tomá-la por mulher, então a trarás para
tua casa; e ela, tendo rapado a cabeça, cortado as unhas, e despido as vestes
do seu cativeiro, ficará na tua casa, e chorará a seu pai e a sua mãe um mês
inteiro; depois disso estarás com ela, e serás seu marido e ela será tua mulher... Agora o pecado sistematicamente reclamado
por Deus na voz dos profetas: Isaías 58. 1-14 ─ (...) Se tirares do meio de ti o jugo, o
estender do dedo, e o falar iniquamente, e se abrires a tua alma ao faminto, e
fartares o aflito; então a tua luz nas trevas, e a tua escuridão será como o
meio-dia. O Senhor te guiará continuamente, até em lugares áridos, e
fortificará os teus ossos; serás com o um jardim regado, e como um manancial,
cujas águas nunca falham. Também Jeremias 7.
1-34 ─ (...)
Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor. Templo do Senhor,
Templo do Senhor são estes. Mas, se deveras emendardes os vossos caminhos e as
vossas obras; se deveras executardes a justiça entre um homem e o seu próximo;
se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, sem derramardes sangue
inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal,
então eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais desde os
tempos antigos e para sempre. (...). E
já concluindo, o texto de Ester 2.16-18 ─ Ester
foi levada ao rei Assuero, ao palácio real, no décimo mês, que é o mês de
tebete, no sétimo ano do seu reinado. E o rei amou a Ester mais que todas as
mulheres, e ela alcançou graça e favor diante dele mais que todas as virgens;
de sorte que lhe pós sobre a cabeça a coroa
real, e a fez rainha em lugar de Vasti. Então o rei deu um grande
banquete a todos os seus príncipes e aos seus servos; era um banquete em honra
de Ester; e concedeu alívio às províncias, e fez presentes com régia liberdade.
Fato este acontecido no ano 485 a. C. ─ na mesma região, no mesmo Império e
um pouco antes da investidura de Esdras (438 a. C.) ─, parecendo ter havido alienação total
por parte de Esdras e Neemias em não estarem informados desse casamento de uma
judia com um rei gentio; que torna tremendamente frágil toda ação dita
moralizante quanto aos casamentos mistos, contra os quais se insurgiram de
maneira irracional obstinada... Isto ressaltado aqui é para chamar a sua
atenção quanto à seriedade e necessidade de todo o cuidado no trato com
interpretação do texto bíblico e sua real historicidade.
104
Por fim o texto de Zacarias
(519 a. C. ─ 487 a. C., período em que profetizou) 7. 1-12 ─ (...) Assim falou o Senhor dos exércitos:
Escutai juízo verdadeiro, mostrai bondade e compaixão cada um para com o seu
irmão; e não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre; e
nenhum de vós intente no seu coração o mal contra seu irmão. Eles, porém, não
quiseram escutar, e me deram o ombro rebelde, e taparam os ouvidos, para não
ouvirem. Sim fizeram duro como diamante o seu coração, para não ouvirem a
lei, nem as palavras que o Senhor dos exércitos enviara pelo seu Espírito
mediante os profetas antigos; por isto veio a grande ira do Senhor dos
exércitos... Como comentei no parágrafo de número 47 (acima).
Considerando o dito pelo profeta Zacarias no texto acima, que é do período que
estamos estudando: Esdras, Ester, Neemias, Ageu e Zacarias. Entendo que houve
por parte de Neemias, nesse específico assunto, total e perfeito entendimento
quanto a essa questão, e ação prontamente rápida e coerente no corrigir o sério
problema, que é a tônica de toda demanda de Deus por meio dos profetas no
decorrer da história do povo de Israel... Certamente Deus se alegrou com
isto que Neemias fez... Ainda, nos relatos proféticos de Zacarias aconteceu
outro de suma importância teológica, que foi a identificação plena do Espírito
Santo e a característica principal do seu ministério, conforme Zacarias 4. 2-14 ─ e me perguntou: Que vês? Respondi: Olho, e
eis um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite em cima, com sete lâmpadas
que estão em cima dele; (...). Ele me respondeu, dizendo: Esta é a palavra do
Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por poder, mas pelo meu
Espírito, diz o Senhor dos exércitos (...). Ainda me veio a palavra do Senhor,
dizendo: As mãos de Zorobabel têm lançado os alicerces desta casa; também as
suas mãos a acabarão; e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a vós. Ora,
quem despreza o dia das coisas pequenas? Pois estes se alegrarão, vendo o prumo
na mão de Zorobabel. São estes os sete olhos do Senhor, que discorrem por toda
a terra... Ou seja, essa
parte transcrita mostra a evolução cristocêntrica da ação (ministério) do
Espírito Santo naquela época e futura, na era da graça com o início e fim do
ministério terreno do Senhor Jesus... O Espírito Santo que convence do pecado e
da justiça, conforme João 14. 15-27; que capacita por meio dos dons espirituais
e plenamente identificados como os olhos Deus e associado à pessoa do Senhor
Jesus, conforme Apocalipse 5. 5-6, que tudo vê, em suma, a sua onipresença e
onisciência, somada à também onipotência... Considere o fato importante que
os profetas Ageu e Zacarias viveram antes das ações de Esdras e Neemias, que
nos seus períodos mandaram e desmandaram sem contestação direta de autoridade
profética.
105
O texto acima em toda a sua
integridade corresponde a treze (13) versículos, dos quais não transcrevi os de
número: 3, 4, 5, 7, 11, 12, 13 e 14; os quais tiveram (por ação do Espírito
Santo), o objetivo de complementação das informações escatológicas que seriam usadas
no Apocalipse 11. 3-12; sendo as profecias de Zacarias de enfoques
objetivos ─ como no caso do primeiro
texto transcrito, Zacarias 7. 1-12, sobre a desumanidade contra os pobres. Os
versículos transcritos: 2, 6, 8, 9 metaforizam (usados como alegoria) o grave
momento de transição pelo qual os judeus estavam passando como povo e nação,
cujas expectativas de Deus para a ação das lideranças: Zorobabel, Esdras e
Neemias eram completamente diferentes, conforme a carta que receberam de
Jeremias quando estavam (os exilados no geral) no cativeiro babilônico: que
fora didático no sentido de quebrar o orgulho exacerbado deles, fazê-los
refletir sobre vários pecados, principalmente o da idolatria e da injustiça
social, conforme Isaías 58. 1-14, Jeremias 7. 1-34 e o texto de Zacarias 7.
1-12 ─ já neste período pós-libertação (os três transcritos acima de forma
resumida), e quanto à carta de Jeremias aos exilados, quando estavam no
cativeiro, leia Jeremias 29. 1-32 e não seja ingênuo e fraudador do texto
sagrado em separar de toda a carta, num sentido piegas e de consumo mui
conveniente, os versículos 11, 12, 13 e 14, porquanto carta é todo o conteúdo
do que foi escrito nos seus textos e contextos. Que no seu total tinha o
objetivo do Pai celestial ensinar por meios graves o seu povo a ser espiritual
e humanamente justo.
106
Entretanto,
lamentavelmente os principais líderes que do exílio vieram e assumiram na
reconstrução do templo e na restauração do estado judaico, praticamente
demonstraram não terem aprendido as lições, as quais Deus buscou lhes dar no
cativeiro babilônico. Isto ficou patente logo de início quando os
samaritanos se apresentaram para ajudar na reconstrução e foram preteridos por
Zorobabel, que os tratou como inimigos (Dolo
malus), conforme Esdras 4. 1-3, do qual episódio resultou a conseqüente
inimizade, a partir de então, também dos samaritanos para com os judeus antes
inimigos gratuitos dos samaritanos, coisa essa seguida a risca posteriormente
por Esdras e Neemias, que agravaram na perseguição aos seus irmãos que casaram
com mulheres gentias. Que chegou ao requinte de descrever no final do seu
livro a sua maneira insana, injusta e desumana, conforme Neemias 13. 23-25 ─ Vi
naqueles dias judeus que tinham com mulheres asdoditas, amonitas, moabitas; e
seus filhos falavam meio asdodita, e não podiam falar judaico (hebraico, já
perdendo sua força para o aramaico), senão
a língua do seu povo. Contendi com eles, e os amaldiçoei; espanquei
alguns deles e, arrancando-lhes os cabelos os fiz jurar por Deus, e lhes
disse: Não dareis vossas filhas e vossos filhos, e não tomareis suas filhas para
vossos filhos, nem para vós mesmos. Disto aqui se pode concluir o porquê do
ódio de Neemias contra Sambalate demonstrado desde o início do seu relato,
quando da sua ida para a Judéia, conforme Neemias 1. 10, porquanto Sambalate
era sogro de um dos filhos do filho de Joiada, filho do sumo sacerdote
Eliasibe... Gratuita ação discriminatória dolosa por parte dele, com toda
certeza!.. Tanto que, o relato inicial do livro de Neemias mostra uma
evidente dramatização malandra dele para sensibilizar o rei Artaxerxes, até
com evidente carga de ciúme, porquanto, 13 anos antes de comissioná-lo, o rei
Artaxerxes comissionara a Esdras para uma missão importantíssima, conforme o
seu próprio relato: a informação que recebera de Hanãni e outros vindos de
Jerusalém com ele; fora a da fenda nos muros e as portas queimadas (cap. 1. 3)
─ justamente aquilo que foi posteriormente restaurado sob a sua liderança e
chefia (ler todo o capítulo três). No entanto, quando do posterior relato e
súplica feita ao rei Artaxerxes, ele acrescenta a destruição de sepulturas dos
antepassados para quebrantar o rei ao seu favor; porquanto o seu objetivo era
reparar os muros e as portas queimadas, coisa que inicialmente avaliou e depois
diligentemente comandou, atribuindo-lhe o valor de grande coisa; em
frase de efeito muito valorizada pelos ingênuos teólogos e crentes que
valorizam coisas sem importância no texto sagrado, conforme Neemias 6. 3a ─ E enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou
fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer. (...)... Quando
a de fato grande e importante obra fora a feita na liderança de Zorobabel: a
reconstrução do templo concluída em 515 a. C.; sendo a presença de Esdras (458
a.C.) e ele, Neemias (445 a. C.); muito depois do ano 515 a. C. (91 longos anos
após); quando o mais importante de tudo isto era aquilo que não fora feito por
nenhum deles: o profetizado em Jeremias 30. 3-4, conforme o parágrafo de número
44.
107
Ao falar sistematicamente sobre os samaritanos; se faz necessário
identificar plenamente quem são eles e o porquê de tanto ódio e discriminação
unânime contra esses seres humanos (Dolo
malus)... Nabucodonosor quando dominou o reino de Judá; levou para
Babilônia (numa linguagem de hoje) os ricos e os da classe-média II Reis 24. 14,
deixando na Judéia somente os pobres, que se miscigenaram com outros povos...
No momento em que findou o cativeiro e se deu a volta dos puros maravilhosos
servos de Deus, não viram naqueles descendentes dos irmãos pobres que
ficaram: amigos e parceiros para a reconstrução, não somente do templo, mas
o soerguimento de uma nação justa e fraterna, entretanto eles optaram por
criar um ninho de serpentes na cidade santa; e foi isto que fizeram com toda
pompa dita religiosa, que a nossa incapacidade de fazer uma leitura que não
seja de “analfabeto funcional” tem
permitido o entendimento teológico vigente. Senão estude e pesquise a história
pós Império Medo-persa até a destruição de Jerusalém no ano 70, que estudando
todo o século que findou no ano 70, em cujos bastidores você entenderá
exatamente o ninho de serpentes que se tornou a Judéia, daí, o Senhor Jesus ter
chorado por Jerusalém, conforme Lucas 19. 41-44. Isto porque, no ano 66
enquanto as 5ª, 10ª e 15ª legiões do exercito romano já combatiam os judeus
liderados por Josefo na região da Galiléia, numa evidente insanidade do que chamei
de ninho de serpentes; dentro dos muros de Jerusalém, irmãos se digladiavam
numa guerra civil insana de três facções: Idumeus ou Edomitas (descendente de
Saul), liderados por Simão, filho de Catlas, Zelotes (guerrilheiros com
motivação religiosa), liderados por Eleazar, filho de Simão e Sicários (espécie
guerrilheiros), liderados por Simão bar Guioras: cujos atos levaram a concluir
na época: Que os romanos não fizeram nada pior do que os judeus fizeram a si
mesmos. Dos quais, dois deles: João de Giscala e Simão bar Gioras foram
levados para Roma junto com mais setecentos prisioneiros; quando
(posteriormente) nos festejos de comemoração da vitória sobre a Judéia; no
ritual de execução do chefe inimigo; Simão bar Gioras foi o escolhido para ser
decapitado, e João de Giscala foi condenado à prisão perpetua, por ser
suplicante. Não só essas facções, também várias outras ─ que não quero me
estender no comentário sobre a guerra da Judéia, que nas ricas informações de
Flávio Josefo se fará entender muito do que lá acontecera ─, que demandaria
avaliações antropológicas, sociológicas, militares, políticas, filosóficas e
religiosas, as quais teriam que ter um tom menos didático e mais elaborado, cujos
problemas tornavam mais e mais a Judéia, não somente um ninho de serpentes, mas
também perfeito barriu de pólvora, que explodiu pela ação enérgica do exercito
romano em não permitir que um povo que então fazia parte do seu domínio, se
insubordinasse... No plano de Deus ─ voltando ao período Medo-persa ─, aquelas
lideranças (Zorobabel, Esdras e Neemias) poderiam ter atenuado o problema
antropológico a níveis aceitáveis, poderiam integrar socialmente as
divergências sociológicas, e poderiam perfeitamente administrar problemas
militares, políticos, filosóficos e religiosos, senão fizeram, os seus
descendentes e o povo em geral pagaram por isto... Quanto a minha veemência em dizer
que a Judéia se tornara uma espécie de ninho de serpentes procure lembrar que
Jesus assim denominou diversas lideranças judaicas durante o seu ministério,
quando as chamou de: serpentes e raça de víboras, conforme Mateus 12. 34, 23.
33 e Lucas 3. 7... Tanto que, posteriormente, após toda desgraça acontecida
como o seu povo, o povo judeu; Josefo disse, conforme Apud: Mireilli Hadas-Lebel, na sua obra Flávio Josefo o Judeu de Roma ─ “Se há algo a censurar em minhas palavras;
toda vez que culpo os tiranos e seu bando de facínoras (as lideranças
judaicas citadas acima), ou quando me lamento sobre a minha pátria,
queiram, por favor, infringindo a regra do gênero histórico, perdoe-me, isto se
deve à minha tristeza. Pois, de todas as cidades que caíram em poder dos
romanos, ocorre que a nossa, depois de ter alcançado o mais elevado grau de
felicidade, caiu na desgraça mais extrema. De qualquer modo, de todas as nações
desde a origem dos tempos, presumo que a dos judeus é a que detém o recorde
de desgraças, e como isso não é culpa de nenhum estrangeiro, não pude
conter minhas lamentações. Se meu juiz foi severo demais para enternecer-se,
que coloque os fatos na conta da História e as lamentações na do escritor”.
108
Para
que você entenda e estude com carinho o que tenho detalhado com toda
sinceridade neste estudo caminhe um pouco mais comigo no livro de Neemias...
Primeiro buscando lembrar alguns textos do Deuteronômio e um de Levítico. Como
foi visto parece que os textos preferidos de Zorobabel, Esdras e Neemias eram: Deuteronômio
7.34 e 23. 1-4 textos discriminatórios e uma época muito distante (15 séculos
a. C.), quando depois do cativeiro babilônico o que o Senhor nosso Deus
esperava que aquelas lideranças e o povo em geral se importassem com outros
textos, tais como, Deuteronômio 21. 10-13, texto já transcrito, que confronta o
que está contido no capítulo 7.34; de igual modo o texto de Deuteronômio 23.
1-4 confronta-se de maneira contundente com Levítico 19. 13, 15, 17 e 18 ─ Não oprimirás o teu próximo, nem o
roubarás: a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã. (...). Não
farás injustiça no juízo, não farás acepção da pessoa do pobre, nem honrarás o
poderoso; mas com justiça julgarás o teu próximo. (...). Não odiarás teu irmão
no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e não levarás sobre
ti pecado por causa dele. Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do
teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor. Realmente
o dito conhecimento da lei de Deus por parte daqueles líderes pós-cativeiro
babilônico era bem frágil, não correspondendo à verdade o dito em Esdras 7. 6,
inclusive, ignorando também um importante profeta que lhes foi contemporâneo
(Zacarias 519-487 a. C., período profético), no que escreveu nesta mesma direção,
conforme Zacarias 7. 8-11 ─ E a palavra
do Senhor dos exércitos veio a Zacarias dizendo: Assim falou o Senhor dos
exércitos: Executai juízos verdadeiros, mostrai bondade e compaixão cada um
para com seu irmão; e não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem
o pobre, e nenhum de vós intente no seu coração o mal contra o seu irmão.
Eles, porém não quiseram escutar, e me deram o ombro rebelde, e taparam os
ouvidos, para que não ouvissem...
109
Ainda com calma e carinho, analise o texto de Deuteronômio 23. 1-4 ─ Aquele a quem forem trilhados os
testículos, ou for cortado o membro viril, não entrará na assembléia do Senhor.
Nenhum bastardo entrará na assembléia do Senhor; nem ainda a sua décima
geração entrará na assembléia do Senhor. Nenhum amonita nem moabita entrará
na assembléia do Senhor; nem ainda a sua décima geração entrará jamais na
assembléia do Senhor; porquanto não saíram com pão e água a receber-vos no
caminho, nem ainda a sua décima geração entrará jamais na assembléia do
Senhor; porquanto não saíram com pão e água a receber-nos no caminho,
quando saíeis do Egito, e porquanto alugaram contra tia Balaão, filho de Beor,
de Petor, da Mesopotâmia, para te amaldiçoar. Agora compare esse texto, que
foi usado por Neemias e observe como ele o usou
─ se por má fé ou ingenuidade,
não sabemos ─, não levando em conta, justamente o que tornava essa proibição
nula naquela época. Veja o seu texto, conforme Neemias 13. 1-3 ─ Naquele dia leu-se no livro de Moisés,
na presença do povo, e achou-se escrito nele que os amonitas e os moabitas não entrassem jamais na assembléia de Deus; porquanto
não tinham saído ao encontro dos filhos de Israel com pão e água, mas contra
eles assalariaram Balaão para os amaldiçoar; contudo o nosso Deus converteu a
maldição em bênção. Ouvindo eles essa lei, apartaram de Israel toda a
multidão mista... Observe que o parâmetro décima geração ─ o sublinhado
no texto anterior ─, foi por ele
modificado para não entrar jamais. E quanto ao
tamanho de uma geração vejamos o que nos diz sobre isto o evangelista em Mateus
1. 17 ─
De sorte que todas as gerações
desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e de Davi
até a deportação para Babilônia, catorze gerações, e desde a
deportação para Babilônia até o Cristo, catorze gerações... Sem ser preciso
considerar o período de Moisés até Davi, Mateus nos diz acima que muito mais de
dez (10) gerações já tinham se passado da proibição de Deuteronômio 23. 1-4,
conseqüentemente naquela época a dita proibição separatista era nula... Ainda
considere o que é informado (durante o cativeiro babilônico) em Ezequiel 18.
20 ─
A alma que pecar, essa morrerá; o
filho não levará o iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A
justiça do justo ficará sobre ele, e a iniqüidade do ímpio cairá sobre ele...
Leia todo o capítulo, e você verá a seriedade dessa punição (abolida por Deus
em Ezequiel capítulo 18) semi-hereditária ─ que, inclusive, aparece no segundo
mandamento na sua parte “c”, as quais gerou o provérbio jocoso do povo de Israel,
conforme Jeremias 31. 29 e Ezequiel 18. 2 ─ Que quereis vós dizer, citando a terra de Israel este provérbio: Os
pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram?.. Zombaria
do povo, quanto ao filho pagar pelo pecado dos pais.
110
Se você
não conseguiu me entender e/ou até esteja achando que eu seja incrédulo e contestador
contumaz da Bíblia. Pare,
pense, ore e estude o texto sagrado com a devida atenção, porquanto, com
relação a minha pessoa; se você observar com calma e carinho verá que tenho
dedicado grande parte do meu tempo e de minha vida para estudar sobre várias
questões para poder compartilhar com seres humanos como eu sobre o que tenho
absorvido com esses estudos, e nesta troca também aprender com você e outros...
Se, se pode aconselhar, ou melhor, sugerir que sigamos conselhos de pessoas
eminentes, considere: o que diz Sócrates, na obra A República de Platão quanto ao sairmos da caverna (da ignorância). Pois,
segundo entendo, no limite do cognoscível é que se avista, a custo, a idéia do
Bem; e, uma vez avistada,
compreende-se que é para todos nós a causa de quanto há de justo e belo; no
mundo inteligível, é ela a senhora da verdade e da inteligência, e que é
preciso vê-la para ser sensato na vida particular e pública. O que disse Paulo (Atos 17. 10-12) sobre os judeus
de Beréia quanto ao investigar com calma a verdade sobre Jesus no Antigo
Testamento, e de
igual modo, o que disse Nicolau Maquiavel na
sua obra O Príncipe ─ (...),
pois o vulgo (povo, plebe, populares) atenta sempre para as
aparências e nos resultados; o mundo se compõe só de pessoas do
vulgo “e de umas poucas que, não sendo vulgares”, ficam sem oportunidade
quando a multidão se reúne em torno do soberano (os pseudo-s
formadores de opinião); e tome a decisão de não ser ou não estar entre aqueles
da crítica do nosso grande compositor e cantor Zé Ramalho, na sua canção Vida de gado, que no refrão diz: Eh, ô ô, vida de gado / Povo marcado (alienado) e, Povo feliz /... Também, não estenda
decididamente, ser eu anti-semita, como a maioria dos cristãos o é de forma
inconseqüente, principalmente os evangélicos, cuja maioria quer para si tudo o
que está prometido aos judeus, e mesmo assim os hostiliza de forma verbal ─ por
falta de conhecimento ─; porquanto Israel foi e é a nação sacerdotal, e não
sejamos neófitos: Jesus, seus apóstolos e os primeiros cristãos eram todos
judeus, e quanto aos fariseus que você tem aprendido a odiar; entenda primeiro que
em toda corporação há bons e maus, mentirosos e verdadeiros, isto é o mundo
do qual, todos nós seres humanos somos parte integrante.
111
Aproveitarei essa referência para
resgatar o valor dos fariseus, que foram censurados por Jesus, não pelas suas
desinformações da lei, e sim, pela interpretação errônea e também pela
hipocrisia de muitos deles ou porque embora sendo repreensíveis, eram os
melhores dos piores. Sendo que isso me faz lembrar a escolha ou opção de Deus
pelo povo descendência de Abraão, cujo perfil foi mais ou menos esse dos
fariseus, conforme Deuteronômio 7. 6-8, até porque eles eram israelenses (também
posteriores descendente de Jacó) ou exatamente descendentes de Abraão e seres
humanos como cada um de nós; entretanto o texto sagrado reserva lugar de destaque
para alguns deles como Nicodemos 3. 1-2 e Gamaliel, Atos 5. 34-39 e Paulo, conforme
Atos 22. 3 Eu sou judeu, nascido em
Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade (Jerusalém), instruído aos pés de Gamaliel, conforme a precisão da lei de
nossos pais, sendo zeloso para com Deus, assim como sois todos vós no dia de
hoje. É esse aluno exemplar que fala com respeito do seu antigo mestre
neste texto, o grande servo do Senhor Jesus; o nosso irmão judeu da tribo de
Benjamim Saulo de Tarso, que veio a ser o nosso fariseu Paulo, que pelos seus
conhecimentos lhe foi possível ser o grande apóstolo aos gentios, Filipenses 3.
5 circuncidado ao oitavo dia, da
linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei fui fariseu;
e Atos 9. 15-16 Disse-lhe, porém,
o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome
perante os gentios, e os reis, e o povo de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto
lhe cumpre padecer pelo meu nome.
112
Os separatistas,
os fariseus, como os saduceus, descendentes de Zadoque (Ezequiel 40. 46), eram
os dois principais partidos políticos, que emergiram alguns anos após a vitória
dos macabeus 165 a.C. Nos tempos de Jesus, eles já eram de fato um grupo
religioso, não mais exatamente político e diferente dos saduceus que não tinham
compromisso com a lei e os profetas, e inclusive não criam em anjos e
ressurreição, embora fossem de descendência sacerdotal, Atos 23. 6-9 Sabendo
Paulo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, clamou no
sinédrio: Varões irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus; e por
causa da esperança de ressurreição dos
mortos é que estou sendo julgado. Ora,
dizendo ele isto, surgiu dissensão entre fariseus e saduceus; e a
multidão se dividiu. Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem
anjo, nem espírito, mas os fariseus reconhecem uma e a outra coisa. Daí
procedeu grande clamor; e levantando-se alguns escribas da parte dos fariseus,
altercavam, dizendo: Não achamos nenhum mal neste homem; e, se quem sabe se lhe
falou algum espírito ou anjo?
113
Igualmente havia dois outros grupos
(como comentei no parágrafo de número 54): Os zelotes, chamados zeladores, que
era uma facção política nacionalista semelhante aos nossos guerrilheiros de
hoje; e os sicários, provavelmente, os primeiros foram oriundos de Sicar, daí o
nome, que eram assassinos salteadores com motivação nacionalista, identificados
de forma objetiva pela adaga (espécie de punhal) que usavam para assassinar
desafetos políticos e inimigos no meio da multidão.
114
Os fariseus eram extremamente zelosos
com relação à lei de Deus, entretanto, pela hipocrisia de vários deles e a
interpretação errônea dos textos sagrados, Jesus os criticava de maneira
conseqüente, entretanto, quando da necessidade de alguém com idoneidade moral,
profundo conhecimento da Lei de Deus e reconhecimento de suas habilidades pelos
seus pares (a corporação farisaica), Deus o Pai e o Senhor Jesus recorreram a
um fariseu, Saulo da cidade de Tarso da tribo de Benjamim, fariseu por
convicção e prática…
115
Quando me refiro aos escribas ─ que eram
aqueles que de fato conheciam as leis, pois sistematicamente as copiavam,
inclusive eram os que assessoravam os sacerdotes quando dos seus
questionamentos a Jesus ─, saduceus, e principalmente aos fariseus;
quanto à repreensão do Senhor Jesus a eles, Mateus 22. 41-45 Ora, enquanto os fariseus estavam reunidos interrogou-os Jesus, dizendo: Que pensais vós do Cristo? De quem é
filho? Responderam-lhe: De Davi. Replicou-lhe ele: Como é então que Davi, no
Espírito, lhe chama Senhor, dizendo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à
minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés. Se
Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele seu filho?
116
Esse questionamento objetivo de Jesus
aos fariseus aconteceu porque de alguma forma eles representavam as informações
divinas; no que, essa declaração na
boca dessas pessoas configurava heresia, pois eles a trabalhavam; não no
sentido alegórico, como está nos escritos dos profetas e sim literalmente
visando negar a divindade do Senhor Jesus… Notem, que na contraposição do
Senhor Jesus; ele anula a controvérsia e enuncia a sua condição de Senhor,
Filho de Deus e que se assenta à direita do Pai.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
117
Este Estudo teve como objetivo como
desde o início informei; o de resgatar o que de fato é importante no texto
bíblico; principalmente no Antigo Testamento, no qual, basicamente tem somente
a ver com o povo judeu, excetuando aquilo que é cristocêntrico, no que, é
importante que teólogos, autores de livros e de lições de revistas da E. B. D.
─ cuja responsabilidade é muitíssimo maior do que se têm avaliado ─, pastores e
membros das diversas igrejas, que tendo o texto bíblico nas mãos e inúmeras
fontes de pesquisa, como livros e Blogs,
como os meus, por exemplo. Subestime toda conclusão, quando você observar falta
de compromisso daquele que lhe está explicando aquilo que defende; como, o exemplo
negativo, quando o articulista de algum trabalho enumera diversas conclusões de
diversos Medalhões da teologia, e ele mesmo não assume interpretar o texto em
apreço. Quando digo isto aqui, entenda que esta observação deve ser
universalizada ─ aplicada à interpretação de qualquer texto, inclusive,
literatura, como tenho feito em vários Blogs. De igual modo, considere que a
observação acima cabe exatamente a este Estudo, principalmente contra a leitura
totalmente errada que se tem feito dos livros de Esdras e Neemias, como
procurei demonstrar... Não sou pretensioso nem irresponsável, entretanto lhe
peço ─ e isto vale também para mim ─,
que tenhamos toda aplicação e seriedade com aquilo que lemos e interpretamos. No
que, estude mais e melhor tudo relacionado com a Bíblia... Estou sendo
repetitivo e também incisivo, porquanto pessoas de denominações ditas estudiosas
usam o texto de II Timóteo 3.16 e o de II Pedro 1. 20-21, procurando legitimar
─ sem pleno conhecimento do que defendem ─, o Canon judaico de trinta e nove
(39) livros defendendo-os liminarmente com extrema veemência como sendo todos
eles inspirados por Deus, usando os dois textos acima enfatizando o substantivo
toda, não sabendo e/ou ignorando que
toda Escritura inspirada é aquela
cujo centro é o Senhor Jesus (João 5. 39).
118
Tendo eu começado a me posicionar de
forma efetiva quando a questão canonicidade; quando já sinalizei de maneira
veemente a plena existência de objetivas citações do livro de Enoch no Antigo e
Novo Testamento e a contestação clara da improcedente valoração que se tem dado
aos livros de Esdras, Ester e Neemias, que, decididamente, não deveriam ser
considerados canônicos por nós cristãos, a partir disto, citarei pontos que são
parte do meu livro sobre Escatologia, ainda
por editar: que abordo sobre o inferno criado nos relatos do livro de
Enoch. Tanto que, se observarmos com atenção, carinho, racionalidade e pleno
interesse na verdade constatar-se-á facilmente o que digo, senão comecemos por
uma fala de Jesus, conforme João 5. 39 ─ Examinais
as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que de
mim testificam... Notem que Jesus fala de forma objetiva das Escrituras
(Antigo Testamento) como base de informação sobre a sua pessoa, e se: se
conhece as demais falas do Senhor nos quatro evangelhos, também se sabe que
Jesus em momento algum citou os livros de Esdras, Ester e Neemias, pelo
contrário, ele citou o livro de Enoch, no qual se lê, conforme Enoch 21. 6-8 ─ Interroguei, então, a Rafael, o anjo que me acompanhava e
lhe disse: De quem é essa voz acusadora que sobe até o céu? É a voz do
espírito (alma) de Abel que foi morto por seu irmão Caim e que o acusará
até que a sua raça seja exterminada da face da terra. Até que esta
raça seja apagada do meio dos homens. Texto este citado em Mateus
23. 35 e Lucas 11. 51, correspondendo a uma fala de Jesus. De igual modo os
apóstolos também não citaram esses três livros. Mas, eles (os apóstolos),
reiteradas vezes fizeram afirmações semelhantes a esta de Jesus quanto ao valor
e a inspiração das Escrituras ─ entenda que todas as referências às Escrituras referem-se
àquilo que todos eles entendiam como inspirados no Antigo Testamento,
justamente por este motivo eles não citaram os livros de Esdras, Ester e
Neemias, os quais, decididamente se eles não fizeram menção; assim foi, obviamente
por entenderem não haver neles (nos três livros) informação de valor como
Escritura inspirada por Deus ao juízo deles.
119
Vejamos os textos citados pelos
apóstolos quanto ao que entendiam como Escritura inspirada, conforme Paulo em II
Timóteo 3. 16 ─ Toda Escritura é
divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para
corrigir, para instruir em justiça. Pedro, em II Pedro 1. 20-21 ─ Sabendo primeiramente isto: que nenhuma
profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia
nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus
falaram movidos pelo Espírito Santo... Sem me alongar muito. Há aqui nestes
dois textos a afirmação categórica da parte de Paulo e de Pedro. Que tudo
aquilo que eles nominaram como Escritura; foi pelo fato ─ ao juízo deles ─, ao
citar textos do Antigo Testamento faziam com toda naturalidade, justa e/ou
principalmente por serem cristocêntricos, como o próprio Jesus dissera sobre si
em João 5. 39 ─ Examinais as Escrituras,
porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que
de mim testificam, Jesus como centro da informação...
120
Aqui está plenamente entendido que Escritura no dizer de Jesus e dos seus
apóstolos é aquilo que fala de Jesus ou tem efetiva conexão com o futuro reino
de Deus. Coisa essa ─ os textos que eles entendiam como Escritura inspirada por
Deus ─, foram os quais eles citaram e sobre os quais discursaram e
fundamentaram doutrinas; não cabendo absolutamente se fazer nenhuma
fundamentação hoje, tendo por base textos do Antigo Testamento sem ter havido a
validação de Jesus e dos seus apóstolos; mesmo quando o texto seja de um livro
reconhecido como canônico, que, absolutamente, não tem ou terá nenhuma base de
validação doutrinaria com os livros de Esdras, Ester e Neemias, como foi visto
detalhadamente acima, que são pura e simplesmente registros de determinados
momentos da história do povo judeu... De fato no início da era cristã
indevidamente os judeus pró-judaísmo valorizaram de maneira exacerbada os
livros de Esdras e Neemias, justamente pelo radicalismo demonstrado por eles
naquele momento grave pós-cativeiro babilônico, principalmente contra seus
irmãos ditos samaritanos, conforme detalhei nos parágrafos de 57 a 83 sobre os
dois livros; e se você leu com atenção o que escrevi sobre esses livros. Está
lembrando que o grande dito conhecedor das coisas de Deus, o famoso Esdras
(Esdras ), Zorobabel e Neemias impediram o cumprimento da profecia de Jeremias 30. 3-4 ─ Pois eis que vem dias, diz o Senhor, em que
farei voltar do cativeiro o meu povo Israel e Judá, diz o Senhor; e
tornarei a trazê-los à terra que dei aos seus pais, e a possuirão. E estas são
as palavras que disse o Senhor, acerca de Israel e Judá. Os planos
de Deus pós-cativeiro babilônico não era a mesquinharia feita por Zorobabel,
Esdras e Neemias e sim a reunificação dos dois anteriores reinos, incluindo a
plena convivência pacífica com os irmãos samaritanos, que não aconteceu até a
era da graça no ministério de Jesus.
121
No livro de Enoch está ou é nele que aparece o
efetivo explicar de muitas coisas que ainda não sabemos; por este motivo vou
fazer uma síntese da efetiva presença e necessidade deste livro no melhor
entendimento, não somente quanto à Escatologia (porquanto nele o inferno foi
criado), Enoch 7. 1-7 ─ Quando os filhos
dos homens se multiplicarem nesses dias, sucederá que suas filhas sejam
elegantes e belas. E assim que os anjos,
os filhos dos céus, as viram, tornaram-se enamorados delas e disseram uns aos
outros: escolhamos mulheres da raça dos homens, e tenhamos filhos com elas (texto citado em
Gênesis 6. 1-2). Então seu líder Samyaza lhes disse: Temo que não
possais cumprir vosso desejo. E que eu suporte sozinho a pena de vosso crime.
Mas eles responderam: Nós o juramos. E nós ligamos todos por mútuas execrações;
não mudaremos em nada nossa intenção, executaremos aquilo que resolvemos. E
assim juraram e se ligaram por mútuas execrações. Eram em número de duzentos,
que desceram em Aradis, lugar situado nas vizinhanças do monte Armon. Também o texto, conforme Enoch 10. 15-17 ─ O Senhor disse a Miguel: Vá e anuncia o castigo que
espera Samyaza, e todos aqueles que participaram desses crimes, que se uniram a
mulheres, que se conspurcaram por toda espécie impureza. E quando todos os seus
filhos forem exterminados, quando virem
a ruína daquilo que têm de mais caro no mundo, prende-os sob a terra, por setenta gerações até o dia do
julgamento, e da consumação, universal, efeito desse julgamento será eterno
para eles Então serão lançadas ás profundezas de um fogo que os atormentará incessantemente e lá permanecerão por toda eternidade. Com
eles, com eles, seu chefe queimará em meio às chamas, e todos serão
acorrentados até a consumação de um grande número de gerações. Como
também para a fundamentação de doutrinas importantes quanto à questão sexo; que
teve a informação histórica dramática nas narrativas do livro de Enoch 10. 15-17 e 20. 4-6 (transcrita no livro de
Gênesis 6. 1-22); e outras informações importantes indispensáveis ao exato
entendimento de doutrinas importantes para nós hoje ─ inclusive, mostrando de
maneira contundente ter havido erro em não torná-lo canônico, o que ainda
persiste ─, coisa que pode ser feita hoje, ainda que de maneira informal por
estudiosos sérios do texto sagrado... Para melhor visualização das citações do
livro de Enoch, elas também estarão identificadas com o endereço em vermelho e
o texto correspondente em azul, como já comecei a fazê-lo até o final, quando
for necessário reproduzi-las...
122
Como a que é citado em
Judas versículos 14-15 ─ Para esses
também profetizou Enoch (Judas leu isto no livro de Enoch), o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que
veio o Senhor com seus milhares de santos, para executar juízo sobre todos e
convencer a todos os ímpios de todas as obras de impiedade, que impiamente
cometeram, e todas as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram...
Ainda sobre a criação do inferno mais um texto de Enoch
20. 4-6 ─
Daí passei para outro lugar de terror: Ali
vi a obra de um fogo imenso, ardente e devorador no meio do qual havia uma
divisão. E colunas de fogo combatiam entre elas e elas se
projetavam no abismo. E foi impossível para eu avaliar sua grandeza, sua altura
e também não pude descobrir sua origem. Espantei-me ainda diante desta visão:
Que lugar terrível! Como é difícil sondar os mistérios! Uriel, um dos anjos que
estavam comigo, respondeu-me e disse: Enoch, por que esses alarmes, por que
este espanto frente a este lugar terrível, frente a este lugar de sofrimento? É
aqui, acrescentou, a prisão dos anjos e eles serão presos para sempre! Foi
a partir dessa informação do livro de Enoch que além de fundamentar a doutrina
do inferno como também as conseqüências dessa condenação; não só daqueles
duzentos anjos (que já estão enclausurados), mas, os demais que seguiram e
seguirão a Satanás, como também os seres humanos que mostrarem extremamente
ímpios, juntamente todos os anjos rebeldes estarão eternamente nesse verdadeiro
inferno.
123
A
informação ─ não exatamente a do livro de Gênesis ─, do livro de Enoch
correspondem as e insofismáveis citações de II Pedro 2. 4 ─ Porque se Deus não poupou a anjos quando
pecaram, mas lançou-os no inferno e os entregou aos abismos da
escuridão, reservando-os para o juízo. Que teve por parte de Pedro a plena
identificação do início da existência efetiva do inferno; imediatamente
posterior ao evento do relato acima do livro de Enoch e no relato que vou
transcrever em seguida, no qual aparece essa condenação citada por Pedro,
explicada no subtítulo Onde Estarão os
Salvos e os Perdidos. Ainda, e bom que se informe que este trecho da carta
dele aos cristãos judeus dispersos teve contaminação da mitologia grega; quando
para o inferno que aparece na citação foi usado o inferno grego Tártaro
(lugar mais profundo e pior que o hades) e não a identificação do local do
texto de Enoch. Essa mesma citação aparece no livro de Judas versículos 6 ─ aos anjos que não guardaram o
seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, ele os tem reservado em prisões
eternas na escuridão para o juízo do grande dia. Nesse texto da carta
de Judas, que corresponde à mesma citação de Pedro, não há contaminação com a
mitologia grega a essa prisão eterna (inferno), também explicada no subtítulo
anterior Onde Estarão os Salvos e os
Perdidos.
124
O texto menos (o mais próximo de nós) antigo
do Novo Testamento ─ o Apocalipse de João ─, é datado do final do primeiro
século, quando Canon do Antigo Testamento é datado do final do primeiro século ou
início do segundo, isto pressupõe ou infere a objetiva e cristalina conclusão,
de que sendo a canonização dos trinta e nove (39) livros no Concilio de Jâmnia
pelos judeus ─ final do primeiro ou início do segundo século ─, necessariamente, não torna todos eles a Escritura
inspirada informada por Jesus e seus apóstolos, quando, para eles, a
Escritura inspirada por Deus era e foi aquela que eles identificaram usando-a
na fundamentação de doutrinas, que exclui três desses trinta e nove livros por
não terem sido considerados Escritura inspirada por Jesus e os apóstolos,
senão eles o teriam citado; ou objetivamente temos que nos posicionar até onde
e em que de fato se pode referendar a fé cristã. Senão considere a lógica e
verossímil conclusão aqui defendida por mim: que é rigidamente referendarmo-nos
pelas indicações de Jesus e dos apóstolos, porquanto, caso contrário, não
estaremos sendo seguidores de Cristo e de forma objetiva, por conseqüência, não
sendo cristãos. E se faltou algum livro que deveria
ser considerado canônico e não foi por desinformação ou algum interesse não
nobre; nós cristãos, aqui na ponta (dois mil anos depois) podemos com toda
segurança identificar nos textos do Novo Testamento se isto aconteceu...
Estou falando objetivamente do livro de Enoch citado ostensivamente por Jesus e
os seus apóstolos...
125
Ainda, para que você possa ter uma visão
menos catalogal (rigidez canônica institucional); e em contrapartida um avanço
maior no sério estudo bíblico daquilo que é de fato cristão considere que
também existe o Canon chamado de Alexandria do início do terceiro século ─ o da
Bíblia católica com 46 livros no Antigo Testamento; ou então a efetiva
transição do Antigo Testamento para o Novo Testamento ou ainda lembrar e agir
como gentio que somos e não judeu, e ainda que judeus ─ como foram todos os
primeiros cristãos ─, todos eles seguidores de Cristo e da, conforme Atos 1. 42
─ e perseveravam na doutrina dos
apóstolos e na comunhão e no partir do pão e nas orações. Porquanto todos
nós sabemos, o Senhor Jesus nada deixou escrito, legando isto aos seus
discípulos fazerem... Quanto ao que ainda é válido do Antigo Testamento,
considere a regra do citado por Jesus e os apóstolos e de um modo especial
estude Epístola aos Hebreus, também não seja inocente útil em valorar coisas
que não merecem ser valorizadas, como o caso da oração de Jabes, centenas de ditas promessas de prosperidade,
frases de efeito como: A alegria do
Senhor é a nossa força e Estou fazendo
uma grande obra, de modo que não poderei descer.
ENDEREÇOS DOS BLOGS
A
DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA - - - THE DOCTRINE OF THE TRINITY IS HERESY
A
DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA II E O MANDATO DE JESUS
CARTA ÀS INSTITUIÇÕES E AUTORIDADES
O QUE É O PLC 122 OU A DITA LEI HOMOFÓBICA? (sinopse do anterior) www.sinteserespeitoejustica.blogspot.com
AO SENADO E A CÂMARA APELANDO QUE SEJA AVALIADO E QUIÇA TRANSFORMADO
EM LEI ESTE ESTATUTO ─
www.senadoestatutocartacamara.blogspot.com
O DITO CASAMENTO GAY, A
ADOÇÃO E O ENSINO HOMOSSEXUAL NAS ESCOLAS
CARTA ABERTA AO
EXCELENTÍSSIMO SENADOR PAULO PAIM SOBRE O PLC 122
NÃO EXISTE, ABSOLUTAMENTE, ORIGEM GENÉTICA DO HOMOSSEXUALISMO
ESTATUTO DA HOMOSSEXUALIDADE OU ESBOÇO DE SUGESTÃO À FEITURA DE LEI
SOBRE O ASSUNTO
A DOUTRINA DAS IDÉIAS E/OU A IDÉIA QUE SE TEM DAS PALAVRAS ─ MEU
OITAVO SOBRE HOMOSSEXUALIDADE
A LEI SECA E SUAS CONTROVÉRSIAS DITAS
LEGAIS, E PAI OU MÃE SÃO LEGALMENTE SOMENTE UM ─ www.leialcoolemiaseca.blogspot.com
DEMAIS BLOGS
SEXO ANAL NO
CASAMENTO É PECADO?
EXISTE MALDIÇÃO HEREDITÁRIA?
(inclui um estudo sobre crimes dolosos
contra a vida) ─ www.maldicaosatanasepessoas.blogspot.com
SÓCRATES VERSUS PLATÃO
VERSUS MACHADO VERSUS O AMOR www.socratesplataomachado.blogspot.com
Sobre o amor Eros (lesbianismo, pederastia e o
heterossexual) nas obras Fedro e O Banquete de Platão, e Machado de
Assis, a obra Dom Casmurro, que é também sobre o amor (heterossexual), estudo
este, com intrínseca relação com o PLC 122 no que tange ao amor Eros.
DOUTRINA DA
ILUMINAÇÃO DIVINA E PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA VERSUS
LIVRE-ARBÍTRIO www.iluminacaodivinaepredestinacao.blogspot.ccm
IGREJA MIL MEMBROS
OU O EVANGELHO
HORIZONTAL (+ sinopse sobre Escatologia) ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com
O DÍZIMO II OU QUERO
A BENÇÃO E FICAR RICO
A NECESSÁRIA TEOLOGIA
CRISTOCÊNTRICA DAS CITAÇÕES E EVENTOS DO ANTIGO TESTAMENTO E DO EVANGELHO ─ www.esdraseneemias.blogspot.com
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O
ESPIRITISMO NA VERTENTE SEGUNDO ALLAN KARDEC
FINAL I
Esse é o meu décimo quinto Blog, conforme expliquei no
início nas Considerações Iniciais, de
uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Sendo o
seguinte a ser postado (o décimo sexto), cujo Tema ainda não defini, se sobre a
TRINDADE ─ entendida e estudada no decorrer da história
como tri-unidade ─, o ESPIRITISMO ou pode até se fazer necessário abordar outro
Tema antes desses (como é o caso deste décimo quinto). Com relação aos meus
Blogs já existentes e os futuros quando forem postados. A maneira mais fácil de
acessá-los é a de estando você em qualquer um deles; com um clique no link perfil geral do autor (abaixo do meu
retrato), a lista de todos os Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um
clicar no título correspondente.
FINAL II
Quanto ao conteúdo do Blog anterior, deste e
dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos mesmos; peço-lhe,
usando a mesma força de expressão usada nos Blogs anteriores:
Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado não
tão-somente em função do direito autoral, mas, para que, por meio da sua citação,
o anterior, este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de maneira
justa e de acordo com a lei.
Jorge Vidal Escritor
autodidata
Email egrojladiv@yahoo.com.br
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